A
REPERCUSSÃO (18/12/08)
Votaram
a favor. Mas, prudentemente ainda não assinaram. Foi prorrogado
para sexta-feira, num encontro entre a atual direção,
a que tomará posse e o jurídico do clube. Foi
tamanha a quantidade de dúvidas e pendências que desabaram
sobre a reunião do Conselho Deliberativo que ficou inviável
firmar o contrato GRÊMIO/OAS naquele momento. Além
disso, sugestões foram apresentadas. O que muitos denominaram
um longo encontro (mais de cinco horas) é pouco se considerarmos
às mais de duas décadas da vida gremista em regime
de votação. Não era qualquer decisão:
o nosso futuro tricolor sendo decidido. Houve expectativa e apreensão.
Principalmente pelo fato inconteste da maioria do legislativo gremista
(assim como a quase totalidade da Nação Gremista)
não ter manifestado conhecimento dos termos da minuta que
seria apreciada. Vamos repetir: grande parte dos próprios
Conselheiros não leram, não tinham a menor condição
de explicá-la e, muito menos, fazer a sua sustentação.
Alguns alegaram que "delegaram" aos componentes das várias
comissões esta tarefa e que confiavam no que seria apresentado
por estes responsáveis. Não há dúvida
que nas relatorias, oito no seu total, gremistas capacitados (alguns,
quem sabe, com notório saber das matérias a eles dispensadas)
trariam suas análises norteadoras. Igual, tinham a prerrogativa
(eu diria obrigação) estes Conselheiros para buscar
a minuta junto aos órgãos dirigentes para dela se
apropriar com mais tempo e também opinar com mais confiança
junto às comissões. Saudações aos que
assim procederam. É o que se espera dos que têm uma
procuração dos sócios: a tácita exigência
de uma postura ativa e não passiva diante dos acontecimentos
no clube. E vejam a envergadura, a dimensão deste
acordo jurídico sobre a ARENA. Incrivelmente, após
meses e meses deste importante assunto, as estruturas diretivas
do Grêmio não foram capazes de elaborar um agendamento
que contemplasse um período razoável para um veredicto
do C.D. Algo simples: além de um período para as comissões
elaborarem suas conclusões, com antecedência remeter
a todos os Conselheiros tais pareceres. Um novo prazo (e não
necessitaria ser extenso e sim razoável) para que de posse
destes subsídios pudessem estudar os materiais, ter uma posição
refletida, serena e firme. Inclusive tendo a oportunidade de conversar
com os associados. Na seqüência, uma reunião só
para debate, com propostas de adendos e supressões, no Conselho.
Por fim um encontro, logo em seguida, com caráter de deliberação
nesta mesma instância. Quem sabe 30, 45 dias para toda esta
etapa descrita de finalização. Qual o problema,
a dificuldade para elaborar, pensar e definir com tranqüilidade
e segurança algo que nos acompanhará por mais de vinte
anos? Por qual razão não foi constituído
um calendário antecipado e prudente. Mas, voltando ao que
foi e esquecendo o que poderia ter sido. Retornando aos relatórios.
As leituras se estenderam até quase meia-noite, segundo
depoimentos. Qual discussão aprofundada, com o intuito de
fechamento e resguardo dos interesses do Grêmio e do seu torcedor,
é possível numa exigüidade destas? Soube-se
que uma idéia de suspender o encontro foi apresentada próximo
da madrugada, propondo retomá-lo (de onde tivesse parado)
em uma semana. Não houve consenso. Foi aí que o presidente
Duda Kroeff preferiu (com apoio do plenário) um encaminhamento
insólito devido ao impasse: aprovar sem assinar. Nesse sentido,
tudo foi postergado por mais 72 horas. Uma confirmação
cabal da insuficiência de elementos e de uma compreensível
insegurança para formalização do encaminhamento.
Nem tudo constava "perfeito e acabado" como alguns imaginaram.
Agora, está sendo conduzido da seguinte forma: será
incorporado "o que for possível" (a respeito dos
questionamentos e sugestões que surgiram no C.D.) ao contrato.
Só saberemos o conceito e o conteúdo do que é
"possível" agregar, após esta sexta-feira
derradeira. Fica, desde já, a reivindicação
de que o clube dê publicidade e disponibilidade para os seus
sócios, a sua torcida, sobre o que for ajustado definitivamente
entre o GRÊMIO e a OAS. Total transparência
não pode ser uma frase de efeito, de ocasião, mas
uma prática permanente no Grêmio.
|
O
sério e exaustivo trabalho desenvolvido pela Associação
dos Gremistas Patrimoniais (o qual foi disponibilizado por
uma convocatória pública a todo e qualquer interessado
– e lá não vimos ninguém dos diretamente
envolvidos na vulnerável minuta GRÊMIO/OAS se
apresentar para contestar em contrário) foi um forte
subsídio e o estopim para esta mobilização
que mexeu com a torcida gremista. O que nos causou profunda
indignação e divulgamos para os que acessam
este site, tendo como base este estudo, acabou comprovado.
Na proposta original deste contrato, nenhuma cláusula
expressa garantia os direitos dos milhares de associados do
tricolor. Sustentaram algumas celebridades gremistas
(dias atrás) "que nem deveria, pois o problema
é do Grêmio e não da OAS". Poderiam
deixar tal comentário para um dirigente da empreiteira
baiana. Ou quem sabe calados, num exercício de contrição,
estabelecessem uma autocrítica por nestes meses todos
de trâmites do projeto ARENA não terem proposto
um discussão ampla e franca no âmbito do clube
sobre os reais e efetivos direitos dos sócios num futuro
estádio. Deixando tudo absolutamente claro,
explicitado e, depois, garantido nos instrumentos legais.
Assim não chegaríamos neste dezembro com tantas
perguntas e poucas respostas materializadas. Priorizando
desde o primeiro instante, de fato, aquele que no slogan publicitário
é chamado com justeza de "o torcedor que faz a
diferença" talvez diminuísse o volume (não
o mérito) das indagações. Mas, parece
que avançamos: de várias declarações
preliminares do tipo "os direitos poderão ser
garantidos se o Conselho quiser" ou "se o Grêmio
quiser poderão ser garantidos os direitos", tudo
para um momento seguinte, subseqüente, passamos a escutar:
"podem ficar tranqüilos: todos os direitos dos sócios
estão garantidos (Odone e Antonini)". Ok. Fazemos
questão de registrar por ter sido um pleito aqui exigido
nessa estória toda. E, mais adiante (se necessário)
iremos lembrar e cobrar. Estejam certos.
Este olhar fiscalizador das arquibancadas, que engajou
dezenas de gremistas, vai continuar.
No
debate promovido pela Rádio Guaíba na noite
de segunda-feira (15/12), o representante da AGP (o advogado
Antônio Carlos Azambuja) afirmou categoricamente que
"estamos a 24 horas da votação
do contrato e os direitos dos sócios gremistas não
estão garantidos no futuro estádio".
Não foi possível pelos debatedores presentes
(e havia uma pluralidade de grupos) refutar tal colocação
pela evidência de tratar-se de uma triste realidade.
Nesta ocasião, um colunista do Correio do Povo, antes
do término do debate fez uma chamada intitulada
"a força da pressão", onde
citava que naquele mesmo instante (devido à insurgência
de sócios gremistas de várias modalidades em
busca dos seus direitos) uma reunião para alterações
na minuta estaria em andamento. No dia seguinte (16/12), no
jornal referido, publicaria o seguinte: "atenção
sócios do Grêmio. A comissão de assuntos
legais e estatutários debateria, ontem, uma nova redação
para minuta do contrato entre o clube e a OAS". Os detalhes
do conteúdo desta nova redação (e se
foi exatamente sobre isso) não sabemos, mas
que ocorreram movimentações, fruto da enorme
repercussão do assunto "sócios", não
há dúvida. Notório também
que cláusulas que protegiam a OAS dos detentores de
direitos no Olímpico apontavam lesão a direitos
do quadro associativo. E foram alertadas e destacadas em vários
Blogs e sites gremistas graças ao empenho destes integrantes
da AGP.
|
Neste
site somos todos sócios contribuintes. Sabemos do esforço
dos milhares de torcedores em pagar suas mensalidades para acompanhar
o amado tricolor. Outros tantos para adquirir um ingresso. Em
nosso entendimento de nada adianta um estádio moderno e com
vários outros atributos se o conjunto dos torcedores gremistas
, mais adiante, for excluído de freqüentá-lo
por questões econômicas. Não
queremos ninguém rifado por concepções elitistas.
Com a exceção dos filhinhos de papai com a mesada
em dia e que se contentam com poltronas reclináveis, sacos
de amendoim higienizados e whisky importado para consumo nos dias
de jogo, a esmagadora maioria da massa gremista compartilha deste
nosso mesmo sentimento. A estes em particular, que fazem a grandiosidade
do povo tricolor, agradecemos as manifestações. Assim
como também somos gratos aos que, defensores de uma posição
na qual a minuta não deveria ser objeto de uma resposta tão
contundente da nossa parte, procuraram argumentar em sentido contrário
(mesmo que tenhamos mantido os posicionamentos, em ambos os lados).
O resumo é: queremos fazer a nossa festa, levar a
nossa vibração, numa cancha que seja do Grêmio
de fato e de direito. Propriedade dos gremistas e com pleno e total
direito de usufruto. E que a mesma pulse no ritmo da Geral nos levando
a novas conquistas, nos levando a novos pódios.
Este
espaço não se subordina e nem se vincula aos grupos
políticos do clube. Entende, inclusive, que uma
lógica de disputa de espaço preponderou sobre o que
deveria ser a preocupação central de todos os coletivos:
a minuta do tão comentado contrato. Engalfinharam-se por
nomes para famigerada "Grêmio Empreendimentos",
enquanto o conteúdo do acordo com a OAS (até ocorrer
o grito e o protesto da torcida) passava praticamente lotado. Que
se preocupassem em listar suas nominatas mais adiante, pois a
nós preocupava e preocupa a essência deste negócio
jurídico: preservar o patrimônio do Grêmio e
os interesses do seu inigualável torcedor. A democracia
gremista é ainda incipiente, mas já sinaliza lições
e um aprendizado para todos nós que lutamos por um Grêmio
cada vez mais vitorioso dentro e fora de campo.
*
Contratações estão chegando. Assunto para breve.
Jorge
Bettiol
ducker.com.br
![](imagens/linha_azul.gif) ![](imagens/linha_azul.gif)
UM
CONTRATO LESIVO E INACEITÁVEL (13/12/08)
Na
última quinta-feira à noite, atendendo uma convocatória
pública, compareci a um encontro promovido pela Associação
dos Gremistas Patrimoniais (presidida pelos Srs. Carlos Martini
e Gilberto Kroeff). No referido evento, que reuniu cerca de sessenta
pessoas, foi apresentado um trabalho minucioso elaborado pelos integrantes
deste grupo. Uma detalhada explanação foi feita pelo
Sr. Antônio Carlos Azambuja, um jurista, tendo em vista que
o Conselho Deliberativo do Grêmio tem pautado para
esta terça-feira (16/12) a votação da minuta
de contrato entre a OAS e o GRÊMIO. O que tomei conhecimento
e tenho o dever de compartilhar e analisar (fundamentando uma opinião)
é lamentável e causa profunda indignação.
Como supúnhamos, devido à postura tangencial de quem
deveria responder com objetividade e clareza as indagações
dos torcedores, tal minuta/documento é extremamente lesivo
aos interesses da instituição Grêmio e do seu
quadro associativo. Na visão de quem escreve estas
linhas e de tantos outros gremistas que tiveram acesso àquilo
que não está recebendo a publicidade que deveria (?)
, o próprio conceito de "clube" está em
questão. Caso o Conselho gremista aprove a calamidade
que está pactuada pela atual direção e a tal
empreiteira teremos um verdadeiro processo de exclusão. E
os defenestrados seremos nós, sócios de todas as modalidades.
Os prejudicados são tanto os patrimoniais (cerca de 4.000),
como os contribuintes (e aí somos milhares e milhares). Até
mesmo os proprietários de cadeiras no Olímpico serão
penalizados. Não se
trata, ao menos neste instante, de procurar saber quem é
a favor ou contra a polêmica ARENA (embora
seja elementar que o pano de fundo desta situação
absurda e lesiva que pode se configurar advém justamente
do encaminhamento deste negócio jurídico). Mas,
sim, de impedir a votação de algo oneroso e escancaradamente
danoso à comunidade gremista. Durante vinte anos estará
protegida a OAS frente qualquer pretensão dos associados
gremistas de freqüentar o que (apenas formalmente) será
o nosso futuro campo e sede. Aos torcedores a eliminação
de direitos, aos investidores total liberdade para aumentar seus
lucros e controlar as chaves dos acessos. Em troca de tanta submissão,
receberemos 65% das receitas do estádio, um terreno escriturado
e milhares de sócios não podendo exercer seu direito
de patrimônio e/ou de gozo, usufruto das dependências
da "nova casa" do tricolor. Uma esmola chamada
"franquia" vai dispor R$ 250.000,00 por mês para
"ingresso de associados", crédito a ser utilizado
pelo Grêmio "sempre que achar conveniente". A matemática
excludente não mente: considerando-se uma média de
quatro jogos e custo aproximado de R$ 50,00 por pessoa, teremos
contemplados 1250 sócios aproximadamente. Um pouco mais,
um pouco menos. Uma vergonha !
E
os demais ? Quem vai poder assistir aos jogos ? Os que forem mais
rápidos e puderem pagar. E pagar bem , lógico. O amigo
que lê este texto e faz questão de ir à cancha
(e como nós gremistas gostamos de assim proceder, especialmente
na Geral) dar o seu apoio e alento ao tricolor é sério
candidato a engrossar as mesas de bar que transmitem os pay-per-view
ou simplesmente colar um radinho na orelha. E estamos falando de
uma massa torcedora que tem sido protagonista em todas às
competições, sempre ponteira nos quesitos de público
e arrecadação. Consagrada à barbaridade
que é objeto deste alerta, repetimos: durante duas décadas
(e partindo do pressuposto que, mesmo com a crise financeira mundial,
nenhuma empresa ou banco envolvido no negócio venha a quebrar
durante este longo período) este é o destino que será
selado (os sócios e a torcida impedidos de acompanhar de
perto o clube do coração) se os Conselheiros do Grêmio
perderem o juízo, a compostura, e avalizarem este disparate.
Não é possível que não tenham aprendido
com o vergonhoso e policialesco caso da ISL. Não se espera
outra atitude do Sr. Raul Régis de Freitas Lima, presidente
do Conselho, e da totalidade ou maioria desta instância: retirar
da pauta tal contrato, ou votar pela rejeição sumária.
É obrigação do legislativo gremista ser soberano,
defender o torcedor (razão de ser e de existir do Grêmio)
e remeter tal assunto para um aprofundado e democrático debate.
E que seja feito com tranqüilidade, de maneira pública,
absolutamente aberta, sem nada a ser escamoteado. Que os gremistas
saibam os detalhes do conteúdo, sua repercussão e
possam efetivamente ter garantias e segurança. Afinal,
por qual razão tanta pressa ? Ah, a Copa do Mundo (um ou
dois jogos hipotéticos, a serem realizados daqui a seis anos)
! Por favor. É risível. Que se dane tal evento ! O
que é mais importante para esta turma dirigente vaidosa e
que se sujeita a obediência dos empresários da OAS
? Parece óbvio e, evidentemente, repudiamos tal conduta.
O
futuro do Grêmio, a preservação do seu marco
constitutivo, da sua identidade, o resguardo do seu patrimônio
(e aí se destacando a sua fabulosa torcida) e uma história
extraordinária de 105 anos devem ser preservados acima de
tudo ! Por isso dizemos NÃO a este contrato e te convidamos
a acionar os que têm poder de decisão neste mesmo sentido.
Envie a solicitação de retirada ou rejeição
para o e-mail do Conselho Deliberativo (conselho@gremio.net) e procure
os Conselheiros do clube para fazer esta mesma solicitação.
Estejam certos, estes Srs. votantes, que estaremos atentos
a esta deliberação. Daremos ampla publicidade às
posições que lá dentro (distante das arquibancadas),
forem adotadas.
O GRÊMIO PERTENCE AO SEU TORCEDOR
!
Jorge
Bettiol
ducker.com.br
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DIGNIDADE
(09/12/08)
Fizemos
a nossa parte e com toda dignidade. Chegamos aos 72 na tabela e
a um honroso vice-campeonato. Lógico que nos agradaria muito
terminar na liderança e ousamos dizer ao treinador gremista
que ainda consideramos ter créditos a receber. Portanto,
não passaremos recibo de quitação neste momento.
Tivemos vacilos que nos custaram caro, mesmo reconhecendo virtudes
e acertos no trabalhador Celso Juarez Roth. Só que no momento
do balanço, além de se destacar méritos, também
devem surgir os questionamentos. Uma leitura possível e positiva
é que levamos a disputa de pontos corridos, pela primeira
vez, ser definida na sua última rodada, nos seus últimos
instantes. Brigamos até o fim. O que logicamente desgostou
os amargos midiáticos de sempre e os céticos de plantão.
Bueno, em frente. Antes da entrada em campo, nossos jogadores
falaram da torcida gremista: presente e apoiando desde o primeiro
instante neste campeonato. E ao pisarem no abençoado gramado
do estádio, já na recepção, mirando
a fidelidade e a vibração das arquibancadas, foram
tomados pela emoção que seria a tônica do embate
final. O Galo mineiro (que tem sua tradição),
vitaminado pelo incentivo paulista, deu trabalho. Nenhuma surpresa,
pois sabíamos que não seria um jogo fácil.
Do nosso lado, certa ansiedade e uma dificuldade de controlar as
ações. O time estava lento, burocrático. Na
primeira etapa, os atleticanos dominaram o meio de campo e tiveram
os flancos abertos. Não por acaso chegaram a nossa meta (literalmente).
Situação complicada também pelo fato dos bambis
marcarem muito cedo, o que gerou uma apreensão estagnante
em parte da torcida. Algo efêmero, pois referenciados na cantoria
da Geral, todos os setores do Olímpico voltaram a dar o seu
alento, o seu apoio incondicional. Estava decidido, deliberado
por mais de 46.000 corações e vozes que absolutamente
nada, nenhuma adversidade (na inesquecível tarde de 07/12)
faria o povo gremista esmorecer. Jamais se render é da nossa
gênese. Mesmo com todo ceticismo fundamentado, mesmo com todas
às tendências acachapantes e armações
de bastidores. Somos gremistas, meu amigo. E nós acreditamos
sempre! No retorno, tivemos uma segunda etapa de afirmação.
O gremista Mattioni, cheio de vontade e com raça, nos levou
a jogada que culminaria na penalidade convertida por Tcheco. Mais
adiante, Soares demonstrou oportunismo e eficiência. Nova
avalanche e um pulsar que foi crescendo e se espraiando com mais
intensidade e força. E quando, ironicamente, em Brasília
(a capital nacional das maracutaias) se encerrou mais um capítulo
das falcatruas que assolam e denigrem o futebol brasileiro (decretando
que o campeão não estaria em Porto Alegre), um momento
extraordinário aconteceu. Destes que são definitivos
e memoráveis. Quem participou nunca mais vai esquecer e nem
vai se cansar de contar. Aqueles milhares de azuis, pretos
e brancos se ergueram. Todos espontaneamente, numa sintonia ligada
pela alma tricolor. Mãos apontadas para o celeste do céu
que se juntaram explodindo num forte e sonoro aplauso. O som deste
reconhecimento e deste amor pelo Grêmio irrompeu de maneira
arrebatadora pelo Monumental. Impregnou a todos e não cessou
mesmo após o apito que selou findado nosso último
compromisso da temporada. A massa não parou de cantar e de
ovacionar. Saudou aos jogadores, a comissão técnica,
aos dirigentes e, de certo modo, a si mesma. Os gremistas saudavam-se
uns aos outros numa alegria incontida por pertencerem e constituírem
(geração após geração) esta imensa
e apaixonada Nação Tricolor dos Pampas. Por
que esta torcida do Grêmio, aguerrida e única, é
sem limites na sua devoção. Aprendam amargurados,
não celebramos nossa imponência apenas nos títulos
e nos troféus. Comemoramos e ostentamos o nosso orgulho e
a nossa generosidade também nos momentos de provação.
Reconhecemos os que se esforçam, os que lutam e nos somamos
a estes. Por isso somos distintos (e isso gera uma ciumeira danada,
um incômodo tremendo na província e país afora)
e somos referência, um exemplo de como torcer. A torcida gremista,
só ela, protagoniza estes espetáculos raros (não
esqueçamos daquela Copa do Brasil perdida em `95 - vingada
em 2001 – e um Olímpico inteiro cantando o hino do
tricolor no prenúncio do que seria o Bi Campeonato da América,
logo adiante) e marcantes. Inéditos. Inesquecíveis.
Nas boas e nas ruins. E a letra de uma das canções
tricolores diz tudo: "mesmo não sendo campeão,
o sentimento não se termina". Parabéns ao Grêmio
e a esta briosa torcida por tudo que superamos e alcançamos
! O Tri, agora, será o da Libertadores da América.
Vamos chegar. Nós merecemos esta conquista.
Na
trepidante emoção que envolveu a todos os gremistas
no último domingo, destacamos algumas reações
dos jogadores. Souza, jogador rodado e experiente disse nunca ter
visto algo igual à torcida do Grêmio: "fico arrepiado
só de falar". O Jean, zagueiro que também conhece
e viveu diferentes clubes, entrou engasgado ao ver a galera no estádio.
No final, defronte a Geral, chorava copiosamente e retribuía
o carinho da torcida aplaudindo os torcedores. O resumo do que sentiu
o grupo pode ser expresso na manifestação comovida
do ídolo Victor : "A gente vibra, fica feliz. A torcida
gritando meu nome, apoiando o time todo o tempo. Torcedor como esse
não se vê em lugar nenhum do mundo. É um torcedor
diferenciado, inigualável". Na imprensa de fora do Estado
havia certa perplexidade pelo que era presenciado: "a torcida
do Grêmio é mesmo impressionante: eles estão
comemorando mais do que se fossem campeões", disse um
repórter paulista. Até mesmo na aldeia, conhecido
colunista (com assento na mídia nacional) registrou nesta
frase o acontecimento: "Eu particularmente, ainda não
tinha visto um fato dessa grandeza em um estádio de futebol".
Justas manifestações. Irrefutáveis. Fomos a
segunda melhor média de público da competição
(mais de 33.000 por jogo) e no entusiasmo lideramos com folga. É
uma realidade. Impossível de ser omitida.
Quando
se trata de dupla GRENADA, a desgraça de um também
faz a felicidade do outro. Nada mais natural quando se trata de
RS. Mas, no caso objetivo, estranhamos a euforia do rival.
Senão vejamos: os da Padre Cacique ganharam um ruralito,
uma copa de suplentes americana (e com golzinho mal anulado do educado
time de La Plata) e um torneio de verão (no qual os europeus
buscam dinheiro e fazem coletivos) num país onde o esporte
que arrebata multidões é a corrida de camelos. Tudo
tão significativo e relevante que os dirigentes rubros continuam
rondando a sede da Conmebol para encontrar uma porta dos fundos
que dê acesso a principal competição do continente.
Conclui-se o insofismável. O principal e propagado objetivo
do monárquico e milionário co-irmão não
foi atingido. Fracassaram. Coube ao Grêmio chegar a tal meta
e por mérito próprio, dentro do campo. Neste 2008
os vizinhos foram campeões de tudo que não leva a
nada (destacando-se, igualmente, a excepcional sexta colocação
no brasileirão). Já no próximo ano disputarão
a cobiçada Copa Suruga ( ou Subaru, Sukita, algo do gênero).
Que momento.
Na
interminável gestão do "honestíssimo"
Ricardo Teixeira é o quarto escândalo de arbitragem
de proporções e que se torna público. O
episódio Tardelli possivelmente será abafado (ou manipulado
para uma versão digerível) e não teremos a
verdade dos bastidores revelada. Nos envelopes da cortesia
graceja a corrupção disfarçada de mimo. Apenas
um sinal verde, quem sabe, para um futuro polpudo agrado em conta
bancária. Pode até ser que o citado arbitro entrou
de gaiato na estória e seu nome tenha sido indevidamente
usado por integrantes de algum esquemão. O fato é
que a CBF se omitiu vergonhosamente e passou o problema para o confiável
STJD (que de espalhafatoso passará a movimentar-se em sigilo).
Na segunda-feira, após prometer esclarecer o mistério
que ainda exala odor putrefato, preferiu a "entidade máxima"
se dedicar a sua festa de "melhores do ano".
Mas, o pior é a conivência da cartolagem tupiniquim
e da imprensa adesista pelo país afora. Na última
eleição, por exemplo, o Sr. Teixeira obteve apoio
unânime de todas as Federações Estaduais e também
dos clubes. Mesmo que seja público e notório que tal
cidadão está mais preocupado em engordar o seu vasto
patrimônio, literalmente se danando o resto. Ética
e moralização, sabemos bem, são vocábulos
estranhos a este sujeito e seus pares. E a mídia,
tão exigente e atenta quando se trata da delinqüência
de torcedores, mete o rabo entre as pernas e aceita passivamente
os grandes delinqüentes que freqüentam os camarotes vips
do futebol brasileiro. No máximo uma tênue crítica
pontual, nos restante total cumplicidade pela omissão.
Agora, um rápido exercício. Imaginemos que a situação
fosse invertida: o Grêmio ganhando o campeonato num enfrentamento
com o Goiás e nas mesmas circunstâncias. Será
que ouviríamos só referências elogiosas ("competência,
capacidade de reação") no Sudeste ? O eixo RJ-SP,
tão complacente com todos os erros capitais de arbitragem
a favor da Bambilândia nesta reta final, seria tolerante conosco
? A resposta é elementar. Inegável que não
deixamos de ganhar a competição exclusivamente por
equívocos e/ou arranjos de arbitragem. Mas é impossível
não referirmos toda esta sujeirada ao analisarmos o epílogo
desta temporada.
Jorge
Bettiol
ducker.com.br
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CONFIANÇA
E SOLIDARIEDADE (01/12/08)
O
Ipatinga, jogando em casa, estava com fama de carrasco da gauchada.
O verbo ficou no passado. Os mineiros tiveram fôlego para
marcar no início da partida e nada mais. Verdade que Victor
fez duas importantes defesas, uma em cada etapa. No mais, o domínio
gremista foi amplo e se traduziu na merecida e necessária
virada elástica. A boa notícia foi que Marcel, antes
de voltar a se lesionar, resolveu iniciar a quitação
de débitos com o torcedor gremista. Meteu duas vezes nos
"barbantes" (como diria um locutor de Minas) e foi fundamental
para materializar a reação. Outro que surpreendeu
positivamente foi Jean, não só pelo gol, mas por estar
confirmando ter personalidade. O plantel assimilou bem à
meta e o desafio da rodada. Entraram em campo com vontade e presentearam
o aniversariante Roth e a Nação Gremista com uma vaga
a Libertadores (via campo de jogo). Os tropeços de
Flamengo, Palmeiras e Cruzeiro apenas anteciparam o que se sabia
inevitável: em 2009 estaremos disputando a principal e mais
desejada competição do continente. O mérito
desta conquista é todo do grupo gremista (aí incluindo
a comissão técnica, o pessoal do vestiário)
e da espetacular torcida tricolor ao alcançarmos uma posição
que muitos pretendiam. Com uma folha salarial modesta perante vários
elencos milionários (e aí incluída a vizinhança),
conseguimos chegar ! E, o vivente sabe, conhecemos bem tal disputa:
será nossa 12ª participação, com quatro
finais e dois títulos. Como diz o slogan: "Libertadores
é a nossa cara" !
Contudo,
voltemos ao brasileirão: o campeonato não acabou.
O que afirmávamos categoricamente se confirmou: permanecemos
com chances de levantar a taça. Os bambis reuniram
67.000 calados espectadores (que tiveram apenas dois meteóricos
momentos de comemoração: no seu gol de casquinha e
na entrada triunfal do Richarlyson em campo) e tinham toda festa
preparada ! Um local (na capital paulista) estava reservado e fechado
para receber os "hexacampeões", camisetas comemorativas
foram distribuídas e até um pódio foi preparado
no Morumbi. Esqueceram de vencer o Fluminense e, agora, terão
que enfrentar o Goiás do gremista Paulo Baier. Se
a equipe goiana jogar o que jogou recentemente no Olímpico
e, especialmente , o futebol apresentado no Maracanã, Muricy
e seus comandados serão derrotados. Uma lástima que
já armaram com bastante antecedência e surrupiaram
o mando de campo dos esmeraldinos. Nada que possa, contudo,
impedir um triunfo do Goiás. De antemão fica a convocação
à torcida gremista do DF e arredores (mesmo sabendo que estão
aventando preços exorbitantes para as entradas, o que deve
barrar muita gente) para comparecer ao local do jogo.
E
nós ? Ao Grêmio cabe única e exclusivamente
concentrar-se no Galo e jogar a morrer contra os mineiros neste
decisivo 07/12. Além da camisa e do respeito que
merece, o oponente também vai entrar estimulado em campo
por incentivos extras (e que o Grêmio não deixe de
propiciar o mesmo aos goianos). Só que no Monumental, não
vai ter para ninguém. Nossos atletas tem que lutar
incessantemente, do primeiro ao último minuto, por esta nova
vitória que nos levará aos 72 pontos. Retribuir todo
o apoio da massa gremista, que em muitos momentos carregou este
time com seu entusiasmo e alento, e vencer de maneira aguerrida,
categórica. Não deve nos interessar o que estará
se passando nos arredores de Brasília enquanto não
cumprirmos com o nosso objetivo e a nossa obrigação.
Ao final das partidas, superando o Atlético Mineiro, teremos
o desfecho deste trepidante campeonato. Lógico que seguimos,
como sempre foi e será, acreditando. Façamos uma grande
corrente de confiança nesta rodada final. Venha ao Olímpico
a não pare de cantar, de aplaudir, de incentivar. Não
deve importar o placar do jogo paralelo. Independente do que estiver
acontecendo, temos que empurrar nosso time na busca do derradeiro
triunfo. Façamos a nossa parte (dentro e fora do gramado),
pois isso é essencial para que o grito de campeão
possa ecoar nas bandas do glorioso bairro da Azenha. Venha cedo,
lote a nossa casa. Que tenhamos uma grande celebração
por tudo que já ganhamos nesta temporada e pelo que podemos,
ainda, obter. Vamos Grêmio, com confiança, fé
e bola na rede ! Mais
esta alegria o teu povo te pede !
O
arbitro Heber Roberto Lopes não sai mais da mídia.
Com sua cabeça raspada e consciência pesada tem tido
assento permanente no programa de quinta categoria (já rebaixado
no conceito de grande parte das torcidas brasileiras) conduzido
pelo apresentador mais cretino e charlatão do Brasil. Após
expulsar injustamente um jogador gremista contra o Vitória,
Heber poupou um são-paulino que agrediu um tricolor carioca
e ainda sonegou uma penalidade que seria decisiva (Rodrigo sobre
Washington) ! Após tudo isso foi rir em rede nacional junto
ao maior mau caráter (posição compartilhada
por inúmeros colegas de profissão) do jornalismo (?)
esportivo nacional. Milton Neves não pode ser chamado de
"apresentador paraguaio" ou "marqueteiro paraguaio"
pois seria uma ofensa a digna população daquele país.
Trata-se de mais um venal, elemento capcioso e, por isso mesmo,
desprezível. Nos últimos dias, tem atacado rasteiramente
o Grêmio e a sua torcida. É um safado que tem medo
de andar sozinho. Não só no RS, pois pede segurança
para circular em determinados locais. Não vale nada. É
tão incompetente profissionalmente que conseguiu a proeza
de ser "demitido" de um empreendimento com o esperto e
engomado Roberto Justos antes mesmo de concretizar o negócio.
Milton Neves é metido a sabichão, mas, o fato é
que nem mesmo para um simples "aprendiz" ele serve
O
registro é pelo singelo fato deste Sr. (alçado a condição
de dirigente) não conseguir esquecer seu principal e campeoníssimo
rival. É verdade que já recebeu uma boa resposta pública
do André Krieger, mas gostaríamos de fazer um modesto
acréscimo. Fico imaginando que tudo é conseqüência
do trauma proveniente de mais de duas décadas de pressão
e sofrimento. Até consigo vislumbrar o balzaquiano Pifório,
talvez com menos gordura abdominal e alguma massa cinzenta. Consumindo
avidamente calorias e assistindo o Grêmio ser o primeiro clube
verdadeiramente latino americano e planetário do Sul do Brasil.
Nós empilhando títulos e taças e o hoje adiposo
presidente rubro se consumindo de inveja e precipitando sua devastadora
queda de cabelos. Não deve ter sido fácil. Afinal,
foram 23 extenuantes e amargurados anos para poder ensejar a abertura
de um Memorial (e, bom lembrar, 97 para justificar o nome de batismo)
na região do aterro. O tempo passou e o pífio provocador
faz de conta que não percebeu. As competições
mudaram, os competidores também. O nosso continente é
um exemplo disso. O constrangimento dos Libertadores da América
começou com um Once Caldas, passou por outros menos cotados
e chegou a uma LDU. Outros torneios acessórios e pouco representativos
surgiram (a propósito: esta esvaziada e pouco significativa
copa da montadora coreana parece ter seu destino traçado:
será modificada pelo seu fracasso de público e de
repercussão. Sem falar no ridículo retorno financeiro
a ambiciosa Conmebol do Sr. Nicolas Leoz e na forte cobrança
dos patrocinadores). Até mesmo parte do futebol argentino
mudou e parece mergulhar numa crise de identidade. Hoje, algumas
equipes daquele país abusam dos passes de calcanhar, tem
no "chuveirinho" jogadas preferenciais e, surpreendentemente,
jogam na bola. Não chegam junto, sequer batem boca com os
adversários. Nem mesmo um simples princípio de tumulto
protagonizam como mandantes. Uma elegância e suavidade a toda
prova. Planteis outrora aguerridos foram reduzidos a jogadores
veteranos e sem energia (não sabia que não respeitavam
o estatuto do idoso em terras platenses), cambaleantes, asmáticos.
Alguns com faixas coloridas prendendo cabelos escovados e cintilantes
num estilo quase afeminado. Até mesmo os estádios
e seus freqüentadores estão se transformando. Quem poderia
imaginar que um moderno e seguro "Engenhão" seria
construído a 50 km de Buenos Aires ? E que nas arquibancadas
as câmaras de TV flagrassem senhoras, comportadas donas de
casa, tapando com as mãos os olhos e cobertas de vergonha
pela ruindade do time local ? Sem brigas dentro e fora
de campo. Nem mesmo um copo plástico arremessado ao gramado.
Inegável que os ponteiros dos relógios mudaram até
mesmo o antigo campo minado da cidade de La Plata. "El Pincha"
foi uma equipe poderosa na virada dos anos sessenta para os setenta
e que incomodou até os primeiros anos da década de
oitenta. Depois disso, amargurou também exatos 23 anos de
penúria. Só conseguiu ganhar novamente um campeonato
argentino no malfadado e estranho ano (para o futebol do Cone Sul)
de 2006.
Quando
o Grêmio enfrentou o Estudiantes, 25 saudosos anos atrás,
enfrentou uma guerra. Literalmente. Além de uma cultura futebolística
distinta (com autênticos times castelhanos), outra conjuntura.
Os argentinos disputavam com os ingleses a posse das Malvinas. Uma
aeronave britânica, no rumo das ilhas conflagradas, posou
e abasteceu no RS. Foi o estopim para uma hostilidade sem precedentes
a um clube extrangeiro. Nunca houve e nem haverá nada semelhante.
A tragédia rondou o tricolor e seus corajosos torcedores
que lá estiveram. Uma época de ditadura militar no
Cone Sul, sem políticas de colaboração, acordos
bilaterais (fora à chamada "caça aos subversivos")
e Mercosul. Da chegada a La Plata até o retorno,
ameaça de morte foi o mais brando que ocorreu. E no acanhado
alçapão de então (nada semelhante ao que hoje
existe lá) hinchas furiosos rangiam os dentes, sacudiam telas
e queriam a vitória e a vingança. A soberania ferida
dos hermanos exigia o sacrifício do adversário. Pedradas,
garrafadas, rojões e fartura de agressões. Tudo com
a conivência e até mesmo estímulo das autoridades
locais. Foi preciso que a diplomacia brasileira (no caso subalterna
aos militares daqui) fosse acionada. Uma partida dramática
para nunca mais ser esquecida e que faz parte de uma trajetória
que culminou no primeiro título de Libertadores para os gaúchos.
Não há comparação possível entre
o enfrentamento ocorrido naqueles anos e a contemporaneidade açucarada.
Não há similitude entre a batalha que enfrentamos
e o turismo praticado pela vizinhança. A história
não pode ser adulterada, principalmente se a tentativa for
de um ressentido.
Santa
Catarina é o Estado mais próximo do RS em diversos
aspectos. Sua população, aliás, conta com verdadeiros
rincões gaúchos. A torcida do Grêmio, nesta
região do país, é enorme. Seja na capital Floripa,
no Sul do Estado e mesmo no Vale do Itajaí. Numa situação
como essa, evidentemente, a cor da camisa é irrelevante.
A tragédia que assola algumas localidades e flagela os catarinenses
está mobilizando o país. É, portanto, também
nossa a tarefa do exercício da solidariedade. O Grêmio
estará toda esta semana arrecadando doações
junto a loja GrêmioMania no Olímpico. Na partida contra
o Atlético Mineiro, haverá um posto no quadro social
e será efetivado recolhimento nos portões do estádio.
Na capa deste site, desde a semana passada, é possível
acessar os endereços da Defesa Civil Catarinense e da Defesa
Civil Gaúcha para efetivar a colaboração. Vamos
ajudar. Os amigos catarinenses agradecem.
Jorge
Bettiol
ducker.com.br
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NÃO
À RESIGNAÇÃO (25/11/08)
Pior
do que a atuação, só mesmo o resultado. Principalmente
pela circunstância de ser definido na etapa complementar.
Antes disso, a partida foi toda tricolor. Da iniciativa ao domínio
efetivo da pelota. Comandamos as ações e partimos
para pressão. Os baianos estavam atônitos e conseguiam
contragolpes de forma afobada. Nosso gol era questão de tempo
e, numa bola alceada do lado direito, a fortuna nos presenteou com
outro tento contra. Depois disso, tivemos toda liberdade para ampliar
o resultado favorável. Foram oportunidades incrivelmente
desperdiçadas e a um custo elevado. O combativo André
Luís (também protagonista quando inauguramos o placar)
e Rafael Carioca que o digam. Poderíamos ir para o intervalo
com uma vantagem dilatada. Poderíamos. No retorno, logo na
saideira, o empate indesejado. Na seqüência a expulsão
do Amaral derivada de uma falta que sequer merecia um cartão
amarelo. Tão despropositada tal punição que
nem mesmo os amargos de plantão puderam sustentar. Deste
momento em diante e, especialmente, após a virada dos comandados
por um técnico profissional e também bicampeão
da América, o Grêmio desmoronou em campo. De uma atitude
de franca disposição para uma resignação
irritante. O time se desarrumou e, com a adversidade, não
conseguiu se impor. Pelo contrário: foi amassado pelo medíocre
Vitória (até então, com sete rodadas sem vencer)
que, aproveitando-se da passividade tricolor e de duas avenidas
nos flancos, aumentou o escore com facilidade. O quarto gol tem
uma imagem emblemática da solidão do grande Victor
perante a ação contemplativa do sistema defensivo
já desmanchado. Falar da nossa sistemática incompetência
ofensiva é lugar comum. O que nos aborrece é sua arrastada
incapacidade de se resolver. Neste final de semana de insucesso
tivemos um Perea fora da delegação, o Reinaldo lesionado
e um Marcel que parecia nitidamente espectador da decisão
que se desenrolava no gramado. E o Chengue Morales ficou no banco,
dando lugar ao seu apagado compatriota numa daquelas determinações
que o Roth explica, mas não convence. Não era o que
buscávamos, mas foi o que colhemos devido a uma segunda etapa
totalmente desastrosa. Passado o episódio Salvador,
cumpre lembrar que o campeonato não está encerrado.
Restam duas rodadas e, mesmo com a tendência amplamente favorável
às velozes gazelas são-paulinas, matematicamente temos
a disputa aberta. Portanto, é dever dos dirigentes
(os que ainda permanecem no vestiário, já que o presidente
não está acompanhando a delegação),
da comissão técnica e dos jogadores prosseguirem
na luta e buscar estes seis pontos. Encerrar a competição
com dignidade, com triunfos e chegar à casa dos 72 pontos.
Só então valorar a tabela de classificação.
A torcida do Grêmio não desiste nunca, acredita
sempre e por esta cultura somos este clube de feitos notáveis.
Não aceitamos resignação e muito menos desistências.
O peso desta camisa não admite os que fraquejam. Vencer o
rebaixado Ipatinga (carrasco dos vizinhos jogando como local) e
o tradicional Atlético Mineiro é o desafio e uma evidente
obrigação. Vamos Grêmio !
O
Barradão foi mais um estádio a receber e testemunhar
a exemplar capacidade de mobilização do povo gremista.
Um grande contingente ignorou as distâncias e somou-se aos
fanáticos tricolores da região (saudações
ao Lorenzo e aos borrachos de Floripa). Outra extraordinária
demonstração de carinho e confiança neste clube
que arrasta multidões. Nesta temporada, novamente, seremos
vanguarda nos quesitos de público (somente superados pelos
cariocas apoiadores do mais querido do apito) e bilheteria em termos
nacionais. A fidelidade dos gremistas é inquestionável
e se dá nos bons e maus momentos. Parabéns a orgulhosa
Nação Tricolor do Sul, referência no modo de
torcer e primeiro lugar nas arquibancadas pelo apoio incondicional
e alento incessante.
Comenta-se
a declaração do arbitro Héber Roberto Lopes,
muito afeito a holofotes. É, no mínimo, estranha.
Deveria se calar, evidente. Quem sabe até pedir umas férias
para comissão de arbitragem pela atitude autoritária
cometida num domingo de sol na Bahia e que trouxe certa nebulosidade
para o Sul. Agora, francamente: não precisávamos estar
em campo para concluirmos que o desfecho da partida seria trágico
para o Grêmio. Faltou futebol, amigos, faltou poder de indignação
e reação. O Grêmio Copeiro, tradicional nesta
nossa história de superação e glórias,
passaria por cima do apito, da inferioridade numérica, do
que fosse.
Vai
ser uma baita final. Neste caso, até não podemos questionar
a imprensa esportiva ressentida do RS. Os espaços são
inevitáveis. Mesmo que durante boa parte do certame os competidores
tenham utilizado equipes de suplentes e os estádios tenham
ficado as moscas. Difícil negar o caráter de torneio
compensatório, de baixa densidade valorativa. O fato é
que os clubes finalistas, não tendo chance em competição
mais importante, cumprem com seu papel de propagandear ao máximo
estes dois jogos. Nesta ilusão laureada, não há
favorito. Por isso, arrisco dizer que tanto o Cerâmica de
Gravataí quanto o Pelotas tem as mesmas condições
de levantar o caneco. Agora, vamos combinar: há um certo
exagero. A julgar pelo ufanismo do vendedor de Cd´s, também
conselheiro do rival e presidente da FGF (nas horas vagas). O referido
chegou a viajar para Assuncion. Noticia-se que participou da reunião
de cúpula da Conmebol. Concluo que só pode ter ido
até lá para pleitear uma vaga a Libertadores para
o campeão da Copa Lupi Martins. Alguma outra possibilidade
?
Jorge
Bettiol
ducker.com.br
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EM
DEFESA DO GRÊMIO
O
repudiável episódio envolvendo torcedores gremistas
e que para infortúnio da Grande Nação Tricolor
está sendo noticiado nacionalmente segue com interrogações.
Talvez só mesmo seus infelizes protagonistas possam esclarecer
os detalhes e os bastidores (a esta altura perante a polícia
e o judiciário) que culminaram nesta rixa resolvida à
bala . É público e notório que ocorrem desentendimentos
entre facções de torcedores no Olímpico. Não
é de hoje, aliás. Seja por simples rivalidade ou por
interesses escusos, três antigas organizadas do Grêmio
viviam as turras. Freqüentemente entravam em confronto. Hoje,
com novas composições e surgimento de outros grupos,
prosseguem os embates. Só que com mais ferocidade e completo
desatino. Um parêntese: chama atenção, neste
momento delicado, à postura do Sr. Paulo Odone. Nos processos
eleitorais recentes do Grêmio, o presidente deputado fez questão
de procurar lideranças de torcedores para buscar apoio: fez
reuniões, posou em fotos e utilizou tais adesões fartamente.
Inclusive em apedidos nos jornais. Agora, oportunisticamente,
furta-se de um pronunciamento sobre tudo que está acontecendo
e que envolve o nome da instituição. Prefere o conforto
da omissão. Sobre o episódio: alegou-se,
por parte de um dos segmentos da contenda, que o motivo teria sido
uma bandeira com a imagem do ex-jogador e orgulho gremista Everaldo.
Será este o fundamento de toda irracionalidade que ocorreu?
A propósito, será que não vão
tentar atacar também a bandeira oficial do clube (clique
aqui) que, há 38 anos, ostenta uma estrela de ouro em
justa homenagem e este mesmo Everaldo? Qual outro
clube de futebol no mundo fez honraria semelhante? Toda
esta estória está muito nebulosa e esperamos, sinceramente,
que toda verdade apareça. Desconhecemos que possam
existir nos domínios gremistas (até pelo fato objetivo
de não ter nenhum terreno fértil para tal mentalidade
retrógrada e repugnante prosperar) retardados motivados por
sandices de cunho racial. Evidente que multidões
tornam mais fácil o exercício do anonimato pelos covardes.
Mesmo assim (e partindo da presunção que exista
um grupelho que aglutine estes boçais), se possuem todo este
ímpeto de intimidar os que não concordam com sua ideologia
de vaso sanitário, por qual razão não se apresentam
perante a massa gremista que congrega e freqüenta a Geral?
Afinal, sabemos que neste local estão centenas de negros
(e também gente de todo tipo, meu irmão) e ali são
expostos trapos com imagens de jogadores negros! Sem absolutamente
nenhum problema, óbvio! Por qual razão, então,
atravessariam o Olímpico (dirigindo-se a goleira da Carlos
Barbosa) para reclamar de uma bandeira e fazer ameaças? Aliás,
a bandeira com o rosto de Lupicínio é estendida naquele
lado do estádio e há bom período! Agora, voltemos
ao portão 10. Nesta última partida contra
o Coritiba, por exemplo, alentamos o Grêmio debaixo de um
enorme trapo estampado com o ídolo e garoto Anderson (clique
aqui), um dos heróis da batalha dos aflitos. E este pano
meu amigo, assim como outros é estendido com altivez e reverência
pelo povo gremista que reconhece seus ídolos, suas legendas.
Independente de serem atletas brancos, negros, charruas, castelhanos.
Pelo simples fato, incontestável, do Grêmio ser composto
por uma legião de torcedores de todas às origens,
etnias, credos, convicções políticas.
Não é a toa que ultrapassou o rival e, antes mesmo
da virada deste novo século, já possuía a maior
torcida do RS (diga-se de passagem, em todos os segmentos sociais).
É um clube profundamente enraizado nas periferias, nas camadas
humildes e trabalhadoras da população e com forte
e majoritária presença na juventude. Tem uma história
bonita de enfrentamento e superação de barreiras raciais
que remonta quase seis décadas. Do início dos anos
oitenta até o presente, por uma trajetória repleta
de triunfos inesquecíveis, não parou de ganhar simpatizantes
e de angariar mais torcedores. Na quantidade (resultado justamente
da sua pluralidade) e na qualidade dos seus fanáticos apoiadores,
prossegue o Grêmio no rumo de novas conquistas. Para nós,
que lutamos por um Grêmio cada vez mais democrático
e que seja a cara da sua grandiosa massa torcedora, estes últimos
acontecimentos prestam um enorme desserviço
ao clube. Entretanto, não podemos admitir que seja maculada
a imagem do Imortal Tricolor e do seu exemplar torcedor! Estamos
fartos e enojados desta tentativa de rotular todo o universo gremista
como discriminatório. O racismo é uma chaga
do conjunto da sociedade e desgraçadamente acompanha os povos
do planeta (sem exceções). Pode ser explícito,
ou velado, pode ser praticado tanto por brancos, como por negros,
por árabes, judeus, cristãos. Pode ser ato isolado
ou coletivo, pode ser contido ou explicitado por qualquer cor de
camisa. Inclusive as clubísticas. O
que não pode é ser aceito e por isso precisa ser combatido.
Mas, sem hipocrisias e rótulos. O clube e a torcida do Grêmio
não merecem alcunha de nenhuma espécie e não
aceitamos, mais uma vez, a campanha sórdida que veículos
da imprensa e comunicadores venais aproveitam para realizar. Os
fariseus de pele clara, rodeados de colegas brancos nas suas redações,
não cansam de destilar seu ódio. Rechaçamos
esta amargura. Mas, até entendemos tamanho desespero:
nada (nem ninguém) vai abalar a auto-estima desta valorosa
Nação Gremista. E, muito menos, calar o sentimento
pelo amado tricolor. A mais vibrante torcida do país
prosseguirá com a sua força e presença.
Vamos
GRÊMIO!!!
Jorge
Bettiol
ducker.com.br
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DISPUTA
ABERTA (17/11/08)
|
"A
sorte ajuda a quem trabalha". A frase foi pronunciada
pelo Tcheco ao final da partida contra o Coxa. Uma máxima
concretizada pelo esforço gremista e pela infelicidade
de dois jogadores paranaenses. Infortúnio deles, mas
merecida sorte nossa. Afinal, foi justo o triunfo. Não
era necessária vidência para antever uma partida
difícil, portanto, superação era uma
palavra de ordem. Na boca do túnel nossos jogadores
já demonstravam a presença do espírito
de luta que seria apresentado no gramado. E o Grêmio
entrou decidido e partiu para o abafa já nos primeiros
instantes. Embalada pela extraordinária força
e confiança das arquibancadas, a equipe criou oportunidades
e deu trabalho aos defensores e ao arqueiro alviverde. E chegou.
Naquela jogada tradicional do capitão. Conduz a bola
com habilidade, abrindo espaço e buscando a brecha
para o arremate. No desvio, bola na rede e avalanche no Monumental
! O autor intelectual e também executor da jogada corre
para torcida. Mão esquerda firmada sobre o escudo do
clube num gesto de apego, reverência. Emoção
na face. Grande Tcheco ! É assim que se honra uma braçadeira
e uma Nação vibrante ! Na seqüência,
o bom time do Coritiba equilibrou a posse da pelota. Mesmo
assim, foi o tricolor quem ditou o ritmo. Boa marcação,
boas saídas. Na frente, Marcel e Reinaldo batalharam
e tiveram o reconhecimento da massa. Com as substituições,
André Luís e o Chengue Morales entraram com
energia. O uruguaio, sempre disposto a subir no ringue, foi
decisivo para atrapalhar o defensor na jogada de nosso segundo
e necessário gol. Festa e mais alento ! Três
pontos e segue a caça aos bambis. No próximo
domingo tem jogo apimentado no Barradão e vamos precisar
de toda entrega, de toda alma ! Coração no couro
das chuteiras ! A vitória sobre o Vitória é,
mais do que uma frase pronta, de vital importância para
nossa pretensão de título. A disputa
está aberta e, nós (eu, o leitor, e a maior
e melhor torcida do Sul), evidentemente, seguimos acreditando.
A
mobilização para estas três trepidantes
rodadas vai ser absoluta. Portanto, lugar de gremista que
reside em Minas, na Bahia e na vizinhança nordestina
é, sem dúvida, a cidade de Salvador ! Por certo,
o Consulado da capital baiana deve estar se agilizando para
levarmos um grande apoio ao tricolor no campo adversário.
Do Sul e do Sudeste devem partir excursões para que
tenhamos uma grande presença gremista nesta nova decisão.
Garantia de que, neste eterno "com o Grêmio onde
o Grêmio estiver", se escutará (em alto
e bom som), lá no Barradão, a canção
que diz: "eu te sigo a toda parte, cada vez te quero
mais!" Vamos Grêmio, pois o teu povo te
acompanha !!!
O
futebol tem suas ironias. O Vasco da Gama foi durante décadas
dirigido pelo truculento Eurico Miranda. Figura polêmica.
Ao mesmo tempo em que era uma unanimidade repulsiva para o
conjunto dos torcedores brasileiros, vivia aclamado e idolatrado
pelos vascaínos. Não por todos, sejamos honestos.
O fato é que entre lambanças e falcatruas defendia
ardorosamente (concomitante com suas ambições),
os interesses da cruz de malta. Obteve conquistas e também
promoveu fiascos. Entretanto, nunca o Vasco esteve tão
próximo do abismo. E justo agora, sob o comando de
um grande sujeito. Roberto Dinamite foi um extraordinário
goleador e está na categoria dos cidadãos de
bem. Mas, convenhamos. Nada justifica sair de São Januário
e jogar no Maracanã contra as bibas paulistanas. Só
agora, na reta final da competição, foi constatado
que "falta segurança" no estádio vascaíno
? Por favor. Resumindo: tomara que o Portaluppi tenha competência
neste complicado momento e safe o Vasco da bronca da segundona
(o que resultará, literalmente por tabela, numa força
ao Grêmio). E que o jogo seja na chamada "barreira
de São Cristovão" (abraço ao gremista
Feitosa, que conhece o território). Desejamos sorte
ao time que teve como um dos seus torcedores ilustres o folclórico
Jamelão (que no RS torcia pelo Grêmio, sempre
fazendo questão de posar orgulhosamente com a nossa
camisa) parceiro do genial e sempre lembrado Lupicínio
Rodrigues.
|
O
que dizer dos incidentes após esta última partida
? Por incrível que pareça foram gremistas enfrentando
gremistas em uma batalha campal nas proximidades do Olímpico.
O saldo de dois baleados saiu barato (caro para os feridos - um
deles correndo risco de vida - seus familiares) pela dimensão
do tumulto. O que falta acontecer ? Primeiro, o alvo está
nos adversários. Depois, nos integrantes de outras facções
da torcida gremista. O que virá ? Vão trocar tiros
também para resolver as desavenças no interior dos
respectivos grupos ? Quem sabe possam se contentar quando uma bala
perdida tirar a vida de algum anônimo torcedor, alguma criança
(seja tricolor ou não) ? É preciso que os próprios
gremistas dêem um basta nisso e cessem as hostilidades. Até
porque os maiores prejudicados são o próprio clube
e a imensa Nação Tricolor. Portanto, tais
episódios só podem merecer nossa oposição.
Até pelo fato de dar munição justamente para
amargura midiática. A mesma imprensa venal que adora rotular
a melhor torcida do Brasil como um amontoado de meliantes. O tiro
ou os tiros que saem pela culatra (é preciso que no desequilíbrio
se ache um rasgo de lucidez), ressoam no ferrenho etiquetamento
que sofre o povo gremista. E isso não é justo. Enquanto
não acabar esta onda de insanidade, seremos obrigados a ouvir
os fariseus das redações generalizando e berrando:
"Punição para os bandidos !" Triste.
De
algo que nos chateia para algo que nos alegra. O site Ducker.com.br
está completando três anos de atividade. O parceiro
de luta e irmão de fé Ducker é o cara que criou
esta ferramenta tricolor. A ele, da parte deste modesto colaborador,
todo o reconhecimento, todos os méritos. Mas, o grande responsável
por esta extraordinária repercussão da página
e do seu conteúdo (sabemos bem) é o amigo gremista
que nos acessa neste momento. É graças à extraordinária
e inigualável Nação Tricolor que ultrapassamos
a fantástica marca dos três milhões e oitocentos
mil acessos ! Um feito que merece ser destacado e celebrado. Resultado
de uma proposta simples e honesta (somos um canal direto - sem intermediários
- da arquibancada para este universo virtual e também material
que compõem a grandiosidade do Grêmio), construímos
uma referência. Nosso compromisso é com esta
instituição, mais do que centenária. Com sua
gloriosa camisa e sua multidão de aficionados em azul, preto
e branco. Este site não confunde subjetividade com objetividade.
Neste sentido, não tem vínculos ou subordinação
a dirigentes e/ou facções políticas do clube,
ou mesmo a grupos de torcedores. Tem total independência e,
talvez aí, resida uma das explicações da sua
notória consistência. Contudo, quem o constrói
tem posição. E a posição central
e estratégica é a defesa do Grêmio e do seu
abnegado torcedor. A estes em especial, fica registrado
o nosso muito obrigado.
Jorge
Bettiol
ducker.com.br
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LUTAR
PELOS 12 PONTOS (11/11/08)
Foi
uma vitória do jeito que necessitávamos. Destas de
orgulhar o torcedor e fazer a cantoria da Nação Gremista
(presente ao Parque Antarctica) ecoar por toda zona leste paulistana.
Teve superação, vontade e determinação.
O Grêmio que entrou em campo desfalcado, teve o reforço
da atitude dos que vestiram a camisa. E foi contagiante, pois todos
se empenharam com muita garra na busca do objetivo. Nada menos do
que os três pontos é o que precisávamos e o
plantel assimilou com primazia este objetivo. E não se tratava
de qualquer confronto. Do outro lado, um oponente direto e jogando
na sua casa. Uma partida comentada por torcedores e pela imprensa
do país com uma antecedência poucas vezes vista na
história recente dos brasileirões. Ninguém
duvidada do caráter decisivo do embate e foi nestes termos
que tal desafio se desenrolou. E no seu desfecho, venceu quem mereceu.
Nem o novo comentarista da Globo, Wanderley Luxemburgo, se opôs
a esta evidência. Só o placar (por nossa reiterada
falta de precisão nas conclusões e por um Marcos agora
criticado, mas que também teve sua eficiência) não
refletiu o volume de oportunidades que criamos. Rafael Carioca e
William Magrão combateram de forma exemplar e o sistema defensivo
improvisado - na figura de Jean o elogio aos demais - foi de uma
solidez a toda prova. Souza falou menos e resolveu jogar mais, tendo
um desempenho contagiante na função exercida. Mas,
citaremos como figura desta emblemática partida para nossas
pretensões, a figura do capitão. Tcheco que sempre
teve nosso respaldo (assim como o grupo todo) foi contundentemente
cobrado por esta coluna nas duas últimas semanas. Posição
que estendemos ao conjunto dos profissionais que representam à
equipe (a nosso juízo, uma cobrança absolutamente
necessária pelo descompromisso que se espraiava). Mas, voltemos
ao camisa dez. Dissemos a ele que estava fazendo falta a vibração,
a entrega efetiva de quem tem a responsabilidade de usar a braçadeira
do clube mais copeiro do Sul do Brasil. Queríamos uma outra
postura e que a mesma pudesse empolgar os demais atletas. Antes
desta redentora partida de domingo, Tcheco teve a humildade de reconhecer
que estava, junto com o plantel, em dívida com a torcida.
Falou abertamente sobre sua momentânea "falta de confiança"
(episódio das cobranças de falta, por nós abordado)
e de que daria a volta por cima com trabalho e dedicação.
E assim procedeu. Teve palavra e brios. Teve combatividade em campo.
O seu gol insólito não é obra do acaso. Acreditem.
Aquela bola desconcertante e que acabou certeira nas redes é
resultado de uma reviravolta pessoal e que, por certo, colaborou
para digna e desejada remobilização do grupo gremista.
São estas lideranças, que se dispõem a superar
os próprios limites, as fundamentais para chegarmos ao caneco.
Restam quatro rodadas, amigo leitor. Mais do que nunca, o foco tem
que ser totalmente centrado nestes compromissos vindouros. A meta
é uma só: lutarmos por mais 12 pontos, independente
do que fizerem os bambis. Portanto, é vencer e vencer. Vai
ser naquela proposta clássica, mas eficiente: jogo após
jogo, passo a passo. E ao Tcheco, mais um recado: logo adiante,
vai ser tua a tarefa de erguer este troféu. Afinal, sabes
bem: a torcida do Grêmio nunca deixa de acreditar.
O
campeonato está em aberto. Até mesmo o ranzinza e
competente Muricy Ramalho faz esta constatação. Mais
do que uma proximidade matemática e de probabilidades otimistas,
sabemos que o Grêmio tem todo potencial para ultrapassar as
gazelas são-paulinas. No domingo, o confronto será
contra os amigos do Couto Pereira. Partida encardida, amigo. Vamos
necessitar de muito futebol e imposição. E nas arquibancadas
? Precisa falar ? Lugar de gremista, lógico, será
o Monumental. E tu vivente, que é do interior do Rio Grande
ou de outros Estados, deve se agilizar desde agora. Entra em contato
com o Consulado Gremista da tua cidade, organiza com os amigos a
tua excursão. Venha cedo, tranqüilo na estrada e disposto
a cantar o jogo inteiro. Vamos fazer o Olímpico trepidar
com o nosso sentimento e a nossa crença que o Grêmio
vai sair Campeão !
Perguntinha:
esta tradicional amargura é também transmitida em
sinal digital ? Pulando de canal em canal, estacionei alguns minutos
no programa "Bate-Bola" da Tvcom. Numa roda de torcedores
do co-irmão estavam Maurício Saraiva (excepcional
comentarista de carnaval da RBS TV) e Adroaldo Guerra (freqüentador
de cocheiras e editor de esportes do jornal mais "ético"
na cobertura da dupla), entre outros. Confesso não recordar
da presença do ex-jogador e, atualmente, comediante Batista.
Enfim. Na análise do resultado gremista, o especialista em
turfe Guerrinha decretou que "o São Paulo é o
campeão" e que, portanto, estamos fora da disputa (lembramos
que até mesmo o zangado Muricy pensa o contrário).
Vejam bem: com dois pontos de diferença e doze a serem disputados.
Visivelmente contrariado pelo desfecho da partida contra o Palmeiras
(deve ter pensado: "amanhã não vamos poder zoar
o Grêmio na capa do DG ... a derrota deles era certa"),
praticamente propôs entregar a taça aos paulistas.
E este mesmo cidadão gosta de proclamar que é "primeiro
um jornalista", antes mesmo da sua escancarada condição
de torcedor. Lá pelas tantas outra, muito divertida. O Sr.
Saraiva proclama que a suspensão de Diego Souza (na nossa
avaliação modestíssima) foi à prova
cabal de que "não existe nenhum complô, nenhuma
má vontade do STJD contra os times do Sul". Esqueceu
de citar há quanto tempo foi aquela agressão contra
o jogador do Cruzeiro, quantas partidas ele disputou desde então
e quantos gols marcou neste período. A verdade é que
demorou demais. E tal lentidão já feriu o equilíbrio
que deveria haver nesta competição. Só não
houve maior lerdeza pela forte exigência de providências
oriundas dos clubes prejudicados e, principalmente, pela indignação
dos seus respectivos torcedores (notadamente os gremistas).
Nada
com uma boa conversa. Dura, mas franca. Os cerca de 20 torcedores
e sócios do clube que foram ao treino manifestar sua inconformidade
e exigir empenho falaram por outros milhares de gremistas. Expressaram
o sentimento da massa torcedora e, importante, não deixaram
de facultar apoio. O amigo tricolor que está lendo
pode até não concordar com o ocorrido. A tua posição,
mesmo discordando, vou respeitar. O que não é passível
de consideração foi à tentativa de alarido
e a condenação rasteira pelos amargos midiáticos
de sempre. Antes mesmo de saberem os detalhes da manifestação,
se apressaram (nos seus veículos) em bradar raivosamente.
Só poderia ser coisa dos "vândalos", dos
"marginais" da torcida do Grêmio. Ficaram ainda
mais revoltados quando, graças ao bom senso de um Rodrigo
Caetano e a postura democrática de um André Krieger,
houve acesso aos jogadores. O que aconteceu ? Um diálogo
foi estabelecido. E para desespero dos secadores de plantão,
foi uma charla somente entre gremistas. Os setoristas ficaram de
fora, de espectadores. Aí correram para um contrariado Roth
que, se defendesse mesmo uma "hierarquia" nas relações
internas, deveria ter (ao menos neste primeiro momento) se calado
e acatado a posição do departamento de futebol. O
fato é que mesmo após o pronunciamento do representante
do clube considerando "normal e legítimo" o protesto,
a isenta imprensa esportiva do RS seguiu destilando seu ódio.
Sem surpresas. Até por que, parafraseando os nossos detratores,
"são sempre os mesmos". "Torcedor tem que
somente torcer", dizem eles. Isso. O trabalhador somente produzir,
o consumidor somente consumir e o leitor, ouvinte e telespectador
, somente aplaudir os meios de comunicação. A má
fé tem na alienação uma parceria das mais poderosas.
Alguém duvida ?
Jorge
Bettiol
ducker.com.br
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COBRANÇAS
(03/11/08)
Continuamos
vivos. Em que pese o resultado, a perda da liderança e a
profunda tristeza (acompanhada de irritação) que assola
aos gremistas. A expectativa era , seguindo a rotina doméstica
impositiva, de conquistarmos os três pontos. Durante a semana,
foram inúmeras as manifestações de solidariedade
aos dirigentes, comissão técnica e plantel. A
fé inabalável e a generosidade da Nação
Gremista, após o desastre no Mineirão, levaram mais
de 35.000 torcedores ao Monumental. Todos esperançosos
na recuperação e numa afirmação do objetivo
primordial de sermos campeões. Mesmo com todo ambiente favorável
e a massa gremista jogando junto (na sua maioria), literalmente
entrando em campo, a equipe de Celso Roth nos presenteou com um
futebol pobre e um resultado comprometedor. O empate nos custou
muito caro. O nervoso time catarinense veio disposto a não
repetir o vexame de Floripa em terras gaúchas. Correram,
marcaram, mas, convenhamos, não tem qualidade. Não
por acaso estão atolados na zona do rebaixamento. Pois justo
contra este degolado Figueirense o Grêmio teve um desempenho
calamitoso. Sem capacidade de articular jogadas, gastou preciosa
parte do tempo regulamentar correndo pelos flancos e alçando
bolas na área do oponente. Tudo para consagrar os zagueiros
de boa estatura do Figueira. Foram raras as jogadas individuais
ou coletivas que, buscando furar o cerco catarina, chegaram a constituir
algum arremate. E quando se construíram estas escassas oportunidades,
os chutes foram fracos, ou tortos, sem direção. Aliás,
um breve comentário sobre a bola parada. Mais especificamente
sobre cobranças de falta. Quem é ou quem são
os batedores "oficiais"? Qual é a intensidade com
que se treinam os tiros livres? A julgar pelo aproveitamento ridículo
de domingo à noite, desperdiçando ótimas oportunidades,
deveriam praticar assiduamente, se dedicar para termos um rendimento
que evitasse esta maioria de chutões pela linha de fundo.
O Olímpico tem potentes refletores para, estendendo o expediente
da ineficácia, iluminar o exercício de tal prática.
O trabalho, além de dignificar o homem e muitas vezes enriquecer
o patrão, também pode melhorar a pontaria.
Cobranças
e cobranças. Chamou nossa atenção, especialmente
na etapa complementar, a postura do Tcheco quando alguma falta era
marcada próxima da área catarinense. Ao invés
de pegar a bola e chamar para si a responsabilidade, se dirigia
passivamente para um papel secundário na barreira adversária.
Estamos falando do capitão da nossa equipe. Se o
mesmo não apresenta uma vibração, uma determinação
nestes momentos decisivos, o que esperar dos demais ? Por falar
em assumir obrigações, não é plausível
que nosso treinador resuma um desempenho minguado neste segundo
turno com frases brilhantes, do tipo "poderia ser pior".
Só pode ser pior do que a referida declaração
a impressionante omissão do presidente do clube nestas últimas
semanas. Já lembramos ao Sr. Odone que seu mandato
não terminou e que deve o mesmo, a despeito de suas vaidades
não correspondidas, assumir integralmente o comando da instituição.
É inaceitável que, arremessados da condição
de potencial favorito ao título a um indesejado terceiro
lugar, se escute o político Odone afirmando que "a obrigação
de vencer em SP é do Palmeiras". É ao mesmo tempo
surrealista e revoltante. Talvez esta conduta despreocupada de quem
deveria ser a figura condutora da reação gremista
esteja contribuindo decisivamente para este marasmo de total ausência
de atitude no grupo gremista. Parece que ninguém quer assumir
nada. Ninguém ousa nada, ninguém pretende alcançar
nada. Afinal, como diz o Deputado presidente, o compromisso de vitória,
de obter três pontos, é dos adversários diretos
ao título. Somos, nesta visão desmobilizante, meros
coadjuvantes, espectadores privilegiados do esforço alheio.
Se formos campeões melhor, se não formos está
tudo bem. Libertadores ? Se conseguirmos, ótimo. Se a vaga
não vier, azar. Até pelo fato de que os "favoritos"
são os outros, não o Grêmio. E se sobrar somente
o Gauchão para o início de 2009 ? A julgar pelas declarações
do Sr. Odone também não devemos nos aborrecer, pois
o nosso destino será fazer companhia aos vizinhos abastados
que já afundaram na presente temporada. Quanto descaso,
quanta acomodação ! Se a indignação
pelo presente momento não se vislumbra nem no gabinete da
presidência, o que aguardar do interior do nosso vestiário,
dos jogadores ? Lembramos que no Parque Antarctica um clube Campeão
do Mundo e Bi Campeão da América vai enfrentar um
clube que possui uma Libertadores ganha, justamente, por um gremista.
Esta é a relação e a dimensão que deve
ser dada ao desafio Sr. presidente ! Não encolha o Grêmio
! O fato, amigo leitor, é que algo precisa ser feito, urgentemente
! Basta deste acovardamento, desta displicência, deste desrespeito
com uma torcida que apóia em todas e acredita sempre ! São
cinco rodadas para, além de recuperar a dianteira no certame,
resgatar a dignidade do Grêmio. Quem representa o nosso clube
e veste a nossa camisa tem obrigação de acreditar,
obrigação de ganhar. É preciso ter alma e coração:
dentro e fora de campo! Vamos cobrar
Um
outro pedido. Desta feita dirigido à República do
Amendoim. Façam um favor ao tricolor: não apareçam
no estádio nas próximas duas partidas em Porto Alegre.
Fiquem resmungando em casa. No lar doce lar podem apupar a vontade
desde o anúncio da escalação, se quiserem.
Não há dúvida que é preciso providências
e que devem ocorrer cobranças. Mas, não é no
campo o lugar apropriado. Portanto, não fique vaiando. Espera
o jogo terminar, desliga o rádio, tira a bunda da almofadinha
e vá para o pátio aguardar os representantes do clube
e os jogadores. Pressione e busque toda satisfação.
É também direito do torcedor exigir mudanças
e atitude. Se não quiser ir para o corpo a corpo, tens a
semana toda para pressionar da forma que achar mais conveniente.
Só faça o favor de analisar qual é o melhor
momento para tal manifestação. O Grêmio agradece.
Não
entendo os gremistas que estão aborrecidos com o fiasco do
rival. Alguém esperava algo distinto ? Só lamento
não ter sido por cinco ou seis gols de diferença.
É também desmobilizante este raciocínio
que transfere para terceiros (imaginem no caso do co-irmão)
as tarefas que devem ser desempenhadas pelo próprio Grêmio.
Na disputa das duas milionárias folhas de pagamento do futebol
brasileiro, deu a lógica. E, agora, delírio total
na mídia paulista: os bambis estão na dianteira.
Jorge Bettiol
ducker.com.br
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ATITUDE,
URGENTE (30/10/08)
Certo.
O gol da raposa foi muito cedo. Também é fato que
a lesão muscular do Pereira obrigou a uma mudança
de esquema. Na partida até tocamos mais a bola, tivemos posse,
mesmo permanecendo uma confusão na meia-cancha. Marcamos
errado. E, além de chegamos atrasados nas divididas, não
entrávamos com energia. No comando de ataque as finalizações
das oportunidades criadas foram deploráveis. Tristemente
risíveis. Mas o pior, sem dúvida, foi à
passividade da maior parte da equipe durante a disputa.
Jogadores com as mãos na cintura e resignados com o domínio
cruzeirense. Claro que houve exceções. Citaria, dos
que começaram, especialmente o Mattioni que combateu de maneira
incessante e criou boas jogadas. Dos que ingressaram: Paulo Sérgio
e Makelele. É até redundante afirmar que disposição
e vontade são essenciais. Nestas
rodadas que faltam precisamos de atletas com personalidade ! Além
da técnica e da tática, dar algo mais, colocar o coração
na ponta das chuteiras. Não se admite outra postura. Quem
veste a camisa do Grêmio ou assimila este "jogar a morrer",
ou deve pedir dispensa da delegação para ficar em
casa assistindo pela televisão (ao menos até a rescisão
do contrato).
Ontem
o Roth deu uma entrevista onde rigorosamente não respondeu
a contento (minimamente que fosse) às razões para
mais um insucesso longe de casa. Alegou ter sido "o gol muito
cedo" e que tal episódio "quebrou a confiança"
do grupo. Por favor ! São 90 minutos (sem contar os acréscimos)
para se jogar futebol e reverter situações complicadas.
A equipe tem que estar pensada, treinada e preparada para
todas as circunstâncias possíveis. Benéficas
ou não. A largada desfavorável não
é desculpa plausível para impotência absoluta
de um jogo inteiro. E se a "confiança" se desmancha
assim, tão estrondosamente ao primeiro impacto negativo,
que se busque solidificar a auto-estima deste grupo e que se cobre
o dever do mesmo erguer a cabeça e ter combatividade. Somos
o Grêmio, Tcheco. Não se fica fazendo matemática
escolhendo com quais adversários vamos pontuar. Principalmente
excluindo de antemão pontuação sobre Cruzeiro
e Palmeiras. Queremos escutar do nosso capitão que
temos obrigação de vencer todos os jogos, independente
da cancha, e que o plantel vai lutar até às últimas
conseqüências para tal objetivo. A começar pelo
Figueirense, no domingo. Esqueçam o resultado de Floripa.
Joguem como se fosse a última chance de obtermos o título.
Honrem a nossa camisa e a nossa torcida. É o mínimo
que esperamos e o que rigorosamente exigimos. Da nossa parte, estaremos
no Monumental para darmos todo o apoio necessário. Façamos
mais uma grande mobilização do povo tricolor. Seguimos
acreditando.
A
última piada de mau gosto deste campeonato esta sendo protagonizada,
novamente, em terras cariocas. Sob o pretexto da impossibilidade
da PM dar segurança aos torcedores no clássico previsto
para o Engenhão (cujo mandante é o Botafogo), estão
transferindo tal partida para o Maracanã. Fosse a disputa
travada no interior do chamado Complexo do Alemão, até
entenderíamos a alegada impotência policial. Na hipótese
de ser respeitado o mando de campo, os rubro-negros terão
20% dos assentos. Já no Mário Filho, a divisão
poderá ser bem mais generosa. Vantagem para o mais querido
do apito, que, não faz muito, propagandeava estar com a festa
do título pronta. Falaram tanto que o Galo os visitou e acabou
por depenar o Urubu pedante. A verdade (e os fatos comprovam) é
que nesta reta final todo tipo de manobra espúria pode surgir.
Das mais veladas as mais escancaradas. E os protagonistas destas
malandragens (não raro sujas) são sempre os mesmos
segmentos e indivíduos. Embora vez por outra tenhamos novidades.
Resumo: obter o título de campeão brasileiro, cada
vez mais, se constitui em façanha para os clubes que não
compõem o eixo político RJ-SP. Eis aí um bom
parâmetro para mensurarmos a dimensão do desafio nestas
seis definitivas rodadas. Igual, está conversa é para
nós, torcedores, e para que os dirigentes gremistas permaneçam
atentos. Aos jogadores e a comissão técnica,
o foco único e exclusivo deve ser a tabela de jogos que ainda
teremos. Os adversários que enfrentaremos. Nada mais. E atenção:
só dependemos de nós ! Gravem e assimilem tal realidade
(alô vestiário) ! Não precisamos do favor da
vizinhança ou de quem seja. O Grêmio
precisa, urgentemente, ajudar o próprio Grêmio.
Ponto final.
Neste
sábado a Geral do Grêmio estará comemorando
sete anos de existência. A festa (com várias atrações)
será em Cachoeirinha. Esta torcida é um patrimônio
de toda Nação Gremista. Sua trajetória , como
diz o material publicitário do evento, revolucionou o modo
de torcer no país. Tanto é verídico
que inspirou o surgimento de vários movimentos similares
pelo Brasil afora. E, com toda sinceridade, não passam de
constrangidas caricaturas. Ao contrário de suas deformadas
tentativas de cópia, a Geral nasceu combatida pela imprensa,
por setores do clube e, principalmente, pelos dirigentes da época.
Rompendo na sua origem com a lógica das torcidas organizadas,
teve que lutar tremendamente para conquistar o seu espaço.
O tempo passou, a Geral se agigantou e, de incômoda, passou
a ser objeto de cobiça para boa parte destes mesmos dirigentes
que a combatiam. Abrindo um breve parêntese: na minha opinião
e de longa data atitude, todo e qualquer torcedor (seja individualmente
ou coletivamente) deve preservar a sua independência e ter
compromisso somente com a instituição. Fechando o
parêntese. Bueno, com o crescimento fantástico da torcida
naturalmente surgiram problemas. Vieram às contradições,
foram alardeadas imposturas. A tais constatações devem
as lideranças e integrantes da Geral se debruçar e
fazer o devido debate. Com toda honestidade. De preferência
nos seus fóruns e não através de jornalistas
desmoralizados e veículos esportivos que se regozijam ao
constatar os gremistas se dividindo nas arquibancadas. Fazer
o balanço destes anos todos e a devida correção
de rumos no que for necessário será a garantia de
uma torcida fortalecida e unida em favor do amado tricolor. Sucesso
a Geral do Grêmio. Saudamos a sua história e às
suas reconhecidas virtudes.
E
viva o GRÊMIO !!!
Jorge Bettiol
ducker.com.br
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O
GOIANO E OS MINEIROS (26/10/08)
O
leão pernambucano ficou no rugido e não mordeu. Igual,
o tricolor teve que suar muito para conseguir o resultado. Transpiração
e força são essenciais e compõem tradicionalmente
a radiografia das equipes gremistas. Só que toda esta energia
dispensada pelos poros pode ser melhor aproveitada e direcionada.
Basta ter organização e aliar tal providência
a vontade de lutar. O 4-4-2 de Roth foi uma tentativa frustrada
de apresentarmos o time dentro das peças disponíveis
e da idéia de uma inovação. Tal esquema desmanchou-se
antes mesmo do final da partida contra o Sport. Por circunstâncias
do embate e pela reconhecida inadequação original
desta proposta (reconhecida posteriormente pelo nosso treinador
em uma saudável autocrítica). Tchê, corremos
demais. Porém, sem conseguir trabalhar a bola, ter a posse
e pensar o jogo. Ligação direta ou chuveirada não
resolverão todas nossas debilidades. Tcheco tem procurado
fazer as armações totalmente isolado, em carreira
solo. Acaba sobrecarregado na tarefa de criar. Verdade que na contenção
e na defesa seguimos solidamente (mesmo com alguns abalos eventuais)
e que lá na dianteira, Reinaldo parece estar com mais estrela.
A grande charada, sem dúvida, é a composição
do nosso meio-campo. Alguma observação sobre o Douglas
Costa ? Lógico. O guri é show de bola, mas andou um
pouco perdido na função delegada na última
quinta-feira. Além disso, talvez pelo alarido da presença
de um "representante" do Real Madrid no Olímpico,
enfeitou alguns dribles. De qualquer forma, vai ter que permanecer
no time. Tem sido muito importante e colaborado para nossos sucessos.
Especula-se que Paulo Sérgio retornará aos titulares
e que Souza deve também começar contra os mineiros.
A certeza é que serão onze em campo representando
os milhões que compõem a Grande Nação
Tricolor. No desafio contra o plantel comandado pelo saudoso
"Capitão América" não pode faltar
indignação. É mais uma decisão e uma
oportunidade ímpar de consolidarmos uma dianteira com mais
lastro (em pontos, em segurança) em relação
aos perseguidores. Os fracassos de Cruzeiro e Palmeiras no sábado
devem incentivar tal meta. No Mineirão não podemos
ficar acuados ou entrar simplesmente para empatar. Já será
um derrotismo antecipado fomentar tal mentalidade. Temos condições
e existe a necessidade de vencer, de pontuar. Portanto, que retornemos
de Belo Horizonte com o triunfo. Nestas sete rodadas que restam,
seguimos acreditando.
O
cara só podia mesmo se emocionar. Já no aquecimento
os 30.000 gremistas o saudaram efusivamente. Foram praticamente
três anos envergando a gloriosa. Uma liderança dentro
e fora do gramado. Sujeito com serviços prestados e um baita
caráter. Não merecia a dispensa (de uma forma covarde)
que recebeu dos dirigentes do clube. Na partida defendeu, como excelente
profissional, as cores do oponente. Na saída, foi novamente
aplaudido. Mas o momento mais comovente foi no intervalo, quando
se dirigia ao vestiário dos visitantes (o qual sequer conhecia).
A massa toda entoando a música que leva o seu nome. Começou
lá na Geral com toda energia e esparramou-se pelo Monumental,
atingindo em cheio o coração do Sandro Goiano. Atual
Campeão da Copa do Brasil que não esconde torcer pelo
Grêmio. Merece mesmo todo este carinho, toda esta consideração
do torcedor gremista. Nos encontraremos na Libertadores. Com certeza.
Não
vi a partida e a nós, sinceramente, não interessa.
O fato é que virou uma espécie de torneio consolação
para os rivais devido à impossibilidade de alcançarem
o alardeado objetivo da temporada. O que chamou atenção,
contudo, foi a hilariante euforia da amargura midiática (ao
mesmo tempo que procuram abafar nosso bom momento) após a
vitória do co-irmão sobre a creche xeneize no aterro.
O Boca sequer trouxe torcida. Os poucos argentinos que estiveram
no Menino Deus eram familiares deste time de suplentes. Pais ou
responsáveis. Afinal, a delegação era composta
na maioria por menores de idade que vieram a um país estrangeiro
(seguindo o roteiro: tentar jogar futebol e depois passear pelos
shoppings locais). O jornal Olé os chama de "Boca B",
ou simplesmente "los pibes". A equipe principal está
toda voltada para assegurar, através da disputa local, sua
vaga na Libertadores de 2009. Desejamos toda sorte. Assim, teremos
a nossa pretendida revanche. E será contra os titulares,
evidente.
Jorge Bettiol
ducker.com.br
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UMA
VITÓRIA DEMOCRÁTICA (21/10/08)
Foi
uma verdadeira bacalhoada. Desta feita, indigesta. Mais além
do que receitas gastronômicas faltou ao Grêmio se apresentar
no esburacado gramado do Canindé. O terreno da disputa, de
antemão frisamos, não serve para desculpas. Até
parece que não somos uma equipe acostumada a combater todos
os anos naqueles campos enlameados que é o palco preferencial
do valoroso campeonato gaúcho. No cimento do estádio
paulista, os gremistas foram uma numérica e sonora maioria.
Antes de o apito trilar, já sabíamos que Palmeiras
e São Paulo haviam estacionado com um generoso empate. Só
que para defender uma liderança, é preciso, antes
de tudo, entrar no jogo e fazer o enfrentamento. A postura
burocrática e comedida do tricolor na primeira etapa deu
lugar há um segundo tempo medíocre. Sem chance de
análise individual tamanha a fragilidade coletiva. Não
conseguimos, sequer, justificar a presença do arqueiro luso-brasileiro
na partida. Uma pobreza ofensiva + dois vacilos fatais = a uma ótima
oportunidade de se firmar na dianteira ... desperdiçada.
Perigosamente perdida para um adversário que pisou nos referidos
buracos da grama exatamente com a metade dos pontos que possuímos.
E estamos na reta final prezado leitor. Restam apenas oito jogos
para liquidarmos a fatura. Não é possível
tanta displicência, tanta lerdeza e falta de combatividade.
Tivemos todo tempo para preparação, o clube oferece
toda estrutura e tem bons profissionais a dar suporte à comissão
técnica e ao plantel. Mordomias, salários graúdos
(não tão elevados como os milionários monarcas
da Padre Cacique, mas bastante substanciais), sustentação
incondicional da fiel e fanática Nação Gremista.
O que mais é necessário para que ingressem
com vontade, jogando cada desafio de 90 minutos como se fosse à
derradeira decisão? Será possível que necessitam
de alguma motivação extra? Cadê o profissionalismo,
cadê a entrega e o respeito com esta extraordinária
torcida que apóia nos bons e maus momentos? Nosso
treinador tem recebido, após um período de turbulência
(embora a República do Amendoim esteja sempre de plantão
para resmungar nos treinos e jogos) ampla consideração
dos gremistas. Por este motivo, necessita ser mais auto-crítico
e reconhecer seus erros e, notadamente, sua falta de ousadia. É
a garantia de que podemos remediá-los logo adiante. Não
se explica a derrota de domingo com afirmações do
tipo: "A Portuguesa jogou a vida". E nós ? Será
que nossos jogadores não entraram também com este
espírito, com esta consciência ? É o
mínimo que se exige de uma equipe com pretensão de
título: dedicação, firmeza, raça ! Se
organizar taticamente, partir pra cima e buscar os resultados !
A epiderme de cada um deve se confundir com o tecido da gloriosa
camisa tricolor. Chega de hesitação, basta de oscilação
! Na quinta-feira, estaremos todos no Monumental para aquele
alento único e empurrando o Grêmio para se manter a
frente ! Que seja mais uma grande demonstração de
confiança na mística deste clube, acostumado a dificuldades
e que forja suas conquistas sempre com exemplar bravura. Que seja
bem-vindo Sandro Goiano e que o Sport seja derrotado. Seguimos
acreditando.
Foi
uma celebração do avanço da democracia tricolor.
Como havíamos manifestado neste espaço, o
grande vitorioso seria a instituição Grêmio,
seu quadro social, o conjunto da torcida. E assim ocorreu.
O voto não era obrigatório, o tempo também
não ajudou. O deslocamento de outras cidades por vezes é
difícil. Mesmo assim as filas se formaram (quase 5.400 votantes),
houve entusiasmo e expectativa. Duda Kroeff foi legitimado
nas duas oportunidades: no interior do Conselho Deliberativo e por
folgada margem no sufrágio do povo tricolor. Espera-se
uma gestão competente em todas as esferas e que honre o crédito
facultado pelos movimentos, anônimos (e bravos) torcedores
que são a maioria nas arquibancadas e também figuras
de expressão na história gremista. Até
lá, é dever do Sr. Paulo Odone cessar com a choradeira
e a atitude de vitimado e postar-se novamente como presidente do
clube. Que os problemas de ego e ressentimentos fiquem longe dos
gabinetes e, principalmente, do vestiário gremista.
Tais repercussões são normais, evidente. Houve tensão,
atrito. Contudo, tais circunstâncias devem cessar seus efeitos
imediatamente. Afinal, o pleito está encerrado. Como político
de larga experiência, deveria estar preparado para os eventuais
dissabores do processo democrático. Mesmo com dois
movimentos orgânicos e consulados, todo seu poderoso marketing
pessoal (notadamente via site oficial do clube) e o apoio ostensivo
de lideranças da Geral, não fez seu sucessor. Entretanto,
não pode esquecer que seu mandato não encerrou e que
o brasileirão só terminará em dezembro. E,
se depender de todos os gremistas, com o Grêmio no pódio
e na Libertadores de 2009.
A
insurreição tricolor contra agressão propiciada
pelo STJD surtiu efeito. Até mesmo no plenário da
Câmara dos Deputados em Brasília houve pronunciamento
(agradecemos ao parlamentar que enviou cópia a esta coluna
da citada manifestação). A calhordice foi tão
grandiosa que constrangeu inclusive a mídia do centro do
país e os secadores mal-enrustidos da aldeia. O efeito suspensivo
corrige momentaneamente a aberração. Todavia,
necessitamos seguir vigilantes. Mais adiante, os atletas gremistas
serão julgados e tudo pode acontecer. A incrível absolvição
de Kleber do Palmeiras (que pela 5ª vez este ano visitou o
referido Tribunal) e a morosidade com que tratam o caso Diego Souza
estabelecem permanente sinal de alerta. Se baixarmos a guarda, com
certeza tentarão nos prejudicar.
Olho
neles e fé no Grêmio.
Jorge Bettiol
ducker.com.br
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TRIBUNAL
DO CHARCO (16/10/08)
A
epopéia dos Farrapos teve como elemento decisivo para eclosão
da revolta o tratamento discriminatório do parasitário
Império brasileiro. Do chamado decênio histórico
até os dias de hoje, este descaso com o Sul do país
não mudou substancialmente. No que tange ao universo do futebol,
a fronteira deste tratamento odioso e diferenciado é bem
demarcada. No passado nos penalizavam com taxas pesadas sobre produtos
rio-grandenses, visando ceifar nosso desenvolvimento econômico.
O alvo era o charque, o couro, a graxa, o sebo e o crescimento da
Província. No século 21, no campeonato que se apresenta
hilariamente como "nacional", o ponto de mira é
sobre o Grêmio . Que, aliás, é uma instituição
gloriosa e multicampeã, "produto" direto da paixão
de milhões de gaúchos. No presente, na disputa
da bola, não bastasse esta imprensa venal, ainda nos punem
com uma cartolagem omissa e/ou comprometida, árbitros condicionados
e um tribunal corrompido e dito "desportivo".
O cerco da época do charque deu lugar ao cerco moderno: o
cerco do charco. E nossa entidade centenária e tricolor está
sendo vitimada por uma canalhice vil, escancarada, completamente
despudorada.
Os
enquadramentos e respectivas punições aos atletas
gremistas deliberados pelo STJD constituem ato deliberado de provocação
e uma explícita interferência na competição.
A ação inquisitorial dos auditores desta parcial e
imoral instância é um ato de intervenção
e compromete a credibilidade do certame. Vamos repetir: intervenção.
Não há equilíbrio, não há decência
neste injustoTribunal. É pública a discrepância
e exemplar se compararmos a licenciosidade com que foi tratado Diego
Souza (Palmeiras) e o rigor com o qual nos golpeiam neste momento.
Os oito jogos impostos ao Chengue Morales são dignos de ensejar
um protesto formal da própria Embaixada do Uruguay. É
uma agressão nos moldes de um incidente diplomático.
Vergonhosa a postura dos referidos auditores ! Um amontoado de covardes
que, aproveitando-se da distância geográfica (praticamente
não correm o risco de encontrar torcedores fora do eixo RJ-SP
ao circularem pela rua), nos sacaneiam desta maneira podre. Além
do jurídico tricolor, esperamos que a omissa Federação
Gaúcha de Futebol (com seu presidente exímio vendedor
de CD´s e de direitos televisivos) se manifeste com energia.
Importante também um pronunciamento do Clube dos Treze. E
se tu, assim como este colunista, está indignado, remete
o teu protesto para o e-mail stjd@uol.com.br ou fale@justicadesportiva.com.br.
Aproveite e mate a curiosidade. Indague a estes Srs. se às
respectivas genitoras trabalham somente na Cinelândia ou atendem
também a domicílio ! Importante: escreva em bom português,
linguagem que graças ao povo do Rio Grande do Sul foi ensinada
nos bancos escolares aos integrantes da injustiça desportiva,
aos escrotos da Bandeirantes (Milton Neves, Paulo Morsa), aos hipócritas
da Globo e vários outros inomináveis. Do contrário,
toda esta corja mal-agradecida teria sido alfabetizada no idioma
de Cervantes.
Sábado
teremos eleições presidenciais no Grêmio. Mais
uma vez com o voto direto do associado. Eis aí o
grande vitorioso do pleito: o avanço democrático do
nosso amado clube. Aos que se sentirem convencidos de comparecer
as urnas toda tranqüilidade e reflexão antes
de votar. Analise os candidatos prezado leitor, o que estão
propondo, quem são os apoiadores. O que já foi feito
pelos que demandam o teu respaldo, o que deixaram de fazer. Coloque
tudo nesta balança de prós e contras e tome sua decisão.
Escolha conscientemente a não admita qualquer forma
de cabresto. Ninguém é dono do Grêmio ( nenhuma
individualidade, personalidade, nenhum grupo) e muito menos proprietário
deste sentimento que emana das arquibancadas. Portanto, valoriza
e usufrui do teu livre arbítrio. O presente e o futuro do
Grêmio dependem dele.
De
volta ao gramado. Domingo, contra tudo e todos, estaremos defendendo
a retomada da liderança. É decisivo para consolidarmos
a nova dianteira um bom resultado. Vencer é a palavra
de ordem. Derrotar a Portuguesa e todos os que, desde os
bastidores, pretendem nos afastar deste título.
Vamos
Grêmio, seguimos acreditando !
Jorge
Bettiol
Ducker.com.br
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CARNE
BRANCA (11/10/08)
As
bolsas despencaram. A crise no sistema financeiro em escala planetária
arremessou ao solo o mercado acionário e abalou instituições.
Desespero no G-7 da economia, afirmação no G-4 do
futebol brasileiro. Na contramão da tendência
generalizada de queda, o glorioso Grêmio subiu. Disparou novamente
numa curva ascendente e retomou o topo da tabela. Este time do Celso
Roth tem liquidez meu amigo ! Não somos uma empresa
(ainda bem, pois se fossemos talvez não tivéssemos
nos mantido com tanta pujança - mesmo após maus negócios,
escândalos que envolveram ex-dirigentes e gestões desastradas
no gramado, tudo isso em passado não tão distante),
mas vale a analogia. Nosso principal ativo é o torcedor.
Este que, das arquibancadas, é o grande avalista, o grande
investidor desse Grêmio querido que segue firme e forte na
busca de mais um título e na retomada do sonho da América
em 2009. E se algo foi à bancarrota nesta última
rodada, foi aquela amargura mal enrustida da mídia local
(que se proclama "isenta" e nos faz gargalhar) e aquela
outra (totalmente explícita) no centro do país. Com
a combinação de peixe frito, assado, cru (ao gosto
do freguês) e leitão a "la Scarpelli", muito
secador acabou com dor de barriga e amanheceu com azia com a retomada
da dianteira por parte do Mosqueteiro. Sal de fruta para todos eles
e cerveja bem gelada para nosotros! Ah, e um brinde
ao programa do Milton Neves e aquele outro escroto do Morsa e seu
bigode de escovar penicos (ambos santistas) ! Afinal, além
da derrota do fiasquento time deles nos trazer de volta a condição
de líder isolado no certame, foram também premiados
! Trata-se de uma votação que escolhe os programas
que tem mais "baixaria" na televisão brasileira
! Adivinhem quem ganhou ? Justamente o lixo denominado "terceiro
tempo" da Bandeirantes (desculpa Mauro Beting, mas estás
no lugar errado). Condecoração merecida ! Sinceramente,
quem anuncia naquilo lá deve tomar cuidado. Corre o risco
de associar o seu nome, a sua marca, a uma chinelagem televisiva.
É, sem dúvida, um marketing negativo, um bom dinheiro
posto fora. Pelo fato de começarmos a coluna desta semana
abordando assuntos de finanças, fica o alerta desta "consultoria
tricolor".
Sobre
o jogo ? Lógico que faremos à devida consideração.
A começar pela maravilhosa Nação Gremista
que, enfrentando aquele horário de adicional noturno, longas
distâncias (um abraço aos que viajaram desde o interior)
e ingresso caro foi ao Monumental. Outros milhares ficaram
impedidos de ir. Principalmente a massa da região metropolitana
e que depende, muitas vezes, de duas conduções. O
trem, aliás, deixa de circular antes da virada do novo dia.
Igual, foi muita gente. E que festa ! Comovente a manifestação,
do início ao fim ! Que apoio ! Quanto sentimento emana daquelas
arquibancadas trepidantes e que misturam o azul, o branco e o preto
! Acreditamos sempre, é outra marca registrada dos gremistas.
É por isso que entramos em campo em todas estas peleias !
Fomos nós que ajudamos a empurrar aquela primeira
bola na rede. O gol, sem dúvida, foi do gigante uruguaio
(eu e tu já sabíamos que aconteceria) ! Não
bastasse ter nos enchido de satisfação, ainda por
cima furou o olho gordo do rubro Wianey Carlet, ou, se preferirem,
o olho rubro do gordo W.C. (iniciais apropriadas). Grande
e aguerrido Chengue Morales ! Disputou lance a lance: marcou, correu
e detonou a primeira avalanche da noite vitoriosa. Mas,
sem falta modéstia, tivemos nossa participação.
Igualmente forçamos o goleiro adversário a dar o rebote
do segundo, derradeiro e consagrador gol. Soares, foste tu o autor.
Porém, sabes bem que entramos naquela jogada, lado a lado
contigo. E o que dizer daquela salvadora afastada do Thiego quase
sobre a linha ? Victor batido, o oponente alvinegro com sete metros
de goleira para escolher o local do crime. Alguém tem dúvida
que os 33.000 gremistas presentes também se posicionaram
junto ao gramado e, ao mesmo tempo, se esticaram para dar um safanão
na pelota ? Claro que estávamos neste e noutros lances !
Só não participamos da expulsão do nervosinho
Fabiano Eller. Distribuindo pontapés desde o começo
da partida, o descontrolado zagueiro partiu para agressão
nos minutos finais (só não visto no RS por um fã
de Eller, o ex-jogador, atualmente exercendo a função
de comediante nas transmissões da TVCOM, Batista –
conforme constatado em um videotape). Desde sua chegada em POA,
o obeso defensor santista se preocupou em afirmar que nunca havia
perdido um Grenada. Deveria se preocupar com o presente. Azar o
dele, sorte nossa. Restou ao Santos, junto ao futebol insuficiente,
uma constrangedora choradeira. O time da Vila Belmiro não
ganhou de ninguém fora de casa. A exceção foi
o nosso co-irmão que conseguiu a proeza de perder para este
time do Milton Neves no aterro da Padre Cacique. Tá certo,
vamos corrigir: efetivamente os santistas não ganharam de
ninguém longe dos seus domínios. Pra encerrar. Aprendam
paulistas: não somos o "Urbano Caldeira", somos
o caldeirão urbano, o caldeirão da Azenha, o Monumental.
Peixe ensopado (repito: ao gosto do freguês) e, logo adiante,
bacalhau. Contra a lusa teremos o desafio de manter a dieta e continuar
nos alimentando de carne branca. Outro desafio para jogar a vida.
O Canindé é o próximo obstáculo
a ser superado, quem sabe com desconcertantes dribles do Douglas
Costa e com o retorno de outros tantos imprescindíveis. A
certeza, independente da escalação, é de que
com trabalho e muita bravura seguiremos vencendo, seguiremos pontuando.
Coparemos ! Vamos Grêmio !!!
Jorge
Bettiol
ducker.com.br
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NOVA
ARRANCADA (07/10/08)
Nada
como uma semana após a outra, ou melhor, nada como uma boa
virada de mês. Arrancamos com três pontos nesta largada
de outubro e, finalmente, rompemos a barreira dos 50 pontos. Além
da vitória tivemos bom futebol. Mais raça do que técnica
o que, aliás, é o estilo do Grêmio. Nada contra
acrescentar qualidade, diga-se de passagem. Mas o imprescindível
é mesmo ter atitude. E foi na pegada que viramos o jogo contra
os cariocas. Nos primeiros minutos tivemos dificuldade
de fazer a pelota acomodar-se no gramado e rolar de chuteira em
chuteira em direção ao campo do oponente. Faz falta
um armador, lógico. Um articulador de jogadas como o Tcheco.
Só que no sábado, quem entrou, compensou às
várias ausências com valentia e dedicação.
E quem melhor resume este espírito de foco e superação
foi Douglas Costa com sua entrega. O garoto é mais do uma
promessa. Na primeira oportunidade, literalmente se apresentou para
o jogo e não frustrou a expectativa dos torcedores. Combateu
de forma incessante, se apresentou nas bolas paradas e ainda fez
um belo gol. Na frente, tivemos Morales com contribuições
decisivas para o triunfo. Participou direta e indiretamente dos
dois tentos e está desculpado pela oportunidade perdida (talvez
a mais escancarada da partida e desperdiçada pela ansiedade
e pelo balão), pois sua contribuição coletiva
foi fundamental. Não vai demorar, contudo, para "El
Chengue" correr para avalanche. E, com o certificado de autoria.
A síntese é que foi merecido o resultado (e não
deixemos de anotar mais uma penalidade que nos foi sonegada). E
mais: definitivamente, o bom time do Botafogo não é
superior a esta equipe gremista. Talvez o Sr. Nei Franco, agora,
esteja convencido desta realidade e passe a falar menos e trabalhar
mais. Na quarta-feira (naquele horário determinado
pelas redes de TV) novo compromisso e mais uma batalha neste passo
a passo rumo ao título. O adversário será
o sempre festejado Santos. Clube preferido de nulidades como Milton
Neves e do ridículo Paulo Morsa (expoentes da campanha de
condicionamento das arbitragens que nos assolou). Figuras desprezíveis
que passaram boa parte das 13 rodadas atacando e desmerecendo nossa
liderança na competição. Bueno, vencer
e vencer, não existe outra opção, não
há outro sentimento. Vamos Grêmio! A luta continua!
Seja
no primeiro ou no segundo turno, a torcida gremista é vanguarda.
Liderança absoluta em vibração e fidelidade.
Na eleição de quem joga junto, se sobressai com larga
vantagem sobre qualquer adversário. Não precisa provar
mais nada, mas que seja feito o registro de nova confirmação
do seu amor incondicional ao tricolor. Neste sábado que passou,
vínhamos de uma derrota sentida e que nos cobrou a dianteira.
Além disso, muita gente saiu da capital para votar na sua
cidade de origem, no interior gaúcho. O céu cinzento,
a chuva que despencou impiedosa. Mesmo assim, 38.000 leais
mosqueteiros foram ao Monumental. Ninguém fala,
mas constatem: foi o maior público da rodada.
E naturalmente, sem precisar de nenhum apelo de dirigentes ou algo
do gênero. E, como sempre, entramos em campo. Fizemos a diferença
e empurramos os comandados de Celso Roth a buscar o placar adverso
contra a estrela solitária. Que torcida, meu amigo, que torcida.
O
cara é praticamente uma unanimidade junto a massa torcedora
gremista. Suas atuações brilhantes estão entre
as mais celebradas. Um nome rotineiramente entoado com entusiasmo
pelos tricolores, pois sabemos da sua enorme capacidade de nos propiciar
alegrias. Portanto, não podemos concordar com esta campanha
de execração que ameaça, inclusive, sua merecida
titularidade. Que fique devidamente firmada nossa irrestrita solidariedade
ao Clemer. De nossa parte, seu inegável e veterano talento
não sofre e não sofrerá nenhuma objeção.
Obrigado
por nos fazer rir.
Jorge
Bettiol
ducker.com.br
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CAÓTICO
(30/09/08)
Só
o dia seguinte a uma derrota em clássico é pior que
o infortúnio da véspera. No domingo, o Grêmio
foi caótico e pareceu distante da partida. O primeiro gol
dos adversários foi muito cedo e numa falta que não
ocorreu. Na resposta, quase igualamos com uma incrível chance
desperdiçada por Léo. Não demorou para Tcheco,
com categoria, estufar a rede do agora 8° colocado do Brasileirão.
Um petardo. Só que aí veio mais uma falta (uma aparada
de peito que virou toque na visão obtusa de um árbitro
medíocre) inexistente e a malandragem portenha aceita passivamente
pelo apitador e por nossa desatenta zaga. Deste momento em diante,
a equipe se desarrumou de vez e na bola parada acabou condenada
a um placar arrasador na primeira etapa. A saída prematura
de Pereira nos interroga por que diabos foi liberado para começar
a partida e não houve prudência por tratar-se de uma
lesão muscular. Com apenas 10 minutos de jogo queimamos a
primeira substituição. A expulsão de Tcheco
nos sentenciou, principalmente, a uma pobreza de articulação
de jogadas para segunda parte do embate. E foi nos derradeiros 45
minutos que o tricolor foi completamente inoperante para apresentar
alguma perspectiva de reação. Jogou (já com
o peso de um enorme prejuízo), de maneira óbvia, sem
criatividade, sem imposição. Aos erros de posicionamento
e marcação de nosso treinador (nítidos nos
primeiros minutos desta jornada medonha) somou-se a falta
de atitude do conjunto dos nossos jogadores. Afinal, não
foi qualquer derrota. Os rivais, em quase 40 anos de aterro
da Padre Cacique, nunca haviam nos superado por mais de três
gols (o recorde ainda é nosso: 4x0 na estréia de um
fardamento totalmente moranguinho no saudoso e distante ano de 1977).
Nem o mais otimista dos oponentes e o mais pessimista dos gremistas
imaginaria tamanha elasticidade para os locais. Pelo contrário,
todos imaginavam uma disputa encardida e equilibrada. Portanto,
mais além do que às merecidas críticas ao Sr.
Evandro Roman (que também nos sonegou uma penalidade no sonolento
Marcel – e ninguém nesta mídia "imparcial"
fez referência à infração e as outras
irregularidades – exceção feita ao cronista/torcedor
Sant`Ana nos seus espaços jornalísticos), precisamos
reconhecer que faltou futebol. E pra quem pretende ser campeão
é obrigatório superar todo e qualquer obstáculo.
Não existe desculpa (embora sirva para se fazer um diagnóstico
pormenorizado do desastre) para esta goleada sofrida no Grenada.
Temos uma semana inteira para devida cobrança (sobre a comissão
técnica e plantel) e a recuperação diante do
Botafogo, no sábado, no Monumental. Mais do que cumprimentar
e "parabenizar" os dirigentes dos oponentes, o presidente
Odone e sua diretoria necessitam apresentar indignação
com a situação presente e exigir a mesma postura neste
grupo do Grêmio. É hora de uma voz forte se
fazer escutar, tendo ressonância no interior do vestiário.
De agora em diante, como torcedores que não sonegam em nenhum
momento seu apoio (e que permanecerá firme), não admitiremos
mais omissões e falta de entrega. Quem veste a camisa
gloriosa do Grêmio tem o dever de honrá-la, de respeitá-la,
com uma doação sem limites. Vergonha na cara e bom
futebol nos levarão ao título. Seguimos acreditando.
Afinal, a Nação Gremista sempre faz a sua parte. Que
os profissionais do clube façam a sua nos gramados. Com,
determinação, garra, e sem vacilos.
Citamos
o povo gremista, pois é a ele que esta equipe e o corpo dirigente
devem prestar contas. No sábado pela manhã, desde
cedo, gremistas chegavam ao Olímpico para manifestar seu
apoio ao plantel. Em mais uma mobilização que partiu
das arquibancadas, cerca de 5.000 tricolores foram ao treino e o
transformaram em jogo. Os "alentaços", junto com
a avalanche e a vibração inigualável, são
marcas registradas da Geral e da torcida do Grêmio. Ninguém,
no Brasil, faz o que esta massa propicia. E isto deve ser assimilado
e correspondido por quem veste o azul, o preto e o branco dentro
do campo. Na quinta-feira, abertura das bilheterias para o clássico,
em apenas três horas foram consumidas as míseras 2.800
entradas a nós destinadas. Centenas ficaram empenhados. No
dia da partida, antes da saída da torcida para mais uma visita
aos vizinhos, dezenas procuravam desesperadamente um ingresso para
levar o seu apoio ao tricolor. Tanta devoção, tanto
sentimento deve ser reverenciado com atuações no estilo
jogar a morrer. Cada partida uma decisão e cada decisão
um triunfo. Nada mais, nada menos.
Não
podemos deixar de comentar a fantástica e burocrática
operação da Brigada Militar (com utilização
de um helicóptero) no deslocamento dos gremistas até
o Menino Deus. Realizaram inacreditáveis três (afuniladas)
revistas com solicitação da devida apresentação
dos ingressos. Em todas houve princípio de tumulto, além
da eficácia questionável. Na chegada ao aterrão,
o tradicional corredor de tapumes e mais confusão neste acesso
pela intervenção dos brigadianos e seguranças
dos rivais. Pergunta: quando é uma situação
inversa existe tanta dificuldade em acessar nosso estádio
? Há tanto rigor e preocupação por parte das
autoridades ?
A torcida
do Grêmio não para de cantar e o apoio é incessante.
Mas, ontem, na localidade do pardieiro que nos ofereceram (e a tal
de FIFA cogita em aquilo lá sediar uma Copa), teve um momento
de exceção. O jogo estava empatado (a massa empurrando
o time, como sempre) quando, de repente, uma grande confusão
iniciou-se entre componentes de torcidas organizadas do tricolor.
Os mesmos que, antes da partida iniciar, trocavam socos e pontapés
na minúscula copa destinada à torcida gremista. Como
quase três mil pessoas se comprimiam num brete indigno não
houve espaço para que os mais próximos do atrito se
afastassem. O resultado é que toda arquibancada ficou comprometida
com a movimentação e teve gente no chão. Graças
a esta atitude irresponsável, os "organizados"
atraíram os despreparados do policiamento para "apartar"
o confronto. O resultado foi mais enfrentamento. Por longos minutos,
até se retomar o foco da partida. Durante o intervalo,
devido à boa acolhida dos dirigentes rubros (que não
se constrangeram de colocar torcedores locais sobre a torcida visitante),
inúmeros objetos foram arremessados na localidade tricolor.
Inclusive pedras que, naturalmente, foram arremessadas de volta.
Na segunda etapa, quando se cantava apesar do escore amplamente
desfavorável, novo distúrbio iniciado do lado gremista.
Mesmo assim, a valorosa torcida que vai a campo com o único
intuito de incentivar o clube mais Copeiro do Sul do Brasil, conseguiu
retomar seus cânticos e com bravura não esmoreceu.
Apoiamos e, do fundo do coração (mesmo golpeados pela
adversidade em campo), ainda entoamos a clássica "co-irmão
cagão" e o refrão de que, apesar de todo o revés
"O Grêmio Vai Sair Campeão".
Bueno,
que deixemos o setembro árido em vitórias para trás
e que neste próximo final de semana retomemos nossa caminhada,
passo a passo, rumo ao título. No sábado, lugar de
gremista é no Monumental. Vamos Grêmio !!!
Jorge
Bettiol
ducker.com.br
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PATÉTICO
(23/09/08)
O
destaque da partida foi um gremista. Só que não vestia
nossas cores. Galatto, o "ice man", foi criado no Olímpico
e para sempre estará na história do Grêmio.
Foi um dos principais protagonistas daquela inesquecível
batalha que consagrou para o mundo o significado da Imortalidade
Tricolor. Na Baixada, neste 2008, salvou os desesperados opositores
(juntamente com o árbitro) de uma derrota que viria sem questionamentos.
Afinal, o tricolor mandou no jogo. Teve completa imposição
(citamos Orteman e Rafael carioca como exemplos) e uma combatividade
que andava tímida em alguns dos nossos expoentes. Agora,
sem querer desmerecer a excepcional atuação do ex-goleiro
tricolor, penso que faltou um pouco mais de força e precisão
nos arremates. Precisamos urgentemente qualificar nossas finalizações
com o intuito de não perdermos tantas oportunidades ! É
uma reta final e a bola, mais do que nunca, deve ter como destino
as redes adversárias. Outra imposição é
treinarmos a exaustão a bola parada, aproveitando a boa estatura
de nossos zagueiros e atacantes (especialmente com a chegada do
Chengue Morales). Escanteios, cobranças de falta, tudo deve
ser exercitado com a obstinada intenção de reencontrarmos
o caminho das vitórias. Nesta semana, não devemos
poupar esforços para que esta equipe, que permanece ponteira
na competição, chegue o mais preparada possível
para o Grenada. E que não falte aguerrimento e doação
neste clássico ! O Grêmio tem tradição
em superação e, justamente, nos momentos de maior
dificuldade. Esta queda temporária de rendimento tem data,
horário e local para terminar e será contra o tradicional
rival (que anda assanhado e celebrando efusivamente, na 11ª
posição e com seu treinador gremista, nossos tropeços
recentes). O discursinho oportunista do Sr. Fernando Balance
Carvalho (deveria perguntar aos baianos do Vitória, há
pouco garfeados, o que pensam dos seus comentários) deve
servir como mais um elemento de motivação.
Seguimos confiantes na conquista deste campeonato, contra tudo e
contra todos e, no domingo, estaremos com o Grêmio no aterro
da Padre Cacique. Vamos Grêmio, por mais três pontos
e rumo a glória. O povo tricolor te pede e merece esta alegria.
Estava
faltando mesmo um pronunciamento dos nossos dirigentes. E tem que
ser em caráter oficial, mesmo ! A safadeza dos condicionamentos
de arbitragem está explicitada e, além de causar preocupação,
traz a todos nós profunda revolta. A penalidade não
marcada na meia-arena atleticana refletiu vergonhosamente a pressão
política orquestrada por alguns, nas penumbras desta competição.
Outros são assumidamente porta-vozes destes interesses escusos,
como o lacaio chamado Milton Neves (Bandeirantes) e parte de sua
equipe. O cerco à campanha gremista está também
em reportagens nitidamente tendenciosas no estilo "equipe mais
faltosa" (novamente usada pela Globo.com para destacar o espaço
do Grêmio no seu site e na véspera do embate contra
o Goiás), ou mesmo neste momento onde ironizam nossa preocupação
com o apito. Esta sacanagem toda, bom frisar, não se restringe
à mídia do sudeste. Por aqui, temos o boicote (no
que é positivo) e a provocação aberta (no que
é negativo) do jornaleco Diário Gaúcho (desculpa
Cacalo, mas, definitivamente, concluímos que tal veículo
não é digno da tua ilustre presença). O escárnio
esteve estampado nesta segunda-feira. Mostra o Perea, de costas,
mãos a cabeça e letras garrafais celebrando que falta
"só um pontinho" para perdermos o topo da tabela
(clique AQUI
para ver). Em contrapartida, nenhum destes momentos de liderança
, e já se passaram 13 rodadas, mereceu tal espaço,
com tal dimensão, na capa deste tablóide cretino.
E vejam que durante cinco destas mesmas rodadas, estivemos cinco
pontos à frente do segundo colocado. Entretanto, em nenhum
instante o DG comemorou tal feito com manchetes do tipo "Cinco
pontos e consolidada a liderança", "Segundo colocado
a cinco pontos e o Grêmio segue líder", ou algo
do gênero. Nada disso, pois a amargura no que tange
ao Grêmio e a falta de imparcialidade e profissionalismo são
flagrantes e de longa data. É demais. E os caras não
se constrangem. Seria importante que o clube também manifesta-se
contrariedade por este tipo de procedimento discriminatório,
corriqueiro e que flagra completa desproporção na
cobertura da dupla. Certo, eu e você podemos não ser
propriamente leitores desta publicação criticada,
mas tantos outros (principalmente gremistas) o são e merecem
que o nosso clube seja tratado de forma respeitosa. Até cansa
registrar, pois é repugnante. Um dia, isto vai ter que mudar.
Será ?
Recordo
da final da Libertadores de 2005. O Atlético Paranaense sacaneado
pelo São Paulo (e pela mídia paulista) e impedido
de jogar no seu estádio. Vieram ao RS e fizeram um forte
apelo para receber o apoio sulista naquela ocasião. Dada
a circunstância, foram bem recebidos. Até com simpatia,
por parte dos torcedores gaúchos. Neste ano, no primeiro
turno (bom recordar), vieram a Porto Alegre. Seu solitário
grupo de torcedores (que não chegou a 50 pessoas) teve toda
segurança para assistir (amontoados e agarradinhos numa faixa)
a mais uma derrota para o Grêmio. Mas, o fato é que,
de uns tempos para cá, sempre comandados pelo Sr.
Metralha (uma espécie de cover engravatado do Sr. Eurico
Miranda) nos bastidores, tem agido de forma canalha em
seus domínios. Neste último confronto, começaram
a chinelagem nos surrupiando 800 ingressos. Logo em Curitiba, onde
a presença gremista é muito significativa (só
no aeroporto, na chegada da delegação, mais de 300
tricolores fizeram a festa) e a galera sempre comparece. Na seqüência,
espremeram (os 1.500 que conseguiram ingressar) a maior e melhor
torcida do Sul próximo aquele canteiro de obras. Antes
da partida, de forma covarde, torcidas organizadas pateticanas atacaram
torcedores gremistas que almoçavam com suas famílias
(mulheres, crianças) ou buscavam ingressos nas cercanias
do campo. Ao tentarem depredar um ônibus gremista que vinha
de Florianópolis, foram surpreendidos com a resposta: receberam
vários rojões em agradecimento a recepção
a base de pedradas. Acabaram correndo com os estouros.
Por sorte, no interior deste veículo onde gremistas ficaram
entrincheirados, ninguém ficou ferido gravemente. Há
também relatos de tentativas de intimidação
a outros torcedores do interior de SC que, de forma pacata (também
muitas famílias), faziam suas refeições pela
cidade. Um festival de covardia. Talvez esteja aí a única
vantagem dos atleticanos, caso despenquem para segundona. Não
necessitarão vir ao Olímpico na próxima temporada,
o que vai poupar os vadios envolvidos no tumulto de uma viagem tremendamente
arriscada. O que se planta, se colhe. Não é assim
o ditado?
Por
falar em coisas patéticas, o tal "comentarista de arbitragem"
da Rádio Gaúcha (confesso que não sei o nome)
na transmissão do jogo em Curitiba teve a capacidade (após
ver a repetição do lance na cabine, que nas imagens
tem uma clareza perceptível a um deficiente visual) de dizer
que "não houve a penalidade". Tão absurda
e constrangedora foi sua manifestação que o próprio
comentarista do jogo tratou de desmenti-lo no ar. Tal disparate
foi uma voz isolada neste episódio do flagrante prejuízo
gremista, mas cumpre indagar como um sujeito destes continua empregado
na referida condição de crítico de arbitragem.
Que piada.
Se
alguém souber o motivo da demora do vaidoso procurador do
STJD em oferecer denúncia contra o mercenário Diego
Souza, favor informar a esta coluna. Devido a tal morosidade, o
mesmo permanece impune (após a agressão praticada),
jogando, e participando ativamente das partidas. Diz à mídia
que haverá manifestação nesta semana. Enquanto
isso, presenteado pela generosa lentidão do Sr. Paulo
Schmitt, o palmeirense segue faceiro podendo distribuir novas bordoadas
e fazendo gols. Imaginemos que o Souza (o nosso), ao invés
de tomar aquela cotovelada que resultou no segundo gol do Goiás
(e que não vai dar em nada), a tivesse protagonizado. Alguém
tem dúvida que já estaria devidamente denunciado,
além de encaminhada sua suspensão ?
Jorge
Bettiol
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MARTELADAS
(17/09/08)
O
resultado foi ruim. Não chegou a ser péssimo, pois,
apesar do percalço, mantemos a liderança. Aquela expectativa
de, aproveitando a partida em casa, nos distanciarmos dos perseguidores
foi frustrada. O Goiás foi voluntarioso, demonstrou organização
e muita velocidade. Seu goleiro foi um dos destaques do confronto,
junto com a desastrada arbitragem. Mas, que não fique no
apito qualquer justificativa. Poucas equipes tiveram tanto pulmão
nos embates contra o tricolor, como a equipe do serrado. De nossa
parte, certa displicência e a impressão de que faltou
mais entrega em alguns jogadores. E, nessa altura da competição
e dada a acirrada disputa, o mínimo que se exige é
que (mesmo no limite da superação) se jogue a morrer
! Pelo caneco e em respeito a esta massa torcedora que não
cansa de apoiar e dá, rodada após rodada, verdadeiro
show nas arquibancadas. Mesmo com a derrota, o anoitecer de sábado
foi embalado pelo cântico da confiança que, entoado
pela Geral, afirmou novamente: "O Grêmio vai sair campeão".
E que para o nosso desejo se confirme, é preciso uma rápida
e briosa reação nos próximos dois compromissos.
No domingo teremos os atleticanos em Curitiba e, com certeza, o
povo gremista vai comparecer em peso na Baixada. Nada menos do que
retornar com três pontos é o que exigimos neste desafio
! E se é fato que não devemos ficar ansiosos, se coloca
como imperativo ter a iniciativa da partida e uma pegada extraordinária
a fim de calarmos os descrentes e os secadores de plantão.
O Grêmio precisa se impor e jogar efetivamente como um campeão
! Na seqüência, teremos os vizinhos nas bandas do aterro.
Mas, isto já é conversa para próxima semana.
Portanto, celebremos a data Farroupilha com um triunfo na
capital paranaense. Vamos Grêmio, eternamente forte,aguerrido
e bravo ! Seguimos acreditando !
Já
havíamos abordado a secação generalizada com
que a amargura regional e nacional acompanha o ponteiro desta competição.
Com o nosso insucesso recente, se regozijaram, explodindo em êxtase.
O fato de uma equipe paulista (e dirigida pelo Luxemburgo) estar
próxima, no encalço, os deixou mais alucinados ! A
propósito, sem querer fazer alaridos paranóicos (mas
baseado na história e nos fatos que são incontestes)
é preciso ficar atento a esta escala de arbitragem daqui
pra frente. Óbvio que, na bola, teremos que superar a tudo
e a todos ! E, podemos ! Afinal, somos o Grêmio ! Mas, vale
o registro: já que o juiz fingiu não ver aquela agressão
patrocinada pelo Diego Souza contra um cruzeirense no Mineirão
(e estava 0x0) ... o que fará o STJD e seu narcisista
procurador que adora vasculhar imagens que partam do Sul ?
Vai vergonhosamente meter o rabo entre as pernas e se omitir no
episódio citado ? E por falar no papudo jogador palmeirense,
quem ele pensa que é para criticar o clube que lhe deu oportunidade
e nova projeção ? Disse ele, provocativo, "não
sei se o Grêmio suportará a pressão", em
alusão ao calendário dos 13 jogos restantes. Recordar
é viver: Diego Souza foi mais um escorraçado e desacreditado
que foi ressuscitado pela imortal camisa tricolor. Foi em Porto
Alegre, no RS e com o apoio da imensa Nação Tricolor
que voltou a render nos gramados. Foi embora na condição
de ingrato e mercenário. E, suas declarações,
neste momento, apenas atestam a sua falta de caráter. Que
vá se danar e fique feliz se chegar a uma vaga na Libertadores
!
Está
na pauta do dia o processo eleitoral que definirá o futuro
presidente do Grêmio. Nos bastidores, reuniões e também
escancarados conchavos definirão as candidaturas (ou mesmo
um único candidato). Fala-se em consenso sob o pretexto de
não termos sobressaltos no clube. Lógico que nosso
foco e concentração deve estar neste campeonato brasileiro
! Porém, tenho as minhas dúvidas quanto às
intenções que motivam algumas decisões. Seria
um entendimento comum, programático, sobre o futuro, o bem-estar
do Grêmio? Ou seria um acordo simplesmente para contemplar
as diferentes facções gremistas? Seria para lotear
o comando dentro da instituição ou para fazê-la,
efetivamente, prosperar dentro e fora de campo? Desde que
não seja algo artificial e oportunisticamente forçado,
tal entendimento pode (eventualmente) ter a sua relevância
e acerto. Entretanto, é bom não esquecer que o último
grande "consenso" (dentro das salas diretivas do Olímpico,
bom frisar) das lideranças gremistas, nos brindou com o retorno
ao suplício da segunda divisão. O certo é
que, no andamento e desfecho deste processo, nosso vestiário
precisa ser guarnecido ! "Blindagem" é a palavra
da moda e tem, por certo, minha adesão. O departamento
de futebol, a comissão técnica e o plantel necessitam
de toda tranqüilidade, todo suporte para trabalhar. Que se
faça o debate, que se trave a polêmica e que o poder
de decidir chegue ao associado (apesar desta guilhotina dos 30%,
eufemisticamente chamada "cláusula de barreira").
É democrático, é salutar este momento
de escolha e ninguém pode, sob o pretexto de "preservar
a estabilidade no clube", cercear o direito de voz e de voto
dos sócios tricolores.
Perguntinha:
O inquérito (conduzido corretamente pela PF) que apura "evasão
de divisas" e crimes tributários tem cerca de 400 a
500 pessoas envolvidas. Inclusive, alguns renomados dos meios de
comunicação e outras "celebridades". Por
qual razão nossa atenta imprensa esportiva do RS não
divulga quem são e qual sua atividade profissional ? O nome
do Celso Roth, propagado maciçamente nesta cobertura, estaria
representando as quatro ou cinco centenas restantes ? Conta, quem
leu a Bíblia (não é o caso do autor desta coluna),
que Jesus foi crucificado tendo de cada lado um ladrão. O
Roth não é o Cristo, mas nesta estória, até
prova em contrário, está solitário a receber
as marteladas e o pregos.
Jorge
Bettiol
ducker.com.br
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RODA
DA HISTÓRIA (08/09/08)
A
verdade é que não jogamos bem. Esperamos demais o
combalido Fluminense. Foi um jogo até morno, na maioria dos
seus arrastados minutos. A postura mais defensiva chamou o adversário
para o nosso campo quase toda partida. A displicência da nossa
zaga, somada a incompetência dos avantes das Laranjeiras,
mais a eficiência extraordinária de nosso goleiro quando
exigido, consagraram o precioso ponto que nos coloca seis à
frente dos perseguidores. E por jogarmos no caldeirão da
Azenha na próxima rodada e Cruzeiro e Palmeiras se enfrentarem,
temos uma excepcional possibilidade de dispararmos na liderança.
No centro do país continuam azedamente comentando nosso desempenho.
Relutam em reconhecer qualquer mérito em nossa equipe. Este
desprezo generalizado (notadamente no sudeste), que tem pouquíssimas
exceções, é uma carga extra de combustível
para incendiarmos de vez esta competição. Uma explosiva
arrancada, definitiva, consolidadora, pode e deve se dar nas próximas
rodadas. O departamento de futebol, Roth e o plantel, contudo, sabem
que não devemos ficar ansiosos. A busca deste consagrador
caneco deve (e assim está sendo) ser feita passo a passo.
Cada jogo uma decisão e cada decisão um progresso
em direção ao título de campeão. Nosso
treinador sabe, na sua analogia com a escalada da montanha, que
o caminho a percorrer ainda é considerável. Mas, não
faltará disposição e muito menos oxigênio.
A plenos pulmões este time encaixado e pragmático,
que tanto irrita os amantes do futebol bailarino, segue na sua meta
de fazer história. É por isso que os secadores estão
em pânico. Percebem que nada vai nos deter. E tchê,
nunca tantos, ao mesmo tempo, secaram o Grêmio como agora
! Além dos desarticulados vizinhos (imersos em insatisfação
e vaias), as demais torcidas (estas nas primeiras posições)
e a imensa mídia amarga fazem figa e promessas para que o
tricolor gaúcho tropece nesta sua impressionante jornada.
Tentativas de condicionamento de arbitragem foram escancaradas há
poucas semanas em programas esportivos nacionais onde o comportamento
venal de seus integrantes é público e vergonhoso.
Que desespero alucinante assola os nossos incontáveis oponentes
faltando 14 jogos para encerrar o certame. Este Grêmio que
segue firme e forte, organizado e determinado no seu objetivo, propiciando
tanta alegria para a maior e melhor torcida do Sul do Brasil, ainda
os deixará mais ensandecidos, mais perturbados. Quem viver,
verá.
|
Falando
em torcida: Maracanã copado pela Nação
Gremista. A galera ocupou todo o seu espaço e cantou
com empolgação. No final da jornada, ouvia-se
o tradicional "o Grêmio vai sair campeão",
enquanto os locais amargavam o retorno à zona de rebaixamento.
No sábado, final de tarde, receberemos o sempre complicado
Goiás no Monumental. É confronto para mais de
50.000 presentes. Portanto, te agiliza imortal torcedor gremista
! Compra teu ingresso, aliás, preferencialmente te
associa. Quem se deslocará do interior e de outros
Estados também não pode perder tempo ! Vamos,
com a nossa vibração, com a nossa força,
dar mais um espetáculo inigualável e empurrar
o Grêmio para novo triunfo ! Devoção comovente
e que tem sido fundamental para mantermos esta liderança
alcançada. Então amigo, no 13/09 não
cogita outro compromisso que não seja o de comparecer
no Olímpico. Ao lado dos teus amigos e familiares,
seja na Geral ou em outro setor do estádio. O importante
é estar junto ao nosso querido Grêmio, aniversariante
de 105 (bem vividos) anos e repleto de feitos e glórias
memoráveis. Para
o que der e vier, nos veremos lá !
O
projeto ARENA está seguindo para o Conselho, após
a saída da questionada empresa portuguesa que, além
das suspeitas de malandragens, sequer apresentou as devidas
garantias bancárias. Agora, fala-se no lastro de conhecido
banco espanhol e no suporte que o mesmo dará a construtora
tupiniquim que permaneceu. Também foi alardeado que
a capacidade do novo estádio não chegará
a 53.000 torcedores. A meu juízo, pouco para a imensa
torcida gremista e também para o seu próprio
quadro social. Juraram, nestes recentes anúncios via
imprensa, que os custos para as entradas não sofrerão
alteração significativa em relação
ao que hoje é cobrado (será ?). E sobre acomodar
a Geral, garantiram um espaço que numericamente assemelha-se
ao público total da última partida do co-irmão
em Porto Alegre. É modesta a oferta, embora tenha avançado
razoavelmente desde uma primeira projeção e
seja uma vitória que comemorações como
a avalanche possam prosseguir também nas bandas da
zona norte. Também considero pouco pelo fato deste
espaço ser numericamente equivalente ao que será
destinado aos camarotes e cadeiras "vips". O fato
objetivo é que a torcida gremista, além de ser
a maior fora do eixo RJ-SP, não para de crescer. E
esta multidão, especialmente a galera mais nova, gosta
e faz questão de ir a cancha. Temo que no futuro este
moderno empreendimento deixe de fora um grande contingente
de fiéis e valorosos torcedores. Se hoje, por razões
econômicas, o público de futebol já é
cerceado pelo país afora (e o Grêmio não
foge a regra, tem uma enorme demanda reprimida por falta de
grana) numa crescente e preocupante elitização
dos acessos, o que acontecerá efetivamente com a propagação
destes conceitos de Arena ? O Grêmio, prezado leitor,
tornou-se um clube de massas e com uma torcida que é
referência dentro e fora do Brasil. Portanto, não
podemos retroceder. E que nenhum dirigente ou grupo de dirigentes
invente de dar marcha à ré na roda da história.
Jorge
Bettiol
ducker.com.br |
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DOR
DE BARRIGA (02/09/08)
Vamos começar
pelo começo. Redundância necessária para saudar
o combativo desempenho dos jogadores gremistas que participaram
do Grenada. Uma equipe recheada de suplentes, mas repleta de muita
valentia. A evidência disso é que, em nenhum momento,
foi dominada pelo esbranquiçado e milionário plantel
do rival. Pelo contrário, mesmo com a natural falta de entrosamento
e algumas limitações técnicas, soubemos nos
impor e dar combate do início ao fim do clássico.
Na primeira etapa, fomos pra cima e disputamos cada naco do gramado
criando oportunidades. Do outro lado, uma saída veloz e também
a construção de chances. William Magrão anulou
o resmungão DÀlessandro que nada apresentou, fora
seu topete e arrogância. Enfim, no somatório dos desperdícios,
deu a lógica de um placar zerado. Na largada da segunda etapa
sofremos um gol cedo, o que não tirou o ânimo dos nossos
jogadores. Sobrou bravura. Que o digam o comandante Souza (que passou
a noite entortando a coluna dos adversários) e o xerife Orteman
com sua efetiva presença. Na seqüência, a infelicidade
do obeso cruzamento e da quase desengonçada cabeçada
que, não fosse o Grêmio do outro lado, sacramentaria
o resultado. Modesta alegria que duraria pouco para os do Padre
Cacique. Com as providências que Roth havia tomado e o apoio
incessante da galera gremista que não se calou um minuto
nas arquibancadas, crescemos mais ainda na adversidade. O que, diga-se
de passagem, é marca registrada deste clube e desta extraordinária
torcida. Esta crença de que sempre vamos reverter os dissabores
está impregnada na história e no coração
dos gremistas. É por isso que os cânticos (que em nenhum
momento cessaram) foram ressoando com mais força por todo
o Monumental, fazendo-o trepidar. Perdíamos por 2x0, mas,
como sempre, ganhávamos de goleada nas arquibancadas ! Mais
um espetáculo comovente. O ponto culminante desta transmissão
de energia em azul, preto e branco foi quando o bom e velho Clemer,
algo próximo dos 32 minutos derradeiros, ensaiou um momento
de histeria na sua área. Irritação injustificada.
Afinal, neste Grenada, ninguém o aplaudiu mais do que a Nação
Gremista ! Antes, durante e, especialmente, ao término do
confronto. Mas, voltando aos fatos. Foi imediatamente colocado no
seu devido lugar pelos determinados atletas gremistas (com o charrua
uruguaio à frente) e pela multidão de tricolores que
entoou, a plenos pulmões, o hit "co-irmão cagão".
E foi assim que, poucos minutos depois (com esta mesma emblemática
canção animando a disputa), se cagaram de vez ! Preliminarmente
com Perea (num corte que fez o Índio visitar as placas de
publicidade) e, na rabeira do relógio, com um petardo de
Soares que lembrou os motivos da derrota brasileira em Pequim para
os americanos no vôlei masculino. Bucha. E, lógico,
uma avalanche de contentamento da maior e melhor torcida do Sul
do Brasil. Do outro lado decepção e total desespero
! Os visitantes, atônitos, começaram a clamar pelo
final do clássico. Das testemunhas nas arquibancadas passando
pelo treinador gremista e seus comandados rubros na casamata, todos,
sem exceção, imploravam pelo término da implacável
pressão do tricolor ! A reação que concretizamos
num espaço de cinco ou seis minutos e na saideira, incêndiou
de vez o caldeirão do Monumental ! Que festa extraordinária
do povo gremista e que cena patética, ao término,
a tentativa de celebração do apavorado co-irmão.
Saíram desengonçados, atordoados e, claro, calados.
No vestiário, Fernando Balancê Carvalho estava furioso
e inconformado: "mas nem dos reservas deles nós ganhamos,
tinhamos que ter goleado"! É Sr. (ex) presidente, a
verdade é que seu time se borrou todo neste Grenada ! Fato
comprovado pela chegada no Recife, onde novo fiasco foi protagonizado
diante do Sport. Antes desta nova derrota, contudo, foi constatado
que a exaurida delegação dos vermelhos, na sua totalidade,
desembarcou na capital pernambucana com fortes dores de barriga
e diarréia. Na aeronave, antes do pouso, acabaram com todo
o estoque de papel higiênico. Impressionante como repercutiu
esta pressão do Grêmio e da sua apaixonada torcida
sobre os queridos vizinhos do Menino Deus. Na condição
de gremista fervoroso, chego até a me sentir culpado. Isso
não se faz, pois chega a ter requintes de perversidade. E
tu vivente, que leu até aqui ... tá rindo do quê
???
O
Vasco marcou muito e deu trabalho. Foi disposto e tentou segurar
a todo custo o líder do campeonato. Antes da bola rolar,
Tita (eu disse Tita) foi efusivamente aplaudido. Afinal, aquela
história bonita de 25 anos que celebramos neste 2008 começou
a ser sacramentada, gloriosamente, com aquele gol no Centenário
lotado na sempre aprazível Montevideo. Bueno, voltando ao
final de um agosto sem desgosto para os gremistas: os cariocas vieram
a fim de dificultar nossa vida ! Foi uma partida truncada, com poucas
chances efetivas de gol. Mas, aí, na dificuldade, é
que surgem os predestinados: Marcel e Soares, ou Soares e Marcel,
se preferirem. Na gentileza de um e de outro fizemos dois tentos
e mais três pontos. Claro, uma referência a eficiência
de Tcheco precisa ser feita e Souza, bem, aí não tem
nem o que dizer. Quem sabe, sabe, e faz ao vivo diz o surrado bordão.
No final de semana teremos o desafio do primeiro e necessário
triunfo no Rio de Janeiro nesta temporada, e o adversário
será o Fluminense. Então, hora de ganhar no Maracanã
... vamos GRÊMIO !
Num domingão
com 38.000 empurrando o tricolor contra o time do honesto Roberto
Dinamite (que também jogava muito), na tribuna de honra do
Monumental um gigante assistiu a tudo atento e admirado. Richard
Morales, dos amigos do Nacional, espantou-se com a força
da torcida gremista. Ficou maravilhado com o alento que, sem cessar,
nos levou a manter a liderança da competição
com relativa folga em relação ao segundo colocado.
O uruguaio que se encantou com a Geral e a casa dos gremistas em
breve estará na cancha e defendendo as nossas cores. Tem
tudo para corresponder as expectativas. Bem-vindo "El Chengue
Morales" !
Perguntinha:
Cadê a eufórica imprensa amarga que, depois do Grenada,
alardeava que o co-irmão havia dado "um banho de bola"
nos rivais aqui. Onde estão ("ninguém os vê
?") os que destacavam (como o inominável Diário
Gaúcho) que "a gangorra havia se invertido" ? Ah,
estão nesta mesma mídia. Só que com outro discurso
... menos de quatro dias depois e, agora, 18 pontos atrás
do líder. Quanto oportunismo. Adroaldo Guerra (Editor de
Esportes do jornal que não gosta de manchetear os feitos
gremistas da mesma forma ufanista com que contempla o outro lado)
, por exemplo, após fazer uma apologia delirante no pós-clássico,
passou as últimas horas choramingando que seu time "está
muito mal", "que nada dá certo há muito
tempo", "o time parece um bando de malucos", "falta
futebol" e assim por diante. Afinal, aquela conversinha depois
do Grenada foi só para iludir os próprios torcedores
rubros ? Ou estes caras não tem sequer convicção
sobre o que dizem ? Até quando vamos ter esta política
de dois pesos e duas medidas na cobertura esportiva do RS ?
Jorge
Bettiol
ducker.com.br
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RESERVAS
EM TREINO DE LUXO (29/08/08)
Seja no Olímpico, no Beira-Rio ou no pátio
de uma escola, entre os gremistas e os colorados da 5ª série
C, GRE-nal tem situações que só ele pode proporcionar.
Um visitante desavisado que desembarcar em Porto Alegre nesta sexta-feira,
ficará sabendo que houve um GRE-nal decisivo, mas o clima
vai deixá-lo confuso quanto a quem venceu. Por que a torcida
classificada está com este sorriso amarelo? Que motivos tem
os eliminados para esse ar de “a gente ganha pouco mas se
diverte”? Por essas que somos vistos como um povo excêntrico.
Para
o Grêmio, apenas mais um dia de trabalho visando o jogo contra
o Vasco. A diferença é que os titulares treinaram
pela manhã e os reservas treinaram à noite e ganharam
mais visibilidade por se tratar de um jogo-treino contra um adversário
cujo salário do atacante sozinho já pagava os vencimentos
de todos eles. Diferente também por ter público, mas
nem tanto, já que a torcida do Grêmio está acostumada
a copar treinos em vésperas de jogos importantes.
Alguém
que poderia reclamar do valor do ingresso para um treino ser o mesmo
de um jogo desistiu na saída. Quem queria fazer festa, fez.
Quem queria fazer cara de conteúdo observando as opções
do Roth, também não teve do que reclamar. Souza teve
participação importante e suficiente para carimbar
sua entrada no time titular. Desagradou apenas naquele momento pedalada,
mas tudo bem, em treino pode. O foco mesmo estava em Orteman, que
nos seus primeiros toques na bola mostrou que tem coisa boa para
nos oferecer com mais ritmo de jogo. Makelele como ala foi a invenção
pardalística do Roth que mais surpreendeu positivamente.
Faltando
15 minutos e perdendo por dois gols, Roth chamou Perea e sua única
instrução deve ter sido “Agora vai lá
e dá uma palhinha de como seria com os titulares”.
Na primeira bola que teve, deixou o Índio no chão
e cumpriu sua missão. Aí o cacoete copeiro falou mais
alto e o empate veio no instinto. Bom para Soares, que contou com
a sempre bem-vinda ajuda de Clemer para um gol que tanto precisava.
Nem fez questão de buscar a bola na rede para adiantar o
reinício, aliás ninguém se lembrou disso.
No
final, todos foram embora tranqüilos, com seus objetivos alcançados.
O Inter com o regulamento embaixo do braço conforme afirmou
seu presidente, segue nesta espécie de Copa Emídio
Perondi das Américas. Os gremistas saem satisfeitos
com a confirmação de que dinheiro pode fazer time,
mas só trabalho e planejamento fazem o mais importante: Grupo.
Além disto ganha foco total para o que interessa: Libertadores
2009, essa sim, à nossa altura. De lambuja, está mantido
o emprego de um gremista.
Cristian
Bonatto
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DEVER
DE CASA (25/08/08)
Não
se deve dar sorte ao azar. Nos seis pontos disputados fora de casa,
somamos apenas um. Foram jogos distintos, é verdade. No Maracanã,
o Grêmio não se encontrou, foi dispersivo, sem imposição.
Ou seja: nada haver com arbitragem. Bem ao contrário do jogo
no primeiro turno em Porto Alegre, quando no embate contra o "mais
querido dos apitos no Brasil" tivemos dois pênaltis escandalosos
sonegados. Mas, voltemos ao Mário Filho,aquele que um dia
foi o "maior do mundo". Passamos quase que toda partida
correndo atrás da equipe rubro-negra (especialmente pelos
flancos onde abrimos duas avenidas, a mais larga delas com Anderson
Pico) e de forma desordenada. Nossa longa invencibilidade se desmanchou
quase sem resistência. Achamos aquele gol de bola parada (finalmente
um batedor), mas não tivemos a competência de segurar
o adversário. O castigo da caótica apresentação
não poderia ser outro que não a derrota. Já
no confronto contra o Náutico (disputa que será eternizada
pelo imponderável) tivemos melhoras,disposição
mas, mesmo assim, faltou futebol. Foi partida corrida, onde novamente
tivemos dificuldades de garantir a posse e o toque de bola. O gramado
mais parece um canteiro de obras, só que não dá
pra esquecer que é para ambos os lados que crateras ameaçadoras
surgem em busca das travas das chuteiras. Souza entrou melhor do
que na atuação no Rio de Janeiro e é sempre
um acréscimo de qualidade. Victor provou, mais uma vez, que
seu processo de beatificação merece ser peticionado
na Santa Sé. Igual, mesmo Santo, em vida e no arco tem suas
limitações terrestres. Não pode ser goleiro
e defensor ao mesmo tempo. Saímos atrás no escore
e tudo se encaminhava para um novo dissabor num intervalo de poucos
dias. A traumatizada torcida do Timbú, iludida, já
ensaiava seus animados passos de frevo e comemorava sua modesta
desforra represada há quase três anos. Tempo regulamentar
estourado, acréscimos se esgotando e, nos últimos
segundos, bola na área. Bate (Pereirão), rebate e
pimba na gorduchinha (Réver). Os zagueiros artilheiros do
Grêmio, bons no cabeceio e nos arremates trataram de estufar
as redes pernambucanas. Gol. Novo drama toma conta das arquibancadas
dos Aflitos por culpa do carrasco Grêmio. A incredulidade
generalizada contrasta com o setor visitante que, naturalmente,
explode de contentamento. Que sina esta do Náutico Capibaribe
e do seu estádio quando enfrentam o glorioso e imortal tricolor
! São roteiros que, de fato, beiram o sobrenatural. Na seqüência
teremos o Vasco da Gama no Monumental. Equipe que cumpriu com o
honroso dever de segurar a ascendente estrela Botafoguense. Vai
ser mais uma partida para uma multidão de gremistas comparecer
e apoiar incansavelmente. Se nas últimas duas rodadas os
astros e a ruindade alheia conspiraram para que os rivais pela liderança
também tropeçassem, não podemos esquecer que
dependemos somente de nós mesmos para chegarmos ao título.
Portanto, fazer o dever de casa é obrigatório
e vencer e vencer é a palavra de ordem no vestiário
com a qual todos devem estar solidariamente comprometidos.
Da nossa parte seguimos, como é tradicional, acreditando.
Força Grêmio!
|
Repercutiu.
A indignação da maior e melhor torcida do Sul
do Brasil abarrotou de mensagens o site do marqueteiro Milton
Neves. Na abertura de seu combalido programa (que tem, cada
vez mais, raquítica assistência em termos nacionais),
procurando ser irônico, agradeceu a Nação
Gremista pela fantástica "audiência"
propiciada. Segundo ele, cerca de "4.000 emails com xingamentos
de toda espécie foram recebidos durante a semana".
Na seqüência ficou pateticamente tentando se explicar
(entre uma nova provocação e outra), reclamando
que seu espaço de mídia não é
regionalista/bairrista. Pediu ainda, indignado, que os gremistas
cobrassem as razões da presidência do clube não
ter ido ao "terceiro tempo" neste último
domingo (após confirmar convite). Além disso,
choramingou que não foi completado o link em que o
goleiro Victor entraria ao vivo nesta mesma transmissão.
Não sei os motivos para ausência do presidente
nesta tribuna de achaques da imprensa paulista. Agora, se
foi boicote, tem o nosso apoio. Fazer o quê
num ambiente sórdido que tenta desqualificar e deslegitimar,
sistematicamente, uma liderança (com todas estatísticas
a favor) conquistada soberanamente no gramado? Não
merecem, por certo, que nenhum representante ou profissional
do Grêmio (até o final deste campeonato e mesmo
depois) prestigie tal disparate. O outro comunicador
(?) desta bancada amarga não tem adjetivação
possível. Nenhum vocábulo é suficiente
para expressar o quanto é rastejante o animal repulsivo
que responde pela alcunha de Paulo Morsa. Sujeito mau caráter,
covarde, e que tem expressado permanente e incontrolável
ranço com os gaúchos. Protestamos e demonstramos,
maciçamente, espontaneamente, o poder da nossa torcida.
Dentro e fora de campo. De agora em diante, entretanto, devemos
deixá-los no ostracismo, acompanhados do nosso mais
solene desprezo. Até porque, um dia, mais cedo ou mais
tarde, terão que desembarcar nestes pagos (isso se
a vigilância sanitária do RS permitir, lógico)
e receberão, com certeza, todo carinho que merecem.
Fica, porém, a expectativa da diretoria do clube formalmente
se manifestar contra estes ataques sofridos pelo Grêmio.
Pois
é, tricolores. Mais um Grenada e na nossa casa. Vai
ser naquele horário para dificultar o deslocamento
de quem trabalha e gosta de ir ao jogos. Igual, lugar de gremista,
na quinta-feira, é no Olímpico ! Show nas arquibancadas
e todo incondicional apoio ao time que for escalado (penso
que deveríamos reforçar os que vão pro
jogo, mas, tudo bem), pelo técnico da equipe líder
do brasileirão, é algo confirmado de antemão.
As circunstâncias deste novo confronto não se
modificaram substancialmente desde aquele embate lá
no aterro. Os rivais jogam praticamente o semestre e o seu
treinador gremista, por que não, também o emprego.
Do nosso lado, não se pode esperar outra coisa que
não seja muita pegada e todo empenho para vitória,
além da motivação extra das declarações
feitas recentemente na Serra pelo ex-presidente Fernando Carvalho
(que anda se esquecendo da sua condição de dirigente)
menosprezando a campanha tricolor na temporada e o conjunto
do seu plantel.
|
TODOS
AO MONUMENTAL!
Jorge
Bettiol
ducker.com.br
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OS
CRETINOS (19/08)
Até
mesmo o ranzinza Muricy Ramalho não ousou questionar a superioridade
do Grêmio nesta competição. Disse ele, após
a derrota, que o Grêmio estava com jeito de campeão.
E foi assim que jogamos contra o burocrático e pouco inspirado
São Paulo no domingo: soberanos e determinados a obter mais
três pontos. Se é verdade que o bandeira errou no lance
da conclusão do Perea, é inegável que ao término
dos 90 minutos somente o tricolor gaúcho poderia ter a pretensão
de chegar a novo triunfo. Caso não saísse este gol
na largada, alguém duvida que não estufaríamos
as redes adversárias mais cedo ou mais tarde ? Temos um time
encaixado, bem postado taticamente, firme na marcação
e que sempre avança com perigo. Está ficando difícil
destacar algum dos nossos jogadores individualmente, afinal, todos
estão merecendo reconhecimento. E aí, fiel leitor,
a grande virtude: o espírito coletivo deste plantel, seu
comprometimento solidário jogo a jogo. Um grupo que, mesmo
com todo este momento positivo, não se deixa contagiar por
alguma euforia displicente. E o Roth tem sido fundamental ao alertar
sobre a exigência de se evitar uma auto-suficiência
e a necessidade de trabalharmos cada vez com mais determinação.
Ganhamos outra e a seqüência favorável nos traz
as melhores perspectivas. Quanto ao alegre Richarlyson (ídolo
da turma do Morumbi com suas chuteiras de saltinho) e toda sua descontraída
turma, convenhamos, não poderiam aspirar melhor sorte nesta
última rodada. Resta o choro e a garantia de assistir a Libertadores
de 2009, confortavelmente, pela televisão.
Outro espetáculo.
Realmente empolgante, destes que acelera o coração.
Debaixo de mais um daqueles dilúvios bíblicos que
tem desabado sobre Porto Alegre, a onda de entusiasmo gremista enfrentou
a intempérie e fez balançar o Monumental. O cimento
estremeceu com a trepidante torcida que é referência
em todo Brasil e faz escola (embora notória a incompetência
dos seus alunos espalhados pelo território nacional) por
onde passa. Os mais de 40.000 enfrentaram a enxurrada com muita
cantoria, punhos cerrados e devoção. Não pararam
um minuto sequer e via-se toda circunferência do estádio
(para desespero de comedores de amendoins entrincheirados nas cadeiras
e nas sociais) acompanhando o ritmo que era ditado desde a Geral
e que se espraiava instantaneamente, explosivamente. A exceção
era o diminuto espaço destinado a uma modesta representação
de bambis que escondiam-se sob a marquise dos visitantes, atrás
de duas faixas, testemunhando o show dos locais. Que festa, que
ciumeira que causa esta nossa inigualável massa torcedora!
Não só nos pagos da Província, mas também
pelos rincões mais distantes deste país no qual, desculpem
a franqueza, temos muita dificuldade de nos reconhecer.
Certo.
Temos que falar no Grenada. Estavam me incomodando aquelas declarações
que, na véspera do clássico e partindo do nosso lado,
desdenhavam da competição sul-americana. Sobre esta
Copa, não entraremos no mérito, até pelo fato
de termos abordado o tema na coluna anterior. O importante é
que os que foram ao aterro para jogar com a nossa gloriosa camiseta
a honraram. Não houve descomprometimento por parte dos atletas
gremistas. A gurizada e alguns veteranos deram conta do recado e
frustraram a milionária equipe da Padre Cacique e seus pouco
mais de 25.000 assistentes. Numa noite de pompa do lado rubro (com
estréias de refinados galácticos, uns mais obesos,
outros mais arrogantes), a festa foi tricolor. Normal. Com direito
a avalanche e clássicas músicas que celebram toda
alegria de ser gremista e o desprezo pelos respeitáveis oponentes.
Aliás, a imposição da nossa torcida foi total.
Na saída das equipes, os proprietários do campo pifa
tiveram sua recepção amplificada por alto-falantes
(ver foto neste site). Mesmo assim, no meio da nossa destemida torcida
(que ocupou todo seu "generoso" espaço), não
se escutava a assistência local. E, bola rolando, bom, aí
foi o de praxe: descontrole tricolor, alento incessante e as nossas
vozes ecoando pelas arquibancadas dos caras. O Grêmio e a
sua galera de fé mandam. Sem surpresas.
O que precisa ficar mais uma vez registrado é o indigno tratamento
que a direção do co-irmão dispensou a maior
e melhor torcida do Sul. Cada vez diminuem mais os espaços,
procurando prensar os copeiros visitantes naquele cimento apodrecido
e que parece prestes a esfarelar. Nos cercam de grades e, agora,
criaram um corredor de tapumes de vários metros no acesso
ao barral por medo de "vandalismo" em sua pantanosa área
patrimonial. No chamado "portão 3", deixaram um
gradil trancado, abriram somente um ao lado e colocaram três
modernas catracas de acesso (para dificultar a entrada e amontoar
nossa torcida) provavelmente utilizadas desde a época do
desmoronado Eucaliptos. E o que foi o deslocamento da nossa torcida
? Tchê, a BM inventou um "tour" pelo Marinha do
Brasil que beirou o surrealismo absoluto. Tudo, claro, visando evitar
confrontos e depredações na "fabulosa" estrutura
que submerge a cada temporal na Padre Cacique. E, por sorte, não
choveu ! Do contrário, amigo gremista, dependeríamos
dos Bombeiros (com os quais temos boas relações –
cansam de emprestar caminhões para exibirmos troféus
pela cidade afora) e a Defesa Civil do município para superarmos
o alagamento constante daquela área e irmos apoiar o Grêmio.
De qualquer modo, como sempre, valeu ! Enfrentamos ingresso caro,
horário absurdo, equipe de suplentes e todas estas outras
cretinices e lambanças citadas. E não nos arrependemos.
Estamos em todas, nas boas e nas ingratas. Nos momentos de comemoração
e nas dificuldades. Somos a torcida do Grêmio, a que tem brios,
orgulho e um sentimento que transpõem todo e qualquer obstáculo.
Não
conheço a mãe do Milton Neves. Nem sei se a velha
é viva. Não deve ser (ou ter sido) má pessoa.
Tem até a minha consideração. Pensa bem tricolor:
foram nove meses de gestação para parir um cretino
desses e uma vida inteira tentando educa-lo e corrigí-lo.
O tal de Paulo Morsa, por certo, não tem genitora. Sua empresa
(Band) faria melhor se o cedesse novamente aos bispos da Rede Record
para trabalhar como coadjuvante nos desenhos do Pica Pau, ou, quem
sabe, cede-lo a algum zôológico (o que causaria certa
revolta nos outros animais). Dizer o quê destes porta-vozes
do rico futebol paulista (e tmb. do querido Flamengo) ? No último
programa dominical, um feroz ataque ao Grêmio foi desferido
e com a nítida intenção de condicionar as arbitragens
das próximas rodadas. Sob o pretexto de que estamos sendo
"beneficiados" procuram ofuscar toda brilhante campanha
gremista e a dianteira inconteste e merecida. Os campeões
do "apito amigo" propondo a execração de
um clube que sempre foi prejudicado Logo quem criticando ! Que moral
possuem ? A mediocridade dos árbitros brasileiros é
notória e os prejuízos tem sido generalizados neste
campeonato. O próprio Grêmio sofreu vários e
, diga-se de passagem, sem a repercussão e o alarido propiciados
pela mídia do sudeste. Aqui mesmo o mal intencionado Diário
Gaúcho estampou uma capa em que colocava a liderança
e destacava (coisa que não fizeram com os gols de Nilmar
em impedimento, por exemplo) o "gol irregular" do tricolor.
Mas, voltando ao Milton Neves e cia., não podem ser levados
a sério. Vide que os próprios colegas de emissora
sequer os consideram jornalistas e pessoas idôneas. Acesse
aqui http://www.youtube.com/watch?v=Why2zlcRDk0 e veja o recente
desabafo de Luciano do Valle acerca dos seus companheiros de bancada
(incluindo Godoi e Neto) nas transmissões. Precisa falar
mais alguma coisa ? Por fim, não sejamos injustos. Toda mãe
tem o seu limite.
Jorge
Bettiol
ducker.com.br
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PASSO
A PASSO (11/08)
No
meio da semana foi em ritmo de treino. Claro que o torcedor que
foi ao Monumental queria mais: de preferência uma chapoletada
contra o destemido Ipatinga. Aquele gol do Perea, quando boa parte
dos gremistas ainda chegava ao estádio, indicava uma sonora
goleada. Na avalanche, ou nas filas que ainda estavam formadas nos
portões de acesso, todos acreditavam num placar "a la
Floripa" para aumentarmos consideravelmente nosso saldo de
gols. Não foi o que rolou e a sonolência do time quase
custou muito caro para quem almeja tanto. Jogamos para o gasto.
Nossa regularidade impressionante deixou a equipe à vontade,
arriscando até uma certa displicência. De qualquer
maneira, no final, todos os méritos para o vencedor, mesmo
com aquela vacilada do arbitro, impedindo os mineiros de baterem
uma falta no finalzinho (que, aliás, poderia resultar rigorosamente
em nada). Festa nas arquibancadas, senhoras e senhores, e mais de
30.000 gremistas, mais uma vez, voltando exultantes para suas casas.
E no sábado ? Bom, foi parada duríssima até
o apito inicial. Afinal, o Atlético Mineiro tem sua tradição
e merece respeito. Bola rolando, contudo, só deu Grêmio.
Verdade que São Victor operou mais alguns milagres destes
que até mesmo o mais fervoroso comedor de hóstias
ficaria cético ao escutar o relato. Só que o volume
de jogo, a iniciativa, a imposição foi toda tricolor.
Não por acaso, pois temos no momento um time muito superior
física e taticamente à maioria esmagadora dos adversários.
E agregue-se a isso a qualidade de alguns jogadores, a coesão
do grupo e o trabalho incessante dentro do vestiário. Foi
4x0, mas poderia ter sido mais dilatado o escore. Até parece
que pretendiam descontar no Galo o que não foi feito contra
o Ipatinga ! A torcida mineira, além de vaiar muito seus
próprios jogadores, ainda nos agraciou com um retumbante
"olé" enquanto tocávamos soberanamente a
pelota no Mineirão. Foi um passeio. Jogadores como Tcheco,
W. Magrão e Rafael carioca tem sobrado. Marcel e Perea estão
sempre ali para conferir e Reinaldo e Souza estão pedindo
passagem. Na zaga, Pereira é o xerifão. Ganhamos o
turno com toda justiça e, agora, passo a passo, vamos em
busca do caneco. Cada disputa será decisiva e teremos que
nos empenhar sobremaneira para celebrarmos, em dezembro, esta desejada
conquista. O primeiro confronto será contra a descontraída
equipe do São Paulo. Aquela treinada pelo carrancudo Muricy
Ramalho que, em 2007, empenhou-se ao máximo para que não
obtivéssemos a vaga para Libertadores deste ano. Chegou o
momento de retribuirmos tanta preocupação com o Grêmio
e deixarmos os paulistas o mais distante possível do chamado
"G4". Casa cheia. Vai faltar espaço para multidão
gremista no próximo domingo.
O
presidente Odone, recentemente, desdenhou da Copa Sul-Americana
num programa de televisão. Alegou que a mesma "paga
pouco" e "não tem o prestígio e a importância
de uma Libertadores". Todos nós sabemos dos privilégios
aos argentinos (Boca e Ríver) e até concordo em parte
com estes argumentos citados pela presidência. Porém,
não aceito a conclusão e a atitude de menosprezar
o certame. Ora, é inegável que tal torneio algo acrescenta
para seus participantes. Não só em visibilidade, mas
também economicamente. Se fosse tão ruim assim, se
desse prejuízo, melhor seria nem aceitar a vaga garantida
no último Brasileirão e abrir espaço para outro
clube ! A questão é saber conciliar esta boa e afirmativa
fase na competição nacional com o calendário
apertado que agora advém. Evidente que planejamento e prioridade
é fundamental para quem pretende chegar a vitórias
e títulos. Ocorre que temos um vasto plantel e com boas referências
técnicas, inclusive. E, não fosse por esta razão,
o que nos aguarda é um clássico. Mais um Grenada que
todo torcedor gremista quer vencer e nenhum dirigente, plantel,
comissão técnica pode se desobrigar de tentar ganhar
! A imprensa amarga e sórdida, na sua maioria, escancara
que gostaria de ver o Grêmio com uma "equipe mista, ou
reserva". No seu íntimo, o desejo de tripudiar com nossa
camisa em caso de algum insucesso. Por outro lado, sabemos que alguns
gremistas, via meios de comunicação, tem uma tese
honesta de "poupar" alguns atletas e focar somente no
Brasileirão. Particularmente, entendo que deveríamos
colocar em campo o que temos de melhor e disponível para
esta quarta-feira. Penso que o merecido bom momento é mais
um motivo para dispensarmos, nesta largada da Sul-Americana, todo
empenho na disputa. O que ocorrerá mais adiante com as competições
afunilando ? Bom, aí teremos que analisar. O fato é
que seria não só desrespeitoso com a Nação
Tricolor, mas também inadmissível não ambicionarmos,
que fosse, a eliminação dos vizinhos nos dois confrontos.
Discursos melosos e descompromissados são comuns de ambos
os lados e sempre com o intuito de dispersar o oponente. Mas, sinceramente,
não colam e, muito menos (quando se trata de Grêmio)
podem se confirmar na prática. Se até a véspera
da partida continuarem as especulações sobre escalação,
a certeza de sempre, ao menos, estará garantida: independente
de quem vestir a gloriosa "jaqueta" tricolor, terá
todo apoio da apaixonada torcida gremista. Com o Grêmio, onde
ele estiver (inclusive no aterro) e demonstrando o seu extraordinário
apoio e o seu inigualável sentimento.
Jorge
Bettiol
ducker.com.br
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ORGULHOSA
TORCIDA (04/08)
|
Antes
da partida em Curitiba, comentava-se nas bandas paranaenses
que "líder é para ser derrubado".
Normal e compreensível o adversário pensar assim.
Só que, na prática, bola rolando, aconteceu
justamente a afirmação desta liderança
que merecidamente ostentamos. Por uma destas ironias do futebol,
os destaques da partida foram dois ex-jogadores do Coxa: Tcheco
e Marcel. O primeiro, além de capitão, tem sido
o novo maestro do time: desarma, articula, orienta os companheiros
e se apresenta em quase todos os espaços do gramado.
Já o nosso cabeceador nato (para desespero dos zagueiros
oponentes) tem sido eficiente no jogo aéreo. Um triunfo
justo e valorizado pela boa equipe do Coritiba que, apesar
do esforço, não conseguiu superar nosso bem
montado esquema defensivo e pouco agrediu nossa meta. Já
no Monumental tivemos outro enfrentamento de "seis pontos"
e contra um adversário que faz por merecer a posição
que ocupa na tabela. O Vitória do competente Mancini
nos deu trabalho especialmente na primeira etapa. Apesar da
nossa vantagem inicial, não se intimidaram e foram
em busca do resultado. Verdade que o Grêmio não
deixou por menos e também soube se impor. Após
o intervalo, contudo, a supremacia foi totalmente gremista.
E, sinceramente, poderíamos ter outro placar. Com certeza
mais elástico ! De qualquer maneira, o fundamental
foi à vitória sobre os baianos do Vitória
e o entusiasmado carnaval gaúcho em pleno inverno.
Dizer quem se sobressaiu ? Todos foram muito bem ! Em homenagem
ao grupo citaria a entrega de Perea que tem se dedicado de
maneira exemplar em todas as peleias. E se for pra demarcar
especificamente o que rolou neste domingo, dois momentos protagonizados
por Victor e Reinaldo. Mais uma defesa cinematográfica
(praticamente impossível, mas feita) e um petardo no
segundo gol que, após lesionar as mãos do goleiro
rubro-negro e esparramar acarajés e vatapás,
deu impressão que romperia as redes (e aqui um elogio
ao fabricante pela qualidade do resistente material). Seguimos
na dianteira, prezados leitores. E, nesta quarta-feira, tarefa
dupla: além do dever de manter o posto, precisamos
vingar o ferido orgulho rio-grandense contra o traiçoeiro
Ipatinga. Depois, é visitar o Galo no Mineirão
na derradeira batalha deste primeiro turno. Chegaremos lá.
Nós acreditamos.
A
torcida gremista é um modelo, uma referência
nacional e que chama atenção inclusive no exterior.
O embate no Monumental tem sempre as arquibancadas repletas
e uma vibração inigualável, absolutamente
distinta. Esta vanguarda representada pela Geral e pelo conjunto
da Nação Gremista é oriunda de um sentimento
único: em azul, preto e branco. É o que nos
move, não sendo possível, portanto, ser reproduzido
por outras torcidas. Mas, reconhecemos que este espetáculo
de apoio incessante também está ocorrendo fora
do Olímpico. Basta ter como personagem a própria
torcida do Grêmio, no caso, como visitante. Semanas
atrás foi em Recife, na Ilha do Retiro. Recentemente
em Floripa (com mais de 4.000 tricolores presentes e uma recepção
fantástica) e igualmente em Curitiba (todos os 3.400
lugares ofertados ocupados pela nossa galera e centenas de
outros gremistas sem acesso por não haver mais entradas)
! Soberania absoluta da nossa parte e, do outro lado, não
raro, silêncio e admiração. E não
confundam este orgulho que possuímos com arrogância,
por favor. Exaltamos nossa presença, pois temos copado
tudo. Antes mesmo da liderança, já éramos
ponteiros nos quesitos de público e renda neste campeonato.
Os primeiros em vibração, os primeiros nas bilheterias.
Além disso, somos a maior torcida fora do eixo RJ-SP
e a sexta colocada em todos os rankings nacionais, das pesquisas
de institutos especializados ao Timemania. Será que
não devemos elevar tais feitos ? Claro que sim ! Porra,
então não se aborreçam pelo Brasil afora
conosco ! Simplesmente aprendam (por que fazer igual, desculpem
a franqueza, não conseguirão) a respeitar a
orgulhosa torcida do Grêmio !
|
Dia
destes recebi um extrato (remetido por um gremista) de uma hilariante
coluna daquele rapaz engomadinho do jornal Zero Hora. Ficcionalmente,
o citado fazia a defesa do "motivo" pelo qual o Grêmio
era menos mancheteado do que o rival. Seria pelas "contratações"
recentes. Ora, até parece que sempre antes ou depois dos
nossos jogos (nesta fase de sucessos) desembarca algum reforço
na Padre Cacique. Aliás, tal "justificativa" é
tão pífia quanto a campanha do milionário co-irmão.
E, diga-se de passagem, nenhum problema em dar espaço ao
outro lado. O que pedimos é eqüidade, equilíbrio
na cobertura esportiva. Nenhum privilégio para o Grêmio,
mas sim proporcionalidade. Isso deveria constar na capa dos jornais
da RBS, por exemplo. Não é o que ocorre. No domingo,
a referida Zero Hora simplesmente resolveu ignorar qualquer chamada
para a partida do tricolor em Porto Alegre. Antes disso, o tablóide
Diário Gaúcho (campeão regional em surrupiar
os fatos positivos do Grêmio nas suas manchetes), após
a vitória no Paraná, escondia o feito (reafirmação
da liderança) com uma manchete mórbida e policialesca.
Fora da aldeia, é comum que nos discriminem (afinal, já
apanharam muito do querido tricolor). Não esperamos reconhecimento,
com raras e honrosas exceções, dos veículos
e colunistas do Sudeste. Para estes que são majoritários,
qualquer alusão aos clubes do Sul é comumente repleta
de ranços, ou é econômica, distorcida. Vejam
o caso cretino de algumas matérias da Globo.com alertando
sobre o "excesso de faltas do Grêmio" na atual disputa
nacional. Ou, quem sabe, tentem assistir programas do tipo "Globo
Esporte" para contar alguns segundos que façam menção
ao líder do brasileirão. Mas, voltando a Província,
qual será afinal o conceito de "fato jornalístico"
no caso esportivo para o besuntado consumidor de gel David Coimbra
e seus pares ? Uma época esta turma não tinha dúvidas:
fato jornalístico, com os devidos destaques, era a "violência
da torcida do Grêmio". Bem que a RBS poderia aproveitar
a remessa de parte da amargura (esqueceram vários outros
por aqui) ao Oriente e abrir uma sucursal em Pequim. Poderiam, quem
sabe, ficar por lá ! Residindo, enrolando os chineses e remetendo
colunas sobre gastronomia exótica, amenidades e torneios
de ping-pong.
Jorge
Bettiol
ducker.com.br
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AMÉRICA
TRICOLOR (29/07)
|
Sete
pontos nos últimos nove disputados. Uma liderança
inconteste e que tem tudo para se consolidar. Claro que poderíamos
e deveríamos ter ganhado a partida contra o Palmeiras.
Jogamos melhor (metemos duas bolas na trave), mas não
foi o suficiente para derrotarmos o gramado encharcado e os
paulistas que vieram a Porto Alegre para catimbar e fazer
o tempo passar rapidamente. De qualquer maneira, os mais de
36.000 gremistas (que enfrentaram um verdadeiro dilúvio)
reconheceram o esforço dos seus jogadores e saudaram,
especialmente, a gurizada da base (entre eles Anderson Pico)
que teve excelente desempenho. Antes disso, numa atuação
exuberante do combativo Paulo Sérgio, havíamos
matado a raposa e, no meio da semana, massacrado o sempre
difícil Figueirense. No histórico jogo de Floripa,
aquela preocupante escassez de gols do nosso ataque foi quitada
com juros e correção. Se o árbitro tivesse
propiciado algum acréscimo, com certeza o placar teria
sido mais dilatado. Uma extraordinária atuação.
Todos devem ser saudados. Contudo, o maior destaque em todos
estes embates, torçam o nariz os corneteiros de plantão,
tem sido Celso Roth. Demonstrando equilíbrio e maturidade,
não se deslumbrou com o bom momento que tem justificadamente
empolgado a torcida. Gostei das suas últimas manifestações
e até compreendi outras, com as quais não tenho
total acordo. O fundamental é que nosso treinador é
ciente dos débitos (subjetivos e objetivos) que possui.
E o fato é que está buscando na prática,
com muito trabalho, a superação de insucessos
passados. Tal atitude, somada a postura do grupo, nos garante
um ambiente profissional e traz boas perspectivas para seqüência
deste longo campeonato. Podemos chegar. Nós, como bons
gremistas, acreditamos sempre. O próximo desafio (onde
precisamos recuperar os pontos não somados na última
rodada) é a boa equipe do Coritiba, disputa encardida
em terras paranaenses. Já no final de semana, receberemos
os baianos no Monumental. Outro jogo para casa cheia e que
promete novo espetáculo da inigualável torcida
gremista.
Amargura
que não tem fim. Falar nas capas do Diário Gaúcho
e na sua notória desproporcionalidade na cobertura
da dupla está até cansando. Semana passada,
outra safadeza: comparem o destaque dado à goleada
do líder Grêmio em SC com a manchete destinada
ao co-irmão após o jogo contra os bambis. Sem
explicação. Já nesta segunda foram obrigados
a nos dar certa promoção nos espaços,
até para esconder o fiasco da vizinhança frente
ao Ipatinga. Mas à Zero Hora dominical também
se superou. Na capa, ao invés de uma chamada do tipo
"Grêmio defende sua liderança", repercutindo
o que seria o principal jogo daquele dia no país, preferiu
chamar uma matéria sobre a "baixa" folha
salarial do tricolor e como, mesmo assim, chegamos à
primeira posição na tabela. Querem, mais ? Programa
do Milton Neves na Band. O Godoy, que só como arbitro
talvez tenha sido pior do que na função de comentarista,
dizendo que "o Grêmio foi beneficiado pela arbitragem
contra o Palmeiras". Para "comprovar" sua bombástica
denúncia, apresentou dois impedimentos marcados (que,
aliás, caso seguissem os lances em nada resultariam)
e teve a proeza de considerar o gol gremista como ilegítimo.
Alegou, irresponsavelmente, o que não conseguia ver
nem mesmo pela câmera da sua emissora. Sugerimos que
busque se informar com a concorrência e procure o teipe
com a imagem dos registros feitos atrás da goleira.
Por esta privilegiada lente, comprovará que nada houve
de irregular. E, convenhamos, só o Flamengo (com seus
gols de mão e tudo mais) é mais querido que
os clubes paulistas nos afagos das arbitragens. Não
é uma opinião, é a própria história
das competições nacionais que assim atesta.
|
A
lembrança é das melhores. Começou na fantástica
mobilização para primeira partida. A caravana de ônibus
que partiu do Olímpico rumo ao Centenário somou-se
aos milhares de tricolores que foram com outras excursões,
seus carros ou via aérea, de todo RS e de outras localidades.
No total, cerca de seis mil gremistas foram ao Uruguay defender
as nossas cores. Tive o privilégio, com outras parcerias
de fé, de me somar aquela aguerrida representação.
A batalha da partida final, em Porto Alegre, foi o segundo momento
da guerra que travamos no país vizinho. Peleja dentro e fora
da cancha. Nada jamais igualará La Plata ´83, mas a
bronca foi grande, amigo leitor. A hinchada carbonera nos recebeu
"muy bien". Confusão antes, durante e depois da
partida. O policiamento local teve dificuldades para conter os ânimos
e evitar o confronto. Gente ferida, veículos depredados,
mas aquela disposição de enfrentar o que fosse na
busca do sonho de sermos os donos do continente. O empate em Montevideo
nos encheu de confiança e deu esperança a grande Nação
Gremista. No retorno, nossa casa recebeu quase 74.000 torcedores
(num tempo em que se tinham mais arquibancadas e menos cadeiras)
que acreditaram ser possível aquele feito inédito.
Vencemos com aquele gol fantástico do Cezar, depois da jogada
surpreendente do Renato Portaluppi. Que comemoração
! E ainda tivemos tempo, ao final da partida, para retribuirmos
aos torcedores uruguaios visitantes toda "atenção"
recebida na partida de ida. O jogo ? Bueno, foi à expressão
fiel do que um dia foi esta competição: o bicho pegando
a todo instante. Muita provocação, cusparadas, socos,
pontapés, carrinhos. Porrada direto. Não estamos aqui
fazendo apologia do vale-tudo, mas apenas o relato de como se jogava
a Libertadores. Na minha modesta avaliação, de uma
forma mais autêntica, quem sabe mais próxima dos primórdios
do glorioso esporte bretão. Tudo bem, igual respeito (apesar
de achar um exagero e até uma frescura) os que dizem que
esta disputa sul-americana foi "civilizada" e que saímos
da barbárie. Talvez esta nova etapa, mais suave e polida,
tenha colaborado decisivamente para surpresas do tipo Once Caldas,
vizinhos e LDU. Mas, sem querer ferir suscetibilidades, reafirmo:
era muito mais complicado e, por isso, muito mais emocionante ser
Campeão da América nesse período . Uma época
em que os capitães das equipes não usavam tiaras,
produtos importados nas melenas (e muito menos cremes faciais) e
não chovia papel laminado ao se erguer um troféu.
Uma época de chuteiras embarradas, pressão absurda,
em que o sangue escorria pelo rosto e, por isso mesmo, regozijava
os vencedores. E que ninguém distorça: não
estamos abdicando de lutar por um tricampeonato desta competição,
apenas contextualizando, historicamente, o que vivemos. Portanto,
na passagem destes 25 anos (28/07/83), nossa eterna gratidão
aos que , nos gramados, na comissão técnica e no corpo
dirigente, foram expoentes nesta conquista !
Parabéns
ao Grêmio e a todos nós !
Jorge
Bettiol
ducker.com.br
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RODA
DA VIDA (17/07)
O
fado é aquele ritmo popular português que traduz certa
melancolia. E o Grêmio, no recente enfrentamento com os lusos,
teve um início de partida preocupante. Com dificuldades de
ter a posse de bola foi amplamente dominado por um esforçado
adversário. Victor, como é tradicional, fez defesas
extraordinárias. Os jogadores tricolores pareciam perdidos
e, como resposta, se resumiam a alçar a pelota de qualquer
maneira em direção ao gol dos visitantes. A displicência
da equipe ficou bem ilustrada no passe involuntário que Léo
ofertou e resultou no gol da Portuguesa. Nada que justificasse as
vaias dos comedores de amendoim (concentrados especialmente nas
cadeiras e sociais) que, bom frisar, tem por hábito justamente
resmungar contra a equipe que dizem torcer. Estes tipos intratáveis,
brigados com a vida e o mundo, deslocam seu aborrecimento também
para o campo de futebol. Ao menos poderiam direcionar seu ranço,
produtivamente, contra a outra equipe, o trio de arbitragem quem
sabe ? Até mesmo, por que não, contra o próprio
vendedor de amendoins ! Reclamem do preço, da embalagem,
do produto, do raio que o parta. Mas, não. O êxtase
destes indivíduos é cornetear, durante a partida,
os que nos representam, os que vestem a nossa camisa. Menos mal
que as arquibancadas, na sua esmagadora maioria, têm conseguido
abafar tais manifestações. E por este incentivo, um
Tcheco que reestreava bateu um escanteio que encontrou Marcel ,
centroavante que estava em débito com o torcedor gremista.
Gol. Desafogo e arrancada para um segundo tempo que fez os portugas
levarem o "vira", de novo com Marcel. Uma bucha que nos
trouxe a vitória e levou quase 25.000 gremistas a uma grande
e justa comemoração. Mesmo com a necessidade de ajustes
e melhoras (e os reforços estão chegando, como Orteman
e Souza e fala-se em mais um avante) o resumo é que cumprimos
o dever de casa.
Já
o frevo, quando se trata de Grêmio, é música
praticamente gauchesca. Não nos causa aflição
e sabemos todos os passos. Verdade que, neste último embate
contra o Sport, ficou certo aborrecimento. Afinal, poderíamos
ter saído de "la bombonilha" (eu, particularmente,
chamaria de la comédilha o estádio
dos rubro-negros pernambucanos), tranqüilamente, com 24 pontos
na tabela. O time não se intimidou, não jogou acuado,
com excesso de preocupação defensiva. Procurou o resultado.
Apresentamos volume de jogo, velocidade e dividimos quase todos
os lances no melhor estilo Sandro Goiano. Só não fomos
competentes em administrar as duas vantagens e as bolas paradas
do adversário. O que nos custou um empate e certa frustração.
Marcel, mais uma vez, esteve presente quitando seus débitos.
Se não estufou diretamente as redes, colaborou nos gols de
William Magrão e Rodrigo Mendes. No sábado, teremos
a caça a raposa no Monumental. Jogo de fundamental importância.
Daqueles emblemáticos, afinal vale seis pontos e pode nos
levar a encostar na liderança. Depois, é Floripa.
Terra de uma multidão de gremistas e contra o Figueira. E
a gurizada de lá, Lorenzo e outros borrachos de fé,
tão organizando o chamado "bobinaço catarina".
Uma recepção digna de um Campeão do Mundo,
de um Bi-Campeão da América. Vai ser bonito.
Ronaldinho
Gaúcho vai para Itália. Para delírio e alívio
dos torcedores da Catalunha já fez as malas e desembarcou
no Milan de Berlusconi. Apresentando um porte físico que
lhe trará dificuldades para correr em novos comerciais de
desodorante, se diz pronto a recomeçar sua cambaleante carreira.
Em baixa nas últimas temporadas e mais vistoso nas baladas
que nos gramados, procura resgatar sua arranhada imagem com bem
boladas estratégias de marketing. ''Humilde'', se coloca
a disposição do selecionado Olímpico em busca
da vitrine de Pequim. Recentemente, tendo com trilha sonora músicas
melosas, posou ao lado de familiares numa série de reportagens
do "Esporte Espetacular" da Rede Globo. Entre lágrimas
e abraços, os Moreira elogiaram a simplicidade e a honestidade
do caçula milionário. Seu irmão Assis, expoente
e empresário do clã, aproveitou os programas para
falar em "ética" e nos bons valores praticados
no ambiente doméstico. Comovente. Contudo, o fato é
que Ronaldinho Gaúcho é um renegado (e
nem mesmo a vexatória direção da época,
hoje nos Tribunais, o absolve). E esta mácula vai carregar
pelo resto da vida. Deve tudo que tem aquela acolhida que o Grêmio
lhe propiciou desde tenra idade. Seu inegável talento
foi aperfeiçoado durante 14 anos nos campos tricolores de
Porto Alegre. Seu irmão mais velho, conhecido pela
ganância, é outro mal-agradecido histórico e
deve sua carreira ao nosso glorioso clube. Ronaldinho, ao
sair pela porta dos fundos e rejeitar sua própria origem
no Estádio Olímpico (chamado por ele em tempos remotos
de "minha segunda casa") deixou como legado o desprezo
eterno da grande Nação Gremista. Desde que
assim procedeu (e passaram-se sete anos), por ocasião da
cláusula FIFA que destina 5% para o clube que forma e desenvolve
os jogadores, o Grêmio correu atrás (a cada transferência)
para receber um montante que beira os dezenove milhões de
reais. Uma ninharia se comparado aos valores de negócios
desse porte e que correm pelo mundo. Até mesmo o maior talento
(gremista de nascimento, aliás) desenvolvido pelos vizinhos,
em negociação direta, rendeu o dobro desta quantia.
Noticia-se que para desembarque em terras italianas, os Moreira
abriram mão dos 15% a que teriam direito e transformaram
a "bagatela" dos três milhões e seiscentos
mil euros numa variável por desempenho. Quanta generosidade.
A história, já nos foi ensinado, só pode se
repetir como farsa. Não vai demorar para que Ronaldinho seja
novamente idolatrado, saudado com entusiasmo pelas ruas de Milão.
Mas, ironicamente, tal celebração partirá dos
rivais da Internazionale. Alguém aposta o contrário
?
No
último final de semana, no Monumental, talvez muitos torcedores
não tenham visto a cena. Alguns enxergaram apenas o segundo
momento, quando pai, mãe , as irmãs e o menino saíram
juntos, de mãos dadas, pela pista atlética e acenaram
para os torcedores. Um pouco antes, o Felipe Meereis, portador de
leucemia, tinha convertido e batizado sua mãe (ex-apoiadora
do co-irmão) formalmente e oficialmente. Dirigentes do clube
ofertaram uma camisa tricolor e ali mesmo se fez um rápido
e singelo ritual perante alguns outros milhares de gremistas. Ao
vestir azul, preto e branco, abraçou o filho e os demais
familiares. Num caso raro, descobriu-se que a medula da mãe
é compatível com a do filho. E o Felipe, amigo leitor,
só aceitava receber um transplante gremista. Exigência
inarredável. Aquela cena de todos os Meereis abraçados,
lembrou a corrente que os jogadores fazem antes de uma partida decisiva,
antes daquelas penalidades que podem nos levar a uma classificação,
a um campeonato. E quantas vezes os jogadores gremistas, em comunhão
com arquibancadas repletas, buscaram uma energia extra, uma benção
coletiva a todo um esforço. Pois agora, mais do que nunca,
estamos todos concentrados e desejando ardentemente todo sucesso
na cirurgia do jovem imortal marcada para agosto. O Felipe sabe.
Para nós, gremistas, nada é fácil. Toda conquista
é resultado de muita luta, de muita superação.
Estamos convictos que ele vai vencer esta batalha e prosseguir conosco
e com o Grêmio. Abraçamos a ti, Felipe, nesta roda
pela vida. Mas também abraçamos a todas as crianças
que, independente das cores clubísticas, são pequenos
e corajosos guerreiros nos setores de oncologia dos hospitais gaúchos
e brasileiros. A todas elas a nossa força, a nossa solidariedade,
o nosso sentimento. Neste caso, estamos todos do mesmo lado, estamos
todos na mesma torcida e rumo à vitória.
Jorge
Bettiol
ducker.com.br
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LENCINHO
(10/07)
Contra
a apagada estrela solitária no RJ fizemos, talvez, nossa
pior apresentação na temporada. O adversário
não vencia há três rodadas; técnico com
a cabeça a prêmio, funcionários e jogadores
com salários atrasados. E, mesmo assim, o Grêmio não
entrou em campo. Aceitou passivamente o controle de jogo da medíocre
equipe carioca. Uma derrota inevitável pela submissão
e absolutamente constrangedora. É verdade que estávamos
com alguns titulares ausentes, mas nada justifica o fiasco do Engenhão,
onde nosso treinador conseguiu a façanha de colocar em campo
três esquemas táticos diferenciados e todos ineficazes.
Saiu jogando com o "ousado" 3-6-1 (esquema fadado, até
pelo elenco que possuímos, a colocar os adversários
na nossa faixa do gramado), tentou ajeitar um 3-5-2 e terminou,
finalmente derrotado, com um 4-4-2. Além das lambanças
organizativas, não se viu energia nos que vestiram nossa
camisa. E se, eventualmente, possa faltar estruturação
e também qualidade, não se admite falta de empenho
e vergonha na cara. Verdade que contra o moribundo Santos, na silenciosa
Vila Belmiro, tivemos um rompante de imposição. Marcamos
mais, tivemos velocidade e saímos (apesar de todas as dificuldades)
para buscar o resultado. O empate refletiu a plenitude de nossas
limitações e também a covardia de um arbitro
inominável que nos sonegou duas penalidades explícitas.
O fato preocupante é que, do Grenada pra cá, percebe-se
um decréscimo no rendimento da equipe. O que tem, logicamente,
comprometido nossas virtudes que surgiram nesta temporada. Além
da obviedade de nos custar pontos preciosos. Não por acaso,
Victor (e olha que falhou no segundo gol botafoguense ... e tem
muito crédito para isso) foi o destaque positivo nas jornadas
carioca e paulista e fez defesas incríveis nos dois jogos.
A última delas, com as chuteiras e contra o time do Cuca,
foi digna de passar em tela de cinema. Já o destaque negativo
foi à consagração da escassez de gols dos nossos
atacantes de ofício. Nesta última quarta-feira, um
dos bisonhos chutes de Marcel a meta oponente me deu aquela sensação
de que, fosse numa firma qualquer, seria motivo de justa causa,
demissão sumária. Nosso treinador alegou que Marcel
dá sua contribuição. Ok. Só que a indispensável
contribuição do avante, sabemos bem, é empurrar
a bola para as redes. Bueno, logo adiante, teremos os portugas desembarcando
no Monumental e a obrigação de afundarmos a nau lusitana
em nossos domínios. E, como sempre, apoiaremos incessantemente
Roth, Marcel, Perea e todos que, na cancha, estarão representando
o nosso amado Grêmio.
Nada
impede que a Deborah Secco continue nos visitando. O Roger foi além
das expectativas. Todos, quase sem exceção, tínhamos
nossa desconfiança quando de sua inesperada chegada. Fato
que, desde seu desembarque, não faltou incentivo dos torcedores.
E o clube não se furtou de empenhar a ele todos os esforços
para sua recuperação e propiciar o retorno à
boa forma e a boa fase dos tempos das Laranjeiras. Houve, portanto,
dedicação de todos os lados envolvidos nesta relação
que acabou durando poucos meses. O cara jogou bola, e justiça
seja feita, foi um grande organizador desta nossa (ainda sofrível)
equipe. O sujeito cerebral, do toque refinado e que trajado de azul,
preto e branco não se furtou de dar carrinhos, peitar adversários
e, muito importante, reconhecer o carinho do torcedor gremista.
Era a bola na rede e a disparada em direção a Geral
para celebrar com quem não cansa de apoiar. Tudo bem, talvez
ele devesse esperar mais algumas rodadas. Quem sabe negociar com
os árabes um momento mais adiante e tal. E despedida, é
olho no olho, nada de bilhetes. O presidente Odone não gostou,
nós também não gostamos. Só que não
reprovaremos exclusivamente o jogador por esta saída (salvo
divulgação de algum outro detalhe que não chegou
ao grande público, a nossa torcida). O que nos indigna é
a incompetência dos que firmam os contratos em nome do Grêmio
e não são capazes de fixar um valor razoável
no caso de rompimento unilateral (e que seja compromisso de ambas
as partes). O valor de R$ 150.000,00 é irrisório até
mesmo em comparação aos salários que Corinthians
e Grêmio pagavam ao jogador. Para os milionários do
oriente médio, então, é verdadeira gorjeta.
Resguardar os investimentos (se nos mobilizamos para colocá-lo
a jogar novamente, deveríamos imaginar o retorno deste esforço
e a compensação futura em caso de eventual proposta)
e os interesses do clube no papel é o mínimo que esperamos
do presidente e de sua assessoria, especialmente a jurídica.
Não faz muito tempo, outro contrato destes nos custou mais
de um milhão de reais na rescisão de Wagner Mancini.
O que levou o Sr. Odone as lágrimas e o alegado apertado
orçamento do primeiro semestre a encolher ainda mais. Trouxemos
novamente o Tcheco. Tudo bem. Mas, vejam que o mesmo está
ganhando salários e comendo as custas do Grêmio há
mais de mês e só entrará em campo (se não
houver ao menos um pedido liminar do sindicato dos atletas –
que outros clubes já encaminharam em casos semelhantes faz
horas) em agosto ! Portanto, antes de resmungar e lacrimejar presidente
(quem sabe a espera de um lencinho), é preciso que sua equipe
diretiva tenha atitude e capacidade efetiva de proteger nossas finanças
e fazer bons negócios para o Grêmio.
É
um tablóide apelativo, sabemos. Deixa a desejar em quesitos
básicos. O próprio conceito de jornalismo é
capaz de passar a margem, sem dúvida. Mas, no que tange ao
futebol o Diário Gaúcho/RBS, de longa data, é
caso de má fé escancarada. Chega a ser nojento. A
canalhice é consagrada nas suas capas diárias. Naquelas
chamadas e fotos que fazem referência e ilustram os fatos
que envolvem a dupla Grenada. O Grêmio, desde que iniciou
o Brasileirão (apesar dos percalços), teve bons momentos.
Goleou, teve destaques como Roger e foi merecedor de espaços
consideráveis até fora da Província. Apesar
disso, o "destaque" de capa sempre foi modesto, constrangido.
Uma foto quase escondida e referências singelas. Pois o mais
generoso espaço concedido ao tricolor foi no sábado
passado, quando estamparam uma foto do referido Roger e letras garrafais
dizendo: "Roger dá uma paradinha no Grêmio".
Provocação, lógico. Fiquei imaginando quanto
ressentimento acumulado existe nos cretinos que elaboraram e aprovaram
aquilo. Evidentemente que agora, quando os vizinhos começam
a se recuperar, a proporção se inverte. Observem as
capas de segunda (especialmente) e quarta-feira (CLIQUE
AQUI PARA VER). Não há equilíbrio, não
há eqüidade, mas garanto: tem sobrado safadeza, tem
sobrado amargura. Ainda bem que vivemos num Estado onde a imprensa
esportiva é isenta. Imagine, amigo leitor, se não
fosse ...
Jorge
Bettiol
ducker.com.br
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CARTÃO
VIRTUAL (02/07)
Tiveram
uma grande oportunidade. E, felicidade da Nação Gremista,
não souberam aproveitar. Azar dos vizinhos, ou azar do goleiro,
se preferirem. Chato dizer, mas é a real: especialmente na
primeira etapa, a equipe tricolor não se apresentou. Os rubros,
depois da óbvia dissimulação durante a semana,
saíram em busca do resultado. Sob a orientação
de um gremista, entraram compactos, tiveram organização
e velocidade. Talvez Roth não esperasse tamanha ousadia dos
que ainda beiram a zona de rebaixamento e, conforme conferido por
milhares de gremistas, custou a entender o jogo. Foi necessário
o intervalo, a conversa e uma mudança de postura para colocarmos
a bola no chão e no campo do rival. E, quase na metade da
segunda etapa, duas substituições amenizaram mais
ainda o desequilíbrio da primeira parte da partida. Rafael
Carioca e Rodrigo Mendes, respectivamente, povoaram a meia cancha
e colocaram a pelota em evidência na dianteira. Roger, sempre
eficiente e decisivo, ficou menos sobrecarregado e encontrou parceria.
Tudo isso e uma tentativa de exercitar golpes de vale-tudo do goleiro
Renan nos levaram ao gol de empate. Cobrança com classe,
resoluta categoria. Pior para o Clemer: quase teve uma distensão
para buscar a esférica na rede depois da paradinha. Pra encerrar
este primeiro tópico: ficou uma sensação que
o time poderia ter se doado mais na disputa. E disposição,
pegada, isso não pode faltar. Quem joga no Grêmio,
se não aprendeu ainda, deve prestar atenção:
é impositivo ir ao limite das próprias forças,
se superar. Sempre em busca do triunfo, do Mundial e de propiciar
alegria a mais vibrante torcida do país.
Grenada é uma partida que começou há 99 anos
e ainda não terminou. Estes 370 clássicos são,
na verdade, o tempo extra, a prorrogação da prorrogação,
a revanche eterna daquele "match" em que os jovens paulistas
(com seus trajes inspirados na terra natal e homenageando aquele
fruto da família das rosáceas) barrados em nosso "club"
levaram 10x0 no Fortim da Baixada. Conta à história
oficial que, mesmo goleados, foram felizes para outro baile oferecido
gentilmente pelos nossos fundadores. Mesmo com toda fidalguia da
época, duvido que estivessem satisfeitos. Aposto com o leitor
que foi justamente neste momento que surgiu toda esta mágoa,
todo esse rancor que já dura quase um século. Jamais
nos perdoaram pela sova, pelo fiasco inaugural. Tudo bem. Nas décadas
seguintes nos aprontaram e tal. Mas sem nenhum espírito esportivo,
sempre foram movidos por esta baixeza do ressentimento. Por esta
inveja mal disfarçada. E, o pior, constantemente se fazendo
de vítimas. Será que não curaram o trauma oriundo
daquele castigo que foi o primeiro clássico ? Senão
vejamos: hoje, seguem reclamando da arbitragem. Tchê ... Mas
fizeram o seu gol em flagrante impedimento ! Sendo que o gol anulado
do tricolor é, no mínimo, questionável. E o
lance da penalidade ? Este é consenso até entre deficientes
visuais. A única estranheza que seria concebível suscitar
é: por qual razão o goleiro quindim não saiu
algemado numa viatura ? Deveria ter ido direto para um distrito
policial, ou, quem sabe, o badalado JECRIM no Monumental ! "Não
tive intenção", disse ele. Ah, bom. Fica então
desculpado pela avalanche de contentamento propiciada aos gremistas.
A
imprensa amarga não perde a ocasião de nos fazer rir.
Além de sonegar explicitamente o show inigualável
propiciado pela torcida gremista no estádio, foi além.
No lance da referida penalidade - para descrever a atitude do guarda-metas
adversário - usaram expressões como "erro técnico"
(Nando Gross, comédia de plantão que se diz torcedor
do Flamengo, além de outros deste naipe); "excesso de
energia"; e uma pérola como esta: "... na queda
da sua impulsão ele estendeu muito a perna direita ..."
(até tu Professor ?) ! Um festival de sofismas para não
usar a palavra correta: agressão. Aproveito para citar um
comentário do gremista Sérgio Franceschini: "
e se fosse o Danrlei ... o que não estariam dizendo"
? Tem toda razão, Sérgio. Imagina a execração
que ele estaria sofrendo. Estariam (o amargos de sempre) , até
agora, reivindicando coroa de espinhos, madeira e pregos.
E
nas arquibancadas, héin ? Que espetáculo inesquecível
na recepção a equipe ! Cada vez mais, soberania
absoluta no RS e no Brasil. E, como tem sido de praxe, fazendo escola.
As imagens disponíveis neste site comprovam esta breve, mas
orgulhosa citação. E, durante a disputa, o alento
esteve presente. Como é tradicional, o povo gremista compareceu.
Foram mais de 40.000 que enfrentaram o clima, o horário,
os preços exorbitantes, os cambistas e toda uma gama de dificuldades
para ver o seu, o nosso, amado Grêmio. Bom frisar que este
apoio sem paralelos começou no sábado. No chamado
"alentaço" que mobilizou cerca de 6.000 gremistas
e que repercutiu bastante fora da Província. Por aqui, sabemos,
incomoda muita gente dos meios de comunicação tal
evidência: de um lado uma torcida afirmada, referência
nacional e que faz a diferença especialmente nos momentos
de provação. Do outro, um arremedo deprimente, dilacerado
pela brutal contradição entre a devoção
e o ódio aos gremistas. Não tem comparação,
chega a ser covardia. Como estabelecer um nivelamento entre a melhor
torcida do Brasil e sua pior e mais medíocre imitação
? Impossível. O último Grenada foi mais um episódio
de constatação desta enorme disparidade: o descontrole
em azul, preto e branco (que não para de apoiar) em oposição
a um cartão postal virtual que sacudia meia-dúzia
de bandeirinhas. E se na forma sequer se aproximam, jamais chegarão
na essência, no conteúdo. O
sentimento que nos move é distinto e tem relação
direta com toda extraordinária história do Grêmio,
seus percalços, suas glórias. E isso, nossos prezados
oponentes na aldeia deveriam assimilar, não se forja.
Jorge
Bettiol
ducker.com.br
![](http://img364.imageshack.us/img364/7716/cartazgrenalul8.jpg)
Foto:
Henrique Azambuja
![](imagens/linha_azul.gif) ![](imagens/linha_azul.gif)
O
DEVER DE TRIUNFAR (24/06)
Não
aconteceu nenhum furacão. O que se viu e sentiu, no máximo,
foi aquele vento com ares de minuano que costuma soprar no rigoroso
inverno gaúcho. E o Grêmio, sabemos, mesmo considerando
duas goleadas consecutivas, não é nenhum ciclone extratropical,
apesar de seguir derrubando adversários. Mas, deixemos de
lado analogias climáticas e sigamos para o gramado. No embate
contra a desleal e destemperada equipe paranaense, fomos superiores
toda partida. As três penalidades corretamente marcadas pelo
arbitro (que merece menção honrosa) foram conseqüência
de nossa constante presença na área oponente. Amassamos
os visitantes e, não fosse a excepcional atuação
do saudoso Galatto (o "ice man" segundo seus admiradores),
o placar seria tranqüilamente mais elástico. O alerta
é que necessitamos aprimorar as finalizações.
Se nossa defesa permanece sólida e o meio campo atua soberano,
é no comando de ataque que o aproveitamento pode e deve melhorar.
Roger dispensa comentários. Suas atuações de
profunda eficiência falam mais alto do que qualquer texto
que tenha a pretensão de ressaltar seus méritos. E,
como toda boa equipe começa com um grande goleiro, Victor
tem sido uma muralha. Quando exigido, brilha. Roth, até o
momento, conseguiu estabelecer um certo padrão de jogo que
traz segurança e confiança aos torcedores. Na próxima
semana, contudo, teremos o grande teste com mais um clássico.
É nossa obrigação mantermos a boa campanha
e o mínimo que exigimos é a vitória.
Sei.
Grenada é Grenada. Nunca se tem um favorito. Não existe
possibilidade de prever o que vai acontecer e a história
dos confrontos comprova a afirmativa. Via de regra, é justamente
o que na "balança local" está menos cotado
que tende a buscar maior superação no enfrentamento.
Nosso momento é positivo e os números o comprovam
categoricamente. Estamos contentes, mas não se tem nenhum
deslumbramento ou euforia. E, vontade por vontade, ninguém
tem ou deve ter mais do que os que vestem a gloriosa camisa gremista.
Do outro lado, entretanto, percebe-se uma falsa humildade colaborada
por todo um esquema de mídia. Procuram se eximir publicamente
da responsabilidade de buscar algo mais em nossos domínios.
Aquela velha e surrada fórmula de aliviar a pressão
interna e desmobilizar o lado oposto. Os atuais donos do caneco
da província e ainda a segunda folha salarial do país
(só perdem para o São Paulo), em que pese à
modéstia repentina, pisarão no gramado do Olímpico
com seus trajes monárquicos e aquela conhecida soberba pífia.
É por essas e outras que não nos escusaremos
da responsabilidade de triunfar sobre o tradicional rival. Queremos
vencer. Assumimos explicitamente esta opção e não
aceitamos outra alternativa. Este deve ser o sentimento dos nossos
jogadores. E, se mesmo assim, houver alguma dúvida sobre
a tarefa que deva ser cumprida (o que não posso crer) ao
entrar em campo, devem mirar a Geral e o conjunto da torcida gremista.
Mas, importante: devem olhar e escutar com o coração.
Com todo aquele alento, com toda aquela inigualável vibração,
não faltará energia para se alcançar o objetivo.
Vamos Grêmio !!!
Um
último recado: vamos chegar cedo. Além do povo da
capital, tem várias caravanas do interior e de outros Estados
a caminho. O Monumental vai ser todo, com exceção
de um diminuto espaço destinado a testemunhas do derby (e
também fãs do modo de torcer gremista), azul, preto
e branco. Quem não tem ingresso, precisa se agilizar. E
atenção: a máfia de cambistas, como sempre,
já vai estar agindo assim que as bilheterias forem abertas.
Aliás, uma sugestão a BM e um pedido à direção
tricolor. Esqueçam, quem sabe por uns instantes, os "torcedores
violentos" e tratem de reprimir os meliantes que se organizam
para extorquir os que gostam de futebol. No Olímpico temos
até um Juizado Especial Criminal que bem poderia se ocupar
de elaborar transações penais a estes malandros e
tirá-los de circulação. Outra questão
que o pessoal deve se ligar é referente ao procedimento (a
ser adotado pelas digníssimas autoridades) de barrar pessoas
que apresentem "sinais de embriagues". Se tenho idéia
de como vai funcionar ? Não. Realmente não tenho a
mínima noção de como vai ser o procedimento.
Especialmente se pairar alguma dúvida se o sujeito está
ou não borracho. Bafômetros ? Caminhar numa linha reta,
"fazer o número quatro" junto às catracas
automáticas, soletrar o hino do clube sem salivar ? O fato
é que é ainda desconhecido o método científico
a ser praticado. Fica a expectativa que seja adotado também
nos camarotes e naqueles acessos onde costumam circular as personalidades
do clube. Portanto, amigos da imensa plebe tricolor, tomem a sua
cervejinha. Mas não esqueçam de comprar aquela balinha
milagrosa que alivia o saudável hálito da cevada.
E se não funcionar ? Bom, aí é melhor, desde
já, reivindicar um telão nas cercanias do estádio.
Domingo,
lugar de gremista é no Monumental !
Jorge
Bettiol
ducker.com.br
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TABU
DESTROÇADO (18/06)
Parecia
inatingível. O desafio estava posto e a expectativa era enorme.
Afinal, foram 12 longos anos sem derrotar os goianos no Serra Dourada.
Pois foi nesse, até o último sábado, inexpugnável
território que conseguimos a vitória e a dianteira
na competição. A palavra tabu (segundo consta, originária
de línguas da Polinésia) foi destroçada por
uma sonora goleada aplicada pelo tricolor gaúcho. Com uma
atuação digna do mais agradecido destaque, Victor
foi à verdadeira barreira da tarde/noite no serrado. Foi
nosso goleiro quem primeiro decretou a proibição de
repetir-se uma estatística não favorável aos
visitantes. Foi perfeito (aliás, sempre que exigido aparece
bem). Especialmente ao prolongar por mais alguns dias o choro lamuriante
do estreante Iarlei. Fez outras defesas fundamentais quando nossa
desatenta zaga facilitava os ataques do desesperado adversário.
Demoramos a nos acertar em campo. Mesmo assim, saímos na
frente. O nosso Cabanãs da Azenha ! O grande e estufado Marcel
! Que inspiração ! Um gol em cada etapa, sendo ambos
bem característicos do estilo "centroavante matador".
Aquele sujeito com faro suficiente para estar no lugar certo, na
hora certa. O atacante oportunista. Aquele que tem por hábito
e prazer freqüentar as redes dos oponentes. E o que dizer do
terceiro e derradeiro gol de Thiego ? Que bucha ! E de-lhe avalanche
! Pra calar de vez a torcida local, os secadores midiáticos
e os que insistem em vaiar o nosso treinador. Sei, são aquela
minoria de sonoros corneteiros que, entre um e outro pacote de amendoim,
se põem a resmungar com as cascas entre os dentes. Aprendam
a vaiar os que não usam as nossas cores (já que não
querem cantar) e deixem o Celso Roth, inspirado pelo novo guru Tiger
Woods, ao menos tentar acertar ! Vamos garantir (enquanto ele
estiver à frente do nosso vestiário, na comissão
técnica) o direito do sujeito trabalhar ! E Oxalá
tenha competência para nos levar adiante nos futuros embates
do Brasileirão e na Sul-Americana que se aproxima. E por
falar nisso, receberemos o Atlético Paranaense na próxima
rodada. É jogo para nos isolarmos na liderança. Casa
cheia, com certeza. Mais de 40.000 no Monumental !
Ainda
repercute aquela discussão sobre ídolos. Quem parece
incomodado com o sucesso do Renato Portaluppi é o Sr. Paulo
Roberto Falcão. Num recente registro numa de suas colunas
ditadas (que não são escritas pelo próprio,
e sim pelo jornalista Nilson Souza) fez menção que
o treinador das Laranjeiras estaria fazendo "média"
com a torcida do Grêmio ao nos dedicar a recente vitória
sobre o Boca. É interessante o ranço e demonstra a
distância abismal entre os dois ex-jogadores. Claro que o
catarinense conhecia bem a esférica. Só que o Falcão
foi parte do festivo elenco dos vizinhos que nos anos setenta e
início dos oitenta, apesar da badalação, não
conseguiu romper as fronteiras tupiniquins. Além disso, fracassou
numa Copa do Mundo. Mais tarde, consagrado "Rei de Roma",
esqueceu (talvez pelo êxtase do bom momento) de dedicar suas
vitórias em terras italianas a vizinhança que o projetou.
Como treinador de clubes foi medíocre e sua passagem pela
seleção brasileira, nesta condição,
sequer merece considerações. Comentarista burocrático
e parcial , tem seus melhores momentos quando simplesmente nada
diz e acompanha (com ternos sempre alinhados) as enfadonhas narrações
do Sr. Galvão Bueno. Renato ganhou tudo e mais um pouco.
Ganhou uma Libertadores e um Mundial. Foi cortado do selecionado
por um Telê Santana que não aceitava insubordinações.
Foi o "Rei" de Tramandaí e, entre uma balada e
outra (não raro marcada por confusões), deixava tontos
os adversários nos gramados. No presente, na sua nova categoria
de comandante de vestiário, já possui um título
nacional. Condição que lhe deu o passaporte para esta
final de competição sul-americana inédita e
surpreendente aos olhos de muitos (e se vai ganhar ou não,
é outro papo). Falcão foi o moço comportado.
O "bom exemplo" que até hoje se ajusta pelo nó
das gravatas. Renato foi o rebelde, o maldito que jamais poderia
ter dado certo. Verdade que o tempo o deixou mais comedido, mas
não menos marrento, não menos irônico. Renato
não faz "média" (e até teria moral
para isso) com a torcida gremista, simplesmente por ser um dos seus
mais ilustres integrantes. Um assumido e orgulhoso torcedor do Grêmio.
Uma lenda. Destas que as futuras gerações sempre ouvirão
falar. Trajetória e história construídas com
inconformidade, um par de chuteiras e, especialmente, reconhecimento.
Os
escândalos políticos que assolam o Rio Grande do Sul
tem revelado o lamaçal que envolve figuras públicas
proeminentes. Gravações realizadas e divulgadas com
autorização judicial demonstram a sordidez e o descaramento
de verdadeiros larápios do dinheiro público. Gente
(?) com livre trânsito no meio social, com poder de tomar
e influenciar decisões. Alguns destes elementos que, agora,
foram denunciados por formação de quadrilha e outros
ilícitos até bem pouco tempo atrás estavam
nos gabinetes diretivos do Grêmio. Óbvio que não
podemos colocar a totalidade da direção atual (ou
o que sobrou, por diversas razões, dela), a princípio,
no mesmo rol. Seria leviano. E, sim, sabemos que no clássico
da sujeira tem gente do outro lado também envolvida. Mas,
falemos do que diz respeito a nossa casa. Como puderam, com tal
índole, permanecer tanto tempo em cargos de hierarquia no
clube ? Que composição criteriosa é esta que
agregou tantos vigaristas ? De onde eles saíram ? Dos esgotos
? Será que foi só ao redor do DETRAN que tiveram este
ímpeto de se locupletar ? Uma gangue que consegue desviar
44 milhões dos cofres públicos é um risco permanente
em qualquer lugar que movimente bom volume de recursos. O projeto
ARENA, que se aproxima, seria por certo objeto de cobiça
(se é que já não estava nos objetivos de enriquecimento
fraudulento destes aproveitadores). Alguém tem dúvida
disso ? Portanto, cadeia para todos eles é o mínimo
que exigimos e esperamos. Respiremos aliviados, por enquanto, os
contribuintes do RS. Especialmente a Nação Gremista.
Jorge
Bettiol
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ÍDOLOS
(11/06)
A
chuva foi intermitente. Castigou a cidade antes e após o
jogo. Não durante. Mal a bola começou a rolar no Monumental,
percebeu-se um tímido raiar de sol que se espraiou e sumiu
no cimento das arquibancadas. À tarde cinzenta iluminou-se
por um instante para o Grêmio e sua fiel torcida. Foi o prenúncio
de outra boa atuação e que culminou em novo triunfo.
O adversário, o badalado Fluminense. Talvez o clube brasileiro
mais aristocrático e, disparado, o campeão nacional
no ranking dos canetaços. Pois este time que tem ilustres
torcedores como João Havelânge, Ricardo Teixeira e
Roberta Close (entre outros) e, com justiça, é finalista
da Libertadores, sucumbiu diante do tricolor dos pampas. Uma vitória
inquestionável. Um Grêmio sólido, equilibrado
e, fundamental: decidido. Tivemos a iniciativa desde o começo
da disputa. Soubemos defender, atacar e, não menos importante,
tocar a bola exercendo nossa soberania na partida. Roger como é
tradicional, foi o grande Maestro. A mesma facilidade que tem para
conquistar mulheres famosas demonstra no trato refinado da pelota.
Passes curtos ou longos, tanto faz. São sempre precisos e
preciosos para o resultado. Perea não decepcionou e deixou
registrados mais dois tentos. Agora, seguimos para Goiânia
(com no mínimo quatro desfalques – dois deles pela
tarjeta amarela do cretino que apitou no domingo) em busca de uma
seqüência positiva e com o desafio de superar uma estatística
não favorável no Serra Dourada.
Foi
mais um dia de aula, gratidão e celebração
nas bandas da Azenha. A torcida gremista sabe reconhecer suas legendas
e homenagear seus ídolos. Renato Portaluppi foi ovacionado
e, lógico, sensibilizou-se com toda extraordinária
recepção. Enquanto o time das Laranjeiras sofreu com
poderosas vaias, da entrada em campo até a saída do
seu último jogador, o treinador da equipe carioca, juntamente
com Roger (o outro, vocês sabem: Bi da América com
o glorioso Felipão), foi saudado efusivamente pelo povo tricolor
do Sul. Regência que partia da Geral, mas que também
vinha de todos os cantos do Olímpico. Jardel, agora um guerreiro
fora de campo para poder derrotar as drogas e retornar aos gramados,
também foi carinhosamente recebido. Curiosamente, todas estas
cenas de gratidão ocorreram poucos dias depois dos vizinhos
dispensarem seus mais valiosos protagonistas naquele rocambolesco
engano que ocorreu no Japão. Aquele episódio onde,
finalmente, conseguiram justificar o nome de batismo (embora não
tenham, ainda, acordo sobre a origem) que adotaram há quase
um século. O principal deles é o que responde, na
linguagem tupi, pela alcunha de "rato". Pois assim foi
tratado: como um mamífero roedor indesejado ! Emprestaram
para outros clubes (de preferência o mais longe possível
do estuário do Guaíba) e, como nenhum negócio
fluía, chegaram a ofertar um emprego administrativo. Dizem,
mas não posso acreditar, que de terno e gravata seria porteiro
do agora justificado Memorial do clube. Antes, conclui-se, não
tinham nada de interessante para expor e a vaga não existia.
O outro (só para não deixar sem registro), o cidadão
aquele do passe, foi informado que não teria contrato renovado
e que secasse as lágrimas para fazer às malas. Eu
sei. É até compreensível. O Portaluppi começou
sovando pães e logo percebeu que podia ganhar muito mais
sovando rubros, uruguaios e alemães. Trabalhou muito e conseguiu:
virou jogador de futebol. E do tipo boleiro, caro leitor. O nosso
Renato, da América e do Mundial, é um cara com história
no clube, um assumido e orgulhoso torcedor do Grêmio. Tem
raiz, tem vínculos eternos com a nossa gloriosa instituição.
Um sujeito que foi craque, que decidiu vários jogos. Um predestinado.
É isso: um cara com toda uma trajetória de vencedor.
Não tem nada de imprevisto. Não é obra de uma
casualidade debochada e que constrange a si mesma. Não estava
de passagem e foi sorteado acidentalmente lá do outro lado
do mundo. O
futebol é ingrato. Mas, às vezes, a surpresa pode
ser redentora. Quem sabe a torcida do Goiás, qualquer hora,
não desfaz todo esse mal-entendido e cria uma música
em homenagem ao Gabiru ?
Este
site também se dispõem a ser uma ferramenta de todos
os gremistas. Um canal para expressarmos nossas opiniões,
idéias e propostas. O Martin Anderson, de Santa Maria, anda
preocupado: "Tenho o privilégio de viajar bastante pelo
nosso estado, por morar no interior e ir bastante pra capital. Notei
já há 3 anos, pelo menos, a mobilização
da torcida tricolor no começo de cada campeonato. Seja em
excursão de outras cidades ou no apoio (total, em todos os
jogos) dos torcedores de Porto Alegre. Mas, por incrível
que pareça vários desses torcedores não estão
em nossos jogos decisivos de vários campeonatos. A razão
é simples: por não serem sócios do Grêmio.
Muitos "torcedores de ocasião", como prefiro chamar,
ao invés de "turistas", deixam pra ir no Monumental,
mas nos jogos decisivos. Como tem preferência na compra de
ingresso é normal ver por todo interior e também na
capital torcedores que contribuem para as vitórias do Imortal
ficarem de fora desses jogos. Erro em não se associarem ?
Ou crédito para os que são sócios, independente
de irem ou não a todos os jogos no Olimpíco ?"
Tchê, te digo a obviedade: que a associação
ao Grêmio é sempre o melhor caminho ! Agora, na medida
que cresce nosso quadro social e por conseqüência a demanda
pelas partidas, é necessário ter uma atenção
especial com o conjunto da torcida. Especialmente para os que não
residem na capital. Mais empenho e organização da
direção do clube, maior cobrança e fiscalização
dos consulados. E, lógico, cargas maiores de entradas para
podermos contemplar esta crescente massa gremista que não
abre mão de alentar na nossa cancha.
Aliás,
por falar na massa gremista, quero aproveitar para destacar duas
comunidades que espontaneamente surgiram em função
do trabalho que é desenvolvido por este site e que tem nas
fotos e vídeos o seu ponto forte. Tais fóruns, evidente,
honram a todos os colaboradores do Ducker.com.br .Trata-se justamente
de uma galera de Santa Maria (Bugil) e outra aqui de Porto Alegre
(Leon). Taí uma boa pedida pra quem gosta e freqüenta
o Orkut e navega no universo on-line. Abaixo os endereços:
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=49182646
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=8432031
São
cinco anos de ausência. Era um irmão. Foi um tricolor
dos mais fervorosos. Quando se foi, com seus quase dois metros de
gremismo, o Zezão levou junto à bandeira que com orgulho
ostentava no Monumental. Participamos daquelas primeiras avalanches
que, em 2001 e na goleira da Carlos Barbosa, não juntavam
mais do que quinze pessoas a descer de forma abalroada os degraus
das arquibancadas do nosso querido estádio. O mano de coração
se foi naquele já tumultuado ano do Centenário, onde
apoiamos incessantemente a equipe e também cobramos com veemência
os dirigentes. Ainda teve a alegria de assistir um último
jogo contra o Flamengo. Onde vencemos por 2x0. Nossa vontade de
ver um Grêmio que seja cada vez mais democrático, cada
vez mais a cara da sua enorme e inigualável torcida, seguimos,
por aqui, tentando construir. O céu ficou mais azul e digno
com esta figuraça e grande batalhador que foi o José
Ricardo. Mas, registro público, sentimos a tua falta amigo.
E saiba que permaneces vivo na nossa memória e no nosso sentimento.
A música que entoa o refrão "tu não os
vê, tu não os toca, mas estão presentes"
também te rende tributo, assim como a todos que nesta existência
viveram esta emoção contagiante que é ser gremista.
Jorge
Bettiol
ducker.com.br
![](imagens/linha_azul.gif) ![](imagens/linha_azul.gif)
O
HOMEM GOL (03/06)
Vai
fazer falta. Era jogo para ganhar e ponto final. O combalido Vasco
parecia desinteressado e se arrastava pelo gramado. Após
a eliminação para o time do Sandro Goiano e o anúncio
do desejo de aposentadoria do Edmundo, nem o espalhafatoso Eurico
Miranda se apresentou. E o Grêmio, pelo menos na primeira
etapa, até ensaiou uma vitória com tranqüilidade.
Só que na parte final, parece que o desleixo mudou de lado.
Não conseguimos reagir à mudança de ritmo dos
vascaínos e aceitamos uma virada com direito a perdermos
um gol feito (Jonas) ali na entrada dos acréscimos. Roger
foi mais uma vez substituído e a equipe (que adquiriu uma
organização e um certo padrão de jogo, mesmo
com as conhecidas limitações) sentiu a ausência
do seu principal jogador. Agora é se remobilizar para receber
o Fluminense e resgatar os pontos perdidos (também deixados
em casa contra o Flamengo). E, sabemos, vai faltar espaço
nas arquibancadas. Além do respaldo tradicional dos gremistas
a sua equipe, vai estar mais uma vez no Monumental o grande ídolo
Renato Portaluppi. O "homem gol" da canção
que é um hit de longa data nas bandas da Azenha (copiada
e adaptada, aliás, pelos torcedores do Vasco). O grande protagonista
da conquista do nosso título Mundial que, neste 2008, completa
seus 25 anos de brilho e significado. Mais um reencontro, mais uma
recepção emocionante. Destas que só os gremistas
conseguem propiciar as suas legendas, aos que constroem a nossa
história de glórias.
Gosto
não se discute. Certo ? Errado. Ao menos quando se trata
da gloriosa camisa gremista. Aviso de antemão: não
é uma questão estética e fechada em si mesma,
mas sim uma questão de identidade. Falo da titular, a tricolor.
Não é de hoje que se inventam arranjos, dos mais variados,
para se diferenciar a apresentação de uma temporada
para outra. O problema, na minha avaliação, são
os devaneios, os exageros que acabam até descaracterizando
algo que é muito mais que um produto de prateleira. Nosso
fardamento principal carrega e traduz toda uma história,
toda uma tradição. Portanto, deve-se manter um determinado
padrão com absoluta fidelidade. Por exemplo: uma mesma tonalidade
no azul celeste, listras verticais proporcionais neste mesmo azul
e no preto, destaque para o distintivo e assim por diante. Fora
isso, bom, que se mexa em detalhes menores e que não comprometam
o conjunto. Ou seja: a essência da "jaqueta" precisa
ser mantida ! Confesso que não entendi o que fizeram em 2007
e, agora, em 2008, me parece que ficou ainda mais distorcido. O
azul já não é o mesmo. O tecido tem "furos"
(que deve ajudar na transpiração de quem joga e tal)
na dianteira e é "liso" no verso: sendo metade
tricolor, metade celeste. Incompreensível. A numeração
também deixou a desejar. O resumo é que resultou num
material, no mínimo, polêmico. Evidente que vai vender
bastante, como tudo que envolve o nome Grêmio. Contudo, está
na hora de rever e RESPEITAR PADRÕES nesta confecção
do nosso primeiro fardamento. Sei que não chegaremos a ponto
de praticamente renegarmos a camiseta principal (processo em franco
andamento na vizinhança - do morango batom ao merengue fashion),
mas, neste caso, convenhamos, é preciso estar alerta. E,
ouso dizer, ser conservador.
Ainda
sobre os uniformes. Gostei da camisa branca e também da totalmente
celeste. Nos dois casos, utilizaram somente às três
cores do clube e penso que agradaram a maioria dos torcedores. Poderiam
até confeccionar um quarto ou quinto fardamento e, aí
sim, flexibilizar ainda mais alguns padrões e colocar na
vitrine para aquisição da legião de gremistas
e dos admiradores do nosso Grêmio espalhados pelo mundo. Tem
a "shadow", não esqueçamos, mega sucesso
de vendas e que foi idéia de um anônimo gremista. Aliás,
teve toda uma campanha para que fosse confeccionada. E, incrível,
por causa de uma idiotice (proposta por algum idiota, óbvio)
estatutária não vai a campo. A cancha, sem dúvida,
seria a grande promotora do material. E, mesmo assim, já
vendeu de montão. Imaginem com o marketing dos jogos !!!
Bateria todos os recordes.
Dói
no bolso. Depois desta conversa toda sobre camisas, não dá
pra esquecer dos preços (em torno de R$ 160,00). Infelizmente
continuam altíssimos e inacessíveis para grande massa.
E não vai ser com valores abusivos que se combatera a famigerada
pirataria (pelo contrário, é o que estimula). E, via
de regra, os produtos do tricolor são muito caros (outro
mistério é por qual motivo a loja GrêmioMania
cobra mais caro do que muitas lojas do comércio) ! E não
falo só das camisas. Será que não é
possível cobrar menos ? E por qual razão não
lançam (o atual fornecedor de material esportivo) uma linha
chamada "similar", mas com qualidade e também
oficial ? Certo, quem deveria exigir isso é o pessoal
do próprio clube ... ou será que não conhecem
a realidade econômica do nosso (e de todos os demais deste
país) torcedor ?
Jorge
Bettiol
ducker.com.br
![](imagens/linha_azul.gif) ![](imagens/linha_azul.gif)
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